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Gás do Povo: programa promete reduzir pobreza energética, mas mudanças da ANP preocupam especialistas

Escrito por Rannyson Moura
Publicado em 29/09/2025 às 11:05
O programa Gás do Povo busca levar GLP a milhões de famílias de baixa renda no Brasil, mas novas regras da ANP podem gerar insegurança e ameaçar investimentos no setor. Fonte: Itatiaia
O programa Gás do Povo busca levar GLP a milhões de famílias de baixa renda no Brasil, mas novas regras da ANP podem gerar insegurança e ameaçar investimentos no setor. Fonte: Itatiaia
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O programa Gás do Povo busca levar GLP a milhões de famílias de baixa renda no Brasil, mas novas regras da ANP podem gerar insegurança e ameaçar investimentos no setor.

O programa Gás do Povo foi lançado pelo governo federal como uma medida histórica para ampliar o acesso ao gás de cozinha no Brasil. No entanto, discussões em andamento na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) levantam preocupações entre especialistas e empresários do setor, que temem impactos negativos caso as regras atuais sejam alteradas, como noticiado nesta segunda, 29.

Gás do Povo quer levar GLP a famílias em situação de vulnerabilidade

Atualmente, cerca de 23% das famílias brasileiras ainda dependem de lenha ou carvão para cozinhar. Essa realidade traz sérios riscos à saúde, especialmente para mulheres e crianças expostas diariamente à fumaça, além de provocar danos ambientais. Estudos mostram que a queima de lenha emite 150 vezes mais CO₂ do que o GLP.

O Gás do Povo surge, portanto, como alternativa para mudar esse cenário. A proposta do governo é atender aproximadamente 15 milhões de famílias cadastradas no CadÚnico, garantindo acesso a uma fonte de energia mais limpa e segura.

Segundo o Sindigás, entidade que representa o setor, as 59 mil revendas espalhadas pelo país têm experiência e capilaridade suficientes para assegurar que o programa funcione de forma eficiente. Além disso, empresas do segmento estão prontas para investir entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2,5 bilhões na aquisição de novos botijões necessários para atender à demanda do Gás do Povo.

ANP gera incertezas com propostas de mudanças regulatórias

Apesar do entusiasmo em relação ao programa, representantes do setor criticam a possibilidade de mudanças nas regras de comercialização de botijões. Para o Sindigás, isso pode comprometer os investimentos e gerar insegurança jurídica em um momento decisivo.

As empresas vão investir de R$ 1,5 bilhão a R$ 2,5 bilhões na compra de novos botijões necessários para atender a demanda do programa Gás do Povo. Mas, como vamos investir tanto se, a qualquer momento, a regra das marcas no botijão pode ser mudada? Quem vai cuidar de todo esse parque de botijões?” questiona Bandeira de Mello, representante da entidade.

Para especialistas, o Gás do Povo representa não apenas um programa social, mas uma oportunidade de transformação estrutural. Ao substituir a lenha e o carvão, o país pode reduzir emissões de gases de efeito estufa, melhorar a saúde pública e diminuir desigualdades no acesso à energia. No entanto, a continuidade e a eficácia da iniciativa dependem diretamente da estabilidade regulatória e da clareza das regras definidas pela ANP.

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Rannyson Moura

Graduado em Publicidade e Propaganda pela UERN; mestre em Comunicação Social pela UFMG e doutorando em Estudos de Linguagens pelo CEFET-MG. Atua como redator freelancer desde 2019, com textos publicados em sites como Baixaki, MinhaSérie e Letras.mus.br. Academicamente, tem trabalhos publicados em livros e apresentados em eventos da área. Entre os temas de pesquisa, destaca-se o interesse pelo mercado editorial a partir de um olhar que considera diferentes marcadores sociais.

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