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Estudo do Ineep revela que preços dos combustíveis no Brasil mantêm valores estáveis em agosto apesar de queda do petróleo

Escrito por Hilton Libório
Publicado em 16/09/2025 às 08:47
Nozzles de gasolina, etanol e diesel em bomba de combustível colorida, com carro desfocado ao fundo.
Estudos do Ineep revelam que preço dos combustíveis sem mantêm estáveis mesmo com queda no petróleo/ Imagem ilustrativa
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Mesmo com a queda do petróleo em agosto, preços dos combustíveis se mantêm estáveis no Brasil. Segundo o Ineep, fatores internos e política de preços explicam a resistência à redução

Nesta segunda-feira (15), o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) divulgou um levantamento que mostra que os preços dos combustíveis no Brasil — gasolina, etanol e diesel — permaneceram praticamente estáveis durante o mês de agosto, mesmo diante de uma queda significativa no valor do petróleo no mercado internacional.

Segundo o estudo, o barril do petróleo Brent encerrou o mês cotado a US$ 67,87, uma redução de 4,5% em relação ao mês anterior. Apesar disso, os preços nas bombas brasileiras não acompanharam essa tendência de baixa, o que levanta questionamentos sobre a política de preços adotada pela Petrobras e a estrutura de distribuição dos combustíveis no país.

Estabilidade dos preços dos combustíveis no Brasil em agosto

O preço dos combustíveis no Brasil apresentou variações mínimas em agosto. A gasolina teve uma leve queda de 0,3%, com preço médio nacional de R$ 6,19. O etanol hidratado registrou aumento de 0,2%, enquanto o diesel S10 subiu 0,5%.

Esses números indicam uma estabilidade que contrasta com o comportamento do petróleo no mercado internacional. A defasagem entre os preços praticados nas refinarias e os valores finais ao consumidor é um dos fatores apontados pelo Ineep para explicar essa discrepância.

Queda do petróleo e seus reflexos limitados

Segundo o Ineep, a queda do petróleo em agosto foi influenciada por fatores geopolíticos, como tensões no Oriente Médio envolvendo países como Irã e Israel. Mesmo com esse cenário favorável à redução de preços, os combustíveis no Brasil não acompanharam a tendência.

O presidente do Sindicombustíveis-DF, Paulo Tavares, afirmou que há uma defasagem de R$ 0,15 para a gasolina e R$ 0,11 para o diesel, o que permitiria reduções sem prejuízo às distribuidoras. No entanto, a Petrobras manteve os preços praticamente inalterados, com apenas um reajuste em junho — uma redução de 5,6% no valor da gasolina.

Política de preços da Petrobras e o papel do Ineep

A Petrobras, principal fornecedora de combustíveis no Brasil, tem adotado uma postura cautelosa em relação aos reajustes. A mudança na política de Preço de Paridade de Importação (PPI), promovida pelo governo Lula, busca proteger o consumidor e evitar impactos inflacionários, mas enfrenta dificuldades na aplicação prática.

O Ineep destaca que há espaço para novos cortes nos preços, mas a estatal teme comprometer seus resultados financeiros. Além disso, a etapa de distribuição e revenda tem impactado cada vez mais o preço final, com margens que não refletem as reduções nas refinarias.

Preços dos combustíveis no Brasil: dados atualizados

A análise do Ineep traz dados relevantes sobre o comportamento dos combustíveis no Brasil em agosto:

  • Gasolina: queda de 0,3%, preço médio de R$ 6,19
  • Etanol hidratado: aumento de 0,2%
  • Diesel S10: aumento de 0,5%
  • Petróleo Brent: queda de 4,5%, cotado a US$ 67,87

Esses números reforçam a percepção de que o preço dos combustíveis no Brasil não está diretamente atrelado às variações internacionais do petróleo, especialmente em curto prazo.

Distribuição e revenda: impacto no preço dos combustíveis

Um dos pontos críticos destacados pelo Ineep é o papel da distribuição e revenda na formação do preço dos combustíveis. Mesmo quando há redução nas refinarias, os preços finais ao consumidor podem permanecer altos devido às margens praticadas por distribuidoras e postos.

Segundo Iago Montalvão, pesquisador do Ineep, é necessário maior fiscalização sobre essas etapas para garantir que os benefícios das quedas no petróleo cheguem ao consumidor. Ele também aponta que a falta de transparência na composição dos preços dificulta a compreensão do público sobre os reajustes.

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Histórico recente e tendências para os combustíveis no Brasil

Desde o início de 2025, a Petrobras realizou apenas um reajuste nos preços da gasolina, em junho. Antes disso, o valor estava congelado por mais de um ano. Essa postura conservadora reflete a estratégia da estatal de evitar oscilações diárias e manter estabilidade nos resultados financeiros.

Mesmo com espaço para novos cortes, como apontado por especialistas, a empresa ainda não sinalizou novas reduções. O cenário para o restante do ano dependerá da evolução do preço do petróleo e da pressão política por combustíveis mais acessíveis.

Ineep: propostas para redução sustentável dos preços dos combustíveis

O Ineep propõe duas ações principais para tornar o preço dos combustíveis no Brasil mais justo e alinhado com o mercado internacional:

  1. Realização de novos reajustes em resposta à queda do petróleo
  2. Regulação mais rigorosa sobre os ganhos na distribuição e revenda

Essas medidas visam garantir que os consumidores se beneficiem das reduções no custo da matéria-prima, sem que os preços sejam absorvidos por intermediários.

Perspectivas para o consumidor brasileiro

A estabilidade dos preços da gasolina, etanol e diesel em agosto, mesmo diante da queda do petróleo, revela uma complexa dinâmica entre mercado internacional, política de preços, estrutura de distribuição e interesses financeiros.

Embora haja margem para redução, como apontado pelo Ineep, a Petrobras ainda resiste a novos cortes. O consumidor, por sua vez, continua à mercê de decisões estratégicas e políticas que nem sempre refletem as condições globais.

Para garantir preços mais acessíveis e justos, será necessário:

  • Reforçar a fiscalização sobre distribuidoras
  • Promover maior transparência na formação de preços
  • Alinhar a política da Petrobras com os interesses sociais

A queda do petróleo pode ser uma oportunidade para aliviar o bolso do brasileiro — mas isso depende de ações coordenadas entre governo, empresas e órgãos reguladores.

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Hilton Libório

Hilton Fonseca Liborio é redator, com experiência em produção de conteúdo digital e habilidade em SEO. Atua na criação de textos otimizados para diferentes públicos e plataformas, buscando unir qualidade, relevância e resultados. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras, Energias Renováveis, Mineração e outros temas. Contato e sugestões de pauta: hiltonliborio44@gmail.com

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