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Fundo soberano Mubadala, do príncipe Abu Dhabi, cria empresa Acelen, para realizar a gestão e operação da refinaria de petróleo RLAM e mira integração econômica no estado da Bahia

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 23/09/2021 às 11:58
Atualizado em 19/08/2022 às 05:06
bahia - refinaria - petrobras - mubadala - Abu Dhabi
Refinaria RLAM Bahia pertencente a Petrobras e comprada pelo Fundo soberano Mubadala, do príncipe Abu Dhabi / Imagem Google

Acelen tem interesse em manter todos os funcionários da refinaria, cujos têm a opção de serem realocados em outras unidades da Petrobras

O fundo soberano Mubadala, do príncipe Abu Dhabi, fundou a empresa Acelen objetivando realizar a gestão e operação da refinaria de petróleo Landulpho Alves-Mataripe (RLAM). O Grupo que assumirá a unidade em dezembro deste ano, já anuncia seus planos de ampliação de produção além de visar a integração com outras indústrias e fomentar a economia do estado da Bahia.

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Sediada em São Francisco do Conde, a refinaria foi adquirida da Petrobras em março 2021 por US$ 1,65 bilhão e a conclusão da operação de aquisição está na fase final, conforme declaração da controladora.

Acelen anuncia projetos de expansão e modernização, além de dirigir esforços no abastecimento na Bahia com derivados de petróleo

Os dirigentes da Acelen, contaram em primeira mão ao jornal Bahia Econômica que pretende maximizar o uso dos ativos da refinaria, investindo em projetos de expansão e modernização, além de dirigir esforços no abastecimento regional de derivados de petróleo, diferente do que acontece atualmente com a refinaria, que vem operando bem abaixo da sua capacidade.

Ainda segundo o jornal, o Grupo quer estimular a maior integração possível com o parque industrial existente na Bahia, especialmente o Polo Petroquímico, avaliando inclusive a possibilidade de alongamento na cadeia produtiva de modo a estimular a verticalização da produção.

Como exemplo, lembraram as possibilidades de comercialização de subprodutos, como Negro de Fumo na área de borracha, e outros segmentos capazes de estabelecer uma estratégia de integração com agentes locais para o alongamento da cadeia produtiva.

A Petrobras irá manter o que se chama de operação assistida no primeiro ano e só gradualmente transferindo o controle total para a Acelen.

Acelen quer manter todos os funcionários da refinaria RLAM na Bahia

Em relação à mão-de-obra, a empresa informa que no processo de venda ficou garantido a estabilidade para todos os empregados, mas que o interesse da empresa é manter todos, especialmente aqueles com experiência, buscando no entanto aumentar a produtividade do trabalho, ampliando a competitividade do ativo. Segundo o contrato de venda, aqueles trabalhadores que não quiserem ficar na empresa, poderão ser realocados em outras unidades da Petrobras.

A empresa informa que vai trabalhar preservando o meio ambiente, buscando a melhoria da eficiência energética, o uso da energia renovável e adotando a política para ampliar o uso de créditos de carbono. Segundo eles, a Acelen tem como estratégia a transição gradual de investimento em alto carbono para os investimento em baixo carbono, de acordo com a estratégia internacional.

O executivos afirmaram também a intenção de fomentar a geração de riqueza local em cooperação com as prefeituras municipais e também de ampliar a arrecadação de impostos, como o ICMS, com o aumento da produção, e de atuar em cooperação com o governo do estado da Bahia no estímulo ao aumento da produção local e ao desenvolvimento de novos negócios.

A RLAM foi a primeira refinaria nacional erguida no país, com início de operações em setembro de 1950. Passou por diversas atualizações operacionais. A refinaria produz GLP, gasolina, diesel e nafta petroquímica, entre outros produtos. Além das instalações em Mataripe, a RLAM conta com terminais de abastecimento e oleodutos nos municípios de Madre de Deus, Candeias, Jequié e Itabuna.

A Mubadala Capital, que controla a Acelen, é a subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, investidor soberano líder global com sede em Abu Dhabi. Além de gerir seu próprio portfólio de investimentos, a subsidiária administra US$ 9 bilhões de capital de terceiros, de investidores institucionais, incluindo um fundo no Brasil, três fundos de private equity, dois fundos de venture capital em estágio inicial e um fundo público.

Mubadala Investment Company é fundo soberano, que funciona como holding estatal dos Emirados Árabes Unidos. A organização está fortemente ligada a Mohamed bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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