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FPSO: a inovação tem mudado o jogo desde 1977 no setor offshore para extração de petróleo

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 04/04/2024 às 16:27
FPSO: a inovação tem mudado o jogo desde 1977 no setor offshore para extração de petróleo
Foto: Divulgação/FPSO

Descubra como os FPSOs, unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga, transformaram a exploração de petróleo e gás offshore, proporcionando vantagens econômicas, operacionais e ambientais em águas profundas globalmente desde 1977.

No coração da indústria offshore, uma inovação tem mudado o jogo desde 1977: o FPSO (Floating Production Storage and Offloading). Originado no campo Shell Castellon, no Mediterrâneo, estes gigantes dos mares representam a vanguarda da exploração de petróleo e gás, com mais de 300 unidades operando globalmente.

FPSO, sigla para Floating Production Storage and Offloading, é uma unidade flutuante que combina processamento e armazenamento de petróleo bruto e gás natural extraídos do fundo do mar. Podem ser navios recém-construídos ou petroleiros convertidos, desempenhando a primeira fase de refinaria a bordo.

Estes navios armazenam o petróleo processado em tanques de casco duplo, prontos para transferência via navios shuttle ou oleodutos submarinos. Ancorados firmemente, os FPSOs resistem a condições adversas, com a opção de uma amarração que permite rotação livre, adaptando-se a variadas condições meteorológicas.

Vantagens competitivas dos FPSOs

Os FPSOs brilham em águas profundas e ultraprofundas, conectando-se a múltiplos poços submarinos, otimizando a extração de petróleo. Eles não apenas facilitam o transporte de petróleo em locais remotos ou sem infraestrutura de dutos, mas também aceleram o início da produção, com tempos de implementação significativamente menores comparados a estruturas fixas. A flexibilidade para realocação e a redução da necessidade de infraestrutura submarina cara são aspectos cruciais, tornando os FPSOs ideais para campos marginais.

Sustentabilidade e eficiência

Além de serem economicamente viáveis, os FPSOs possuem menor impacto ambiental em comparação às plataformas fixas. Podem ser reconfigurados para operações mais ecológicas, atendendo à demanda crescente por soluções ambientalmente responsáveis na indústria offshore. Esta capacidade de adaptação, juntamente com a economia de custos e a eficiência operacional, posiciona os FPSOs como a escolha preferencial para projetos futuros de exploração de petróleo e gás em águas profundas.

Desde a sua introdução, os FPSOs têm sido essenciais no desenvolvimento de campos de petróleo offshore em regiões como o Mar do Norte, Brasil, Ásia-Pacífico, Mediterrâneo e África Ocidental. A evolução do FPSO reflete a dinâmica e as exigências da indústria petrolífera global, marcando sua posição como um pilar crucial no futuro da exploração offshore.

E no Brasil? As unidades FPSO crescem cada vez mais

No Brasil, o cenário dos FPSOs (Floating Production, Storage and Offloading units) é dominado pela gigante estatal Petrobras, uma das principais operadoras deste tipo de embarcação. A empresa gerencia uma frota expressiva de FPSOs, utilizados nas operações de exploração das bacias de petróleo do pré-sal e pós-sal.

Com 22 unidades operando no pré-sal (sendo 10 de propriedade da Petrobras e 12 afretadas), e outras 25 no pós-sal, o Brasil se destaca com um total de 48 FPSOs. Desses, 22 são de propriedade da Petrobras, enquanto 26 pertencem a outras empresas, das quais 19 operam sob contrato de afretamento com a Petrobras.

Petrobras, Modec, SBM Offshore e mais operam FPSO no Brasil

Além da Petrobras, companhias como MODEC, SBM Offshore e Total também marcam presença significativa no mercado brasileiro de FPSOs. A MODEC, em particular, tem sido uma fornecedora ativa, estando inclusive em fase de comissionamento de novas unidades, como os FPSOs Anita Garibaldi MV33 e Bacalhau.

Essa dinâmica reforça o papel crucial do Brasil no mercado global de FPSOs, abrigando uma das maiores frotas mundiais e evidenciando uma trajetória de crescimento com a projeção de expansão e novos projetos no horizonte da próxima década. Este cenário não apenas solidifica a posição do Brasil como líder em operações de FPSO, mas também sublinha a importância estratégica dessas unidades flutuantes para a indústria petrolífera offshore no país.

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Rafaela Fabris

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