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Gigante chinesa desafia o iFood no Brasil: Keeta investe US$ 1 bilhão, promete taxas menores e mira 120 mil entregadores até 2026

Publicado em 29/09/2025 às 08:37
A Keeta desafia o iFood no mercado brasileiro de delivery com taxas menores, estratégia para conquistar restaurantes e meta de 120 mil entregadores até 2026.
A Keeta desafia o iFood no mercado brasileiro de delivery com taxas menores, estratégia para conquistar restaurantes e meta de 120 mil entregadores até 2026.
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Gigante chinesa anuncia taxas menores, estreia no 4º trimestre de 2025 e mira 120 mil entregadores até 2026.

A Gigante chinesa Keeta, subsidiária da Meituan, prepara sua entrada no mercado brasileiro de delivery de refeições com um plano de US$ 1 bilhão em cinco anos, promessa de taxas mais baixas para restaurantes e uma meta ambiciosa: cadastrar 120 mil entregadores até 2026. O movimento tenta romper a hegemonia do iFood, que concentra mais de 80% do setor. Segundo o Diário do Povo, a estratégia combina tecnologia, capital e uma leitura do momento regulatório no país.

Com lançamento previsto para o 4º trimestre de 2025, a Gigante chinesa quer estrear em uma cidade menor e, em seguida, acelerar a expansão para São Paulo e demais capitais.

De acordo com o Diário do Povo, a empresa pretende estar presente nas 15 maiores regiões metropolitanas até junho de 2026, aproveitando a limitação de contratos de exclusividade definida pelo Cade para fomentar competição.

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Por que o Brasil está no radar

O Brasil é o 5º maior mercado de delivery do mundo, com cerca de US$ 12 bilhões em movimentação anual e crescimento próximo de 20% ao ano.

Para a Keeta, esse tamanho somado ao avanço regulatório cria a janela ideal para um novo competidor de escala.

“Mercado grande, com hábito de consumo em ascensão e espaço para eficiência tecnológica” — é a síntese que orienta a aposta.

A Gigante chinesa pretende elevar a frequência média de pedidos do brasileiro (hoje perto de 3 por mês) com logística mais previsível e incentivos operacionais, mirando patamar próximo ao observado em seus mercados internacionais.

Como a Keeta pretende competir

Taxas menores que as do iFood atualmente entre 25% e 30% são o primeiro pilar. A Keeta fala em “alguns pontos percentuais abaixo”, sem adotar “comissão zero”.

A ideia é ganhar adesão por preço e previsibilidade, não por subsídio artificial.

Outro diferencial é a garantia de compensação em caso de atraso, política já testada em outros países onde o grupo atua.

A Gigante chinesa planeja usar roteirização inteligente e centros de apoio regionais para reduzir tempos mortos e melhorar a experiência de restaurantes, entregadores e consumidores. “Compromisso com prazo” é a mensagem.

Estratégia para entregadores e restaurantes

A meta de 120 mil entregadores até 2026 concentra esforços iniciais em São Paulo, com programas de ativação e retenção baseados em rotas mais eficientes, ganhos por hora previsíveis e suporte local.

A Gigante chinesa busca evitar a rotatividade alta típica do setor, oferecendo treinamento e ferramentas de produtividade.

Para restaurantes, a proposta é abrir mão de exclusividade e simplificar a integração. Onboarding rápido, painel de gestão com dados em tempo real e suporte técnico estão no pacote.

A Gigante chinesa aposta que “cobrar menos e servir melhor” é o caminho para destravar cardápios locais que hoje evitam marketplaces pelo custo.

Tecnologia, escala e promessas de nível de serviço

Vinda de um ecossistema que processa picos de até 120 milhões de pedidos/dia, a Keeta quer reproduzir no Brasil a lógica de “algoritmo + densidade”: quanto mais pedidos por zona, maior a precisão de previsão e menor o custo por entrega.

A Gigante chinesa afirma que trará telemetria de frota, despacho dinâmico e previsão de demanda por bairro, reduzindo cancelamentos.

Inovações como drones estão no radar, dependendo de regulação específica. Por ora, a prioridade é malha terrestre otimizada, com SLA de entrega e compensação automática quando o prazo estourar. “Confiabilidade antes do futurismo” resume a fase 1.

Regulação e ambiente competitivo

A limitação de exclusividades pelo Cade abriu espaço para novos entrantes. A Gigante chinesa pretende competir pelo mérito, evitando pagar para bloquear restaurantes em outros apps prática que, além de implausível economicamente, contraria regras em alguns dos mercados onde o grupo já atua.

O iFood segue com massa crítica e marca forte, mas o setor deve reprecificar taxas e serviços diante de uma rival com capital e tecnologia.

A disputa deve se traduzir em melhorias de UX, prazos mais estáveis e ferramentas de gestão para parceiros e menos amarras contratuais.

Riscos, limites e execução

A entrada em cidade-piloto antes de São Paulo reduz risco operacional, mas a prova de fogo é a escala: manter NPS alto, tempo de entrega competitivo e unit economics positivos ao crescer.

A Gigante chinesa depende de densidade de pedidos, malha de entregadores saudável e adesão dos restaurantes para sustentar o plano sem queimar caixa além do necessário.

Outro desafio é educar o consumidor: “pagar menos com mais previsibilidade” precisa virar percepção tangível.

A Keeta aposta em comunicação clara sobre prazos e compensação automática, além de promoções calibradas para não viciar o usuário em desconto.

A chegada da Gigante chinesa Keeta promete reprecificar taxas, elevar níveis de serviço e abrir o jogo em um mercado com liderança consolidada.

Se a execução entregar o que promete, restaurantes podem pagar menos, entregadores ganhar previsibilidade e consumidores receber pedidos mais pontuais.

Para você, qual deve ser a prioridade dessa nova concorrente para ganhar tração: taxa mais baixa para restaurantes, melhor remuneração e rotas para entregadores ou entrega com prazo garantido para o cliente? Conte nos comentários sua visão especialmente se você é do setor.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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