Com mais de 32.000 km de trilhos ferroviários, a França aposta no Projeto Solveig para instalar painéis solares sobre trilhos abandonados, gerando energia limpa e impulsionando a meta de 1.000 MW até 2030!
Sabe aqueles quilômetros e mais quilômetros de trilhos ferroviários que não servem mais pra nada? Pois é, a França resolveu dar um jeito neles – e a solução é daquelas que fazem a gente pensar: “Como ninguém fez isso antes?”
O país está testando um esquema inovador para cobrir esses trilhos com painéis solares, criando um verdadeiro tapete de energia limpa. O Projeto Solveig se inspirou numa ideia que já está rolando na Suíça e pode ser um divisor de águas na forma como aproveitamos espaços inutilizados para gerar eletricidade sustentável.
Mas será que isso realmente funciona? E, mais importante: será que outros países vão copiar essa ideia da França?
-
Energia renovável em Minas Gerais ganha incentivo com nova medida tributária
-
Energias renováveis se tornarão a maior fonte de eletricidade do mundo até 2026
-
Eis o hidrogênio branco: “combustível do futuro” limpo, barato e abundante que especialistas dizem estar pronto para ser explorado
-
China alterou a rotação da Terra com uma de suas obras — e não aprendeu a lição: agora quer uma ainda maior e gera tensão geopolítica
O dilema das energias renováveis: onde colocar os painéis solares?
A gente sempre ouve falar de energia solar e eólica, mas tem um detalhe que ninguém gosta de admitir: esses projetos gigantescos costumam causar um impacto visual absurdo. Muita gente reclama que as turbinas eólicas estragam a paisagem, e os painéis solares ocupam grandes áreas de terra que poderiam ser usadas para outras coisas.
A solução francesa foi pensar fora da caixa (ou melhor, fora dos telhados). Se já existem trilhos ferroviários abandonados, por que não usá-los para algo útil? A ideia é simples e eficiente: ao invés de deixar esses espaços parados, eles serão cobertos com painéis solares e ajudarão a abastecer a própria rede ferroviária do país.
Como funciona o Projeto Solveig da França?
O plano é bem direto: fixar painéis solares nos trilhos e armazenar a energia gerada em contêineres modulares. Isso torna tudo mais prático, já que os inversores e baterias podem ser movidos para onde forem mais necessários.
Aliás, o nome Solveig não foi escolhido à toa – remete à ideia de “solução solar” na França. E a coisa já está saindo do papel: os primeiros oito painéis solares foram instalados no centro técnico de Achères, onde vão ser testados por seis meses para ver se a ideia funciona de verdade.
E tem outro detalhe interessante: a instalação não precisa de fundações nem obras complexas. Um braço mecânico coloca os painéis sobre os trilhos, e eles são presos de forma segura para evitar que saiam voando com o vento. Mas, se algum dia for necessário remover tudo, dá pra desmontar rapidinho sem deixar rastros.
O futuro da energia solar sobre trilhos na França
Se os testes derem certo, o plano da SNCF é expandir essa tecnologia para toda a rede ferroviária do país. E olha que os números são impressionantes: só a SNCF tem mais de 32.000 quilômetros de trilhos em operação. Além disso, a ideia é cobrir também as linhas ferroviárias desativadas, ajudando a gerar ainda mais energia.
A empresa tem uma meta ambiciosa de instalar 1.000 MW de painéis solares até 2030, e esse sistema inovador pode ser a peça-chave para chegar lá.
Mas a França não está sozinha nessa. A Suíça também já começou a testar essa solução e, além dos trilhos, está instalando painéis solares até nos muros das rodovias! Ou seja, o movimento já está acontecendo e pode se espalhar rápido pela Europa e pelo mundo.
Esta ideia já está a ser praticada em autoestradas na Coreia do Sul. No meio entre as duas faixas de rodagem. Faz coberto e aproveitado para ecovias
Sem alarde, a China já está coberta de painéis solares, não quer depender de carvão e outras….
O que mais tem no Brasil é água e sol, as fontes de energia menos poluentes do mundo.
O Brasil, precisa de mais ferrovias. Um dos principais fatores, que contribuíram para as rodovias ficarem ruins é a falta de trens de passageiros, e de cargas. Com isso, o aumento intenso de caminhões pesados aumentaram, consideravelmente, com consequente depreciação das mesmas. Isso, só vai ser possível, com uma parceria PÚBLICO-PRIVADA, e uma vontade política constante. Não dependendo, tão somente, do compromisso de um só Governo. Todavia, com investimentos públicos, como formas de subsídios. É preciso, dar importância ao trem de passageiros, que também é importante. E, um sistema ferroviário integrado, à nível transcontinental, para mostrar mais interesse, parte dos passageiros, que proporcionará maior lucratividade para as companhias ferroviárias. Com isso, eles vão abandonar seus automóveis de viagens, que estão causando inúmeros acidentes rodoviários, e lotação nas rodovias.