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Gás de cozinha pode custar a metade do preço com o fim do monopólio do petróleo, diz Guedes

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 10/04/2019 às 01:00

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, nesta terça-feira, 9 de Abril, que o governo planeja reduzir o preço do gás de cozinha pela metade em um período de dois anos com o fim do monópilo, entre outras ações

Para atingir a meta de reduzir pela metade o preço do gás de cozinha em dois anos no Brasil, Guedes defendeu que será necessário mexer com os monopólios. “Daqui a dois anos, o botijão de gás vai chegar na metade do preço na casa do trabalhador brasileiro. Vamos quebrar esses monopólios e vamos baixar o preço do gás e do petróleo com a competição”, disse o ministro.

A declaração foi dada durante a 22ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que ocorreu em Brasília. Guedes ainda destacou que o monopólio da Petrobras nesse caso encarece o produto no países que a solução viria do petróleo, pela exploração da camada do pré-sal.

De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigas), seis empresas respondem por quase 90% do mercado de distribuição.

O assunto principal no governo federal também foi abordado: a reforma da Previdência. No evento, o ministro  disse ainda que o governo pretende simplificar alguns tributos para fazer “o Brasil crescer” e defendeu a medida junto aos presentes. “Todos já sabemos que a reforma da Previdência é importante também para municípios e estados”, afirmou. Ainda na ocasião, a Secretaria Especial de Previdência do Ministério da Fazenda distribuiu uma cartilha dizendo que o ambiente econômico do país melhorará, com geração de empregos e aumento na arrecadação.

A unificação de tributos também foi pauta da fala de Guedes. “Vamos baixar, simplificar, reduzir impostos para o Brasil crescer. É a reforma tributária. Primeiro, vamos pegar três, quatro, cinco impostos e fundir em um só. Vai chamar Imposto Único Federal”, afirmou ele.

Guedes também defendeu um aumento na divisão dos recursos para estados e municípios. De acordo com o ministro, “hoje, 65% é da União, 35% de estados e municípios. No futuro, 70% tem que ser de estados e municípios”.

“O estado está desequipado, a prefeitura não tem recursos para ambulatório. A ideia é já pegar o pre-sal – e não é gradual – já no ano que vem e jogar 70% para os estados e municípios”, declarou.

Paulo Guedes afirmou que é preciso instituir esse novo formato de distribuição “já”, e não em 20 anos. O ministro da Economia estimou uma arrecadação com os recursos do pré-sal de R$ 500 bilhões a R$ 1 trilhão nos próximos 20 anos. “O futuro vem do petróleo”,  declarou ele.

Uma nota importante: O gás de cozinha é diferente do gás natural.

  • Gás de cozinha (GLP)( ⇒ consiste numa mistura gasosa de hidrocarboneto obtido das reservas do sub-solo ou do processo de refino do petróleo cru nas refinarias.
  • Gás Natural (GN) ⇒ é um combustível fóssil que se encontra na natureza, normalmente em reservatórios profundos no subsolo, o GN é resultado da combinação de hidrocarbonetos gasosos, nas condições normais atmosféricas de pressão e temperatura.

O GN é relativamente mais barato do que o GLP porque ela passa por menos processos. Especialistas do setor,como por exemplo Marcelo Gauto, dizem que a única forma de virtualmente, ser possível chegar a este preço, é através de subsídios, já que no processamento e distribuição do gás de cozinha, o mesmo é tributado até o consumidor final.

Agência Nacional do Petróleo cria novas regras sobre o comercio exterior. Resolução visa minimizar barreiras ao investimento, reduzir custos da regulação, aprimorar a qualidade regulatória e promover a livre concorrência, garantindo os interesses da sociedade.


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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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