Submarino De Grasse é o quarto da classe Barracuda e marca nova fase da modernização naval francesa
Em 27 de maio de 2025, a Marinha da França deu um novo passo em seu programa de modernização com o lançamento do De Grasse, um submarino de ataque movido a energia nuclear.
O modelo é o quarto da série Barracuda, também conhecida como classe Suffren, e destaca-se por sua capacidade de operar por até 270 dias sem retornar à base.
Marco na construção
O De Grasse foi transferido do galpão de construção para a plataforma flutuante DME, no estaleiro do Naval Group em Cherbourg.
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Esse processo marca a transição da montagem estrutural para a fase de equipamento e integração dos sistemas.
O projeto é parte do programa Barracuda, que tem orçamento de € 10 bilhões e é liderado pela agência francesa de compras de defesa (DGA). A meta é substituir os submarinos da antiga classe Rubis por seis novos modelos até 2030.
Capacidade nuclear e tecnologia francesa
O Naval Group é responsável por toda a construção e também atua em parceria com a TechnicAtome para o sistema de fornecimento de vapor nuclear. Este sistema, conhecido como NSSS, é parte essencial da propulsão.
O CEO do Naval Group, Pierre Éric Pommellet, afirmou que o lançamento do De Grasse representa um avanço fundamental. “Este sucesso reflete a excelência da indústria naval francesa e sua contribuição para a soberania nacional”, declarou.
Ao todo, cerca de 2.500 pessoas participam do programa, entre funcionários e subcontratados, evidenciando o forte investimento nacional em tecnologia de guerra submarina.
Dados técnicos e armamentos
A classe Barracuda representa um avanço tecnológico em relação à geração anterior. Os submarinos deslocam 4.700 toneladas na superfície e 5.200 toneladas quando submersos. Com 99 metros de comprimento e 8,8 metros de largura, o projeto combina discrição, resistência e flexibilidade.
O reator de água pressurizada, similar ao utilizado nos submarinos estratégicos da classe Triomphant e no porta-aviões Charles de Gaulle, garante longas patrulhas. A autonomia pode chegar a 270 dias por ano.
O submarino é equipado com armamentos de alta precisão. Possui mísseis de cruzeiro navais (MdCN), com alcance superior a 1.000 quilômetros, mísseis antinavio SM39 Exocet e torpedos pesados F21.
Operações especiais e próximos passos
O De Grasse também está preparado para apoiar operações especiais. Conta com câmara de bloqueio para mergulhadores e pode receber um abrigo de convés seco. Esses recursos permitem o uso de Forças Especiais e sistemas autônomos subaquáticos.
O lançamento do De Grasse segue o comissionamento do Suffren (2020), do Duguay-Trouin (2023) e o lançamento recente do Tourville. Os testes em mar estão previstos para 2026, após testes de sistemas em terra e no porto.
A França segue como um dos poucos países com capacidade de projetar e construir submarinos nucleares. O programa Barracuda, em desenvolvimento há mais de duas décadas, reforça essa posição.