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Gastos com termoelétricas e importação de energia somam prejuízo bilionário, segundo Ministério de Energia

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/12/2021 às 17:03
energia - termoelétricas - ministério
Foto: reprodução google
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Crise hídrica gerou custo de R$ 16,8 bilhões segundo Ministério da Energia. Durante 2021, todas as usinas termoelétricas foram utilizadas

O custo com as medidas tomadas devido à crise hídrica superou o previsto pelo Governo. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os gastos com a utilização de termoelétricas e com a importação de energia elétrica da Argentina e do Uruguai totalizaram R$ 16,8 bilhões até outubro. Durante 2021, todas as usinas termoelétricas foram utilizadas, incluindo as de preço mais elevado, para apregoar o fornecimento de energia no Brasil, evitando, assim, um novo apagão. Os custos são pagos por todos os consumidores, através da conta de energia.

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No mês de julho, o MME previu que essas mesmas ações totalizariam R$ 13,1 bilhões até novembro de 2021. “A variação do custo verificado em relação ao previsto deve-se ao agravamento das condições de operação ao longo de 2021, bem como ao aumento dos custos de combustível para geração de energia elétrica a partir das termoelétricas”, declarou o Ministério.

O capital que foi gasto até outubro é fruto de todos os custos relacionados à necessidade de acionar adicionalmente usinas termoelétricas e à importação de energia dos países vizinhos, incluindo os encargos e o deslocamento hidrelétrico.

Isso acontece, porque as usinas geradoras recebem o ressarcimento pelo custo de substituir a produção das hidrelétricas por outra fonte,como as termoelétricas, ou pela importação, através de encargos custeados pelos consumidores. A medida é usada para que seja possível recuperar o estoque dos reservatórios.

Bandeiras tarifárias

As bandeiras tarifárias – taxa cobrada quando há necessidade de acionar usinas mais caras para gerar energia – são o que custeia a utilização de termoelétricas, repassando os valores aos consumidores. Com a crise hídrica agravada, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou em 52% a taxa e declarou que os recursos poderiam não ser suficientes.

Devido a esse motivo, o Governo gerou a denominada “bandeira escassez hídrica”, a qual representa a cobrança de R$ 14,20 extras a cada 100 quilowatts-hora (kwh) consumidos. A nova medida passou a valer em setembro de 2021 e a previsão é de que continue em vigor até abril do próximo ano.

Apesar da taxa de valor mais elevado, o montante adquirido ainda não basta para sanar todos os custos das ações emergenciais com o uso de termoelétricas. Segundo os dados da Aneel, a Conta Bandeiras registrou prejuízo somado de R$ 12,01 bilhões até outubro. Como forma de evitar uma tarifa extremamente elevada em 2022, ano de eleições, o poder Executivo declarou uma medida provisória que permite que haja uma nova operação de crédito para as companhias do segmento para fazer frente aos custos.

Os consumidores pagarão o financiamento durante os próximos anos, com incidência de juros. Contudo,a  MP não informa o detalhamento do empréstimo, que precisará ser estruturado através de um decreto do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o Ministério de Minas e Energia, “as rubricas e valores a serem cobertos pela operação de crédito amparada pela MP 1078/2021 ainda estão em avaliação pelas equipes técnicas do MME e da Aneel”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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