Empresas brasileiras de tecnologia se questionam a respeito de como lidar com a alta demanda no mercado de TI, na ausência da mão de obra qualificada. O Diretor da T2S comenta problemática da demanda por profissionais da área.
A pandemia acelerou a transformação digital nas empresas. Com isso, a demanda por profissionais de Tecnologia da Informação (TI) aumentou, e as companhias passaram a lidar com a falta de mão de obra qualificada.
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O déficit de profissionais de TI no mercado brasileiro
De acordo com a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), em 2019, o número de alunos formados era de 46 mil, enquanto que a demanda estimada para o período de 2019 a 2024 chegaria a aproximadamente 70 mil. Com isso, o estudo estimava um déficit potencial anual de 24 mil profissionais de TI.
No entanto, somente para este ano, a expectativa foi de 56 mil novas oportunidades de trabalho criadas, enquanto que em 2020, já considerando a pandemia, a expectativa era de 43 mil novas vagas sem preenchimento.
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“Esse efeito é como aquela máxima: ¨do mercado se regular entre a oferta e a procura¨. A demanda de novas vagas, sempre foi maior que a oferta de profissionais de TI”, comenta Rodrigo Lopes Salgado, sócio-diretor da T2S, empresa de tecnologia para o setor portuário que, assim como outras empresas de TI ou não, tem lidado com a demanda crescente por serviços de TI.
Geração Z não tem interesse em trabalhar no mercado de TI
Outro aspecto comentado pelo sócio da T2S, a respeito da problemática da falta de mão de obra, é o fato de a geração Z não ter interesse pela área de Tecnologia da Informação.
“Uma pesquisa feita recentemente diz que 51% da geração de 16 a 21 anos, não têm o menor interesse em TI e não é familiarizada com termos básicos de tecnologia”, explica.
A pesquisa mencionada é da empresa britânica de análise de dados, Exasol, que entrevistou 1.000 pessoas entre 16 e 21 anos e concluiu que 49% dos entrevistados não pensam em seguir carreira na área de ciência de dados e que a maioria (51%) não está familiarizada com jargões do ramo. “É uma geração que nasceu num mundo completamente digital, e não têm perspectiva de entrar no mercado”, finaliza.
Especialista aponta como as empresas devem lidar com a alta demanda e falta de mão de obra qualificada
“Diversas pesquisas mostram que o cenário vai ficar cada vez pior, porque a demanda vai continuar aumentando e nós não formamos profissionais de TI na mesma velocidade”, aponta Salgado.
Ele ainda completa, explicando que “o problema não é mais a tecnologia ou a ferramenta. Estamos discutindo estratégias de formação de pessoas para trabalhar em uma área que não vai acabar”.
Na T2S, uma das estratégias foi adotar o processo seletivo permanente. Ou seja, a vaga para profissionais de TI é permanente. Aliada a isso, a empresa também conta com processo seletivo diferenciado. “Como somos uma empresa muito especializada, só atendemos o porto, a entrada de novos profissionais é bem rigorosa, em termos de integração e imersão no mundo portuário”, explica Salgado.
Outro incentivo praticado pela T2S é o estímulo ao estudo e envolvimento acadêmico dos colaboradores, por meio de cursos internos e/ou de reembolso de plataformas de ensino; assim como uma cultura organizacional que preza pela colaboração e inovação, ambiente atrativo e outros benefícios, como horário flexível e plano de carreira.
Sobre a T2S
A T2S é referência no desenvolvimento de soluções customizadas para os maiores terminais portuários da América Latina. Com sua equipe que carrega a experiência de centenas de casos de sucesso e o conhecimento aprofundado das regras de negócio do setor portuário, atualmente, conta com mais de 500 mil horas de programação e 100% de projetos entregues para mais de 140 empresas.
Rodrigo Lopes Salgado é sócio da T2S, engenheiro da computação e especialista em tecnologia portuária, acumula dezenas de casos de sucesso no desenvolvimento, integração e implantação de sistemas nos maiores terminais da América Latina. Atua como professor de ensino superior na Fatec e é membro da equipe de Projetos de Sistemas da Unidade de Recursos Humanos do Centro Paula Souza.