Chinês (Simplificado) 
Chinês (Tradicional) 
Inglês 
Francês 
Alemão 
Italiano 
Japonês 
Norueguês 
Espanhol 
5 min de leitura
0 comentários
O Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável promove mineração sustentável, rastreabilidade do ouro, combate ao mercúrio, inclusão produtiva e governança transparente, unindo governo, setor produtivo e organismos internacionais
O Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável chega como um marco importante para o Brasil, que agora assume papel de destaque na construção de cadeias limpas de ouro, segundo uma matéria publicada.
O encontro, realizado no último dia 23 de setembro na sede do Ministério de Minas e Energia, reuniu instituições públicas, setor produtivo e parceiros internacionais com uma missão clara: transformar a forma como o ouro é extraído, comercializado e monitorado.
Com foco em legalidade, transparência e proteção social, o plano inclui rastreabilidade desde a origem, metas de redução do uso de mercúrio e medidas para enfrentar fluxos ilícitos que fragilizam a atividade.
-
Rio Guaíba ganha novo sistema de monitoramento com mapeamento de áreas de risco, prevenção contra enchentes, defesa civil preparada e segurança para municípios gaúchos
-
Reunião dos BRICS no Brasil define agenda de cooperação do INPI e encerra encontro sobre propriedade industrial com inteligência artificial, patentes, estatísticas e inovação tecnológica
-
Royalties da ANP: distribuição oficial da produção de julho alcança estados, municípios, União, Fundo Especial, contratos de concessão e cessão onerosa no Brasil
-
De Brasília para Belém: capital do Brasil será transferida durante a COP30 em gesto histórico pela Amazônia
A coordenação da Agência Nacional de Mineração (ANM) garante que as ações estejam alinhadas a boas práticas internacionais, em cooperação com o Conselho Mundial do Ouro, a OCDE e o Fórum Intergovernamental sobre Mineração, Minerais, Metais e Desenvolvimento Sustentável.
A iniciativa também traz respostas a situações graves, como a crise humanitária Yanomami em 2023, e busca proteger comunidades, melhorar a saúde pública e consolidar cadeias produtivas que sejam confiáveis e auditáveis.
Com novas tecnologias, apoio financeiro e capacitação, o Brasil cria condições para que pequenos produtores tenham acesso a mercados de alto valor, além de fortalecer a segurança e reduzir danos ambientais.
Mineração sustentável com foco em inclusão produtiva
O Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável nasce com o objetivo de aproximar pequenos produtores de uma atividade formal e segura, oferecendo condições para que cooperativas e trabalhadores tenham acesso a crédito, assistência técnica e mercados diferenciados.
Essa inclusão produtiva é essencial, já que a informalidade impacta não apenas a arrecadação, mas também pressiona biomas sensíveis e abre espaço para atividades ilícitas.
O plano prevê linhas de financiamento compatíveis com a realidade das operações em pequena escala, além de protótipos de plantas que eliminam o uso de mercúrio e garantem maior eficiência no beneficiamento do ouro.
Essa estratégia possibilita que produtores tenham mais segurança no trabalho, aumentem a recuperação do mineral e melhorem sua renda de forma sustentável.
A articulação entre ANM, Ministério de Minas e Energia, Ministério do Meio Ambiente, Banco Central, Polícia Federal, universidades e entidades setoriais cria um ambiente de governança robusto, com integração de sistemas e dados para monitorar todo o processo produtivo.
Rastreabilidade do ouro e confiança internacional
Outro ponto central do Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável é a implantação de um sistema de rastreabilidade que acompanha o ouro desde a origem até a exportação.
Cada lote será identificado com um código único, ligado a registros digitais que permitem acompanhar etapas como extração, transporte, armazenamento, refino e comercialização.
Essa rastreabilidade responde às exigências internacionais de due diligence e atende recomendações da Convenção de Minamata, que trata do controle do mercúrio, além de práticas de prevenção à lavagem de dinheiro.
Com auditorias independentes e relatórios públicos, compradores estrangeiros terão mais confiança no ouro brasileiro, o que abre espaço para mercados que pagam prêmios pela responsabilidade socioambiental.
Os projetos-piloto de rastreabilidade devem ser testados nos próximos 12 meses em operações formalizadas, com a expectativa de criar indicadores públicos de legalidade, desempenho socioambiental e integridade financeira.
Isso fortalece a reputação do Brasil no cenário global e valoriza a produção nacional.
Combate ao mercúrio e proteção socioambiental
A substituição do mercúrio é prioridade dentro do Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável. A contaminação desse metal impacta não apenas os trabalhadores, mas também rios e comunidades ribeirinhas, afetando a saúde e a segurança alimentar.
Por isso, a agenda inclui tecnologias limpas de beneficiamento, assistência técnica direcionada e capacitação para pequenas mineradoras e cooperativas.
Esse pacote técnico reduz a exposição ocupacional e evita que resíduos atinjam ecossistemas frágeis.
Além disso, garante maior eficiência metalúrgica, já que processos livres de mercúrio aumentam a recuperação de ouro e elevam a rentabilidade das operações formalizadas.
O alinhamento com a Convenção de Minamata demonstra o compromisso brasileiro com metas internacionais de sustentabilidade.
A adoção dessas práticas coloca o país em posição de liderança, ampliando a confiança do mercado e fortalecendo a imagem de responsabilidade do setor.
Governança transparente e integração de sistemas
A governança é outro pilar do Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável. A iniciativa propõe a integração de dados públicos e privados, criando uma malha de controle que conecta fiscalização mineral, monitoramento financeiro, inteligência policial e pontos estratégicos de comércio e exportação.
O sistema permitirá identificar irregularidades como picos anômalos de produção, rotas logísticas suspeitas e revendas sucessivas em curto espaço de tempo.
Ao cruzar essas informações, será possível fechar brechas que favorecem fluxos ilícitos, garantindo maior segurança jurídica para todos os envolvidos.
Além disso, relatórios periódicos e auditorias independentes reforçam a transparência e fortalecem a confiança de investidores e compradores internacionais. Com indicadores claros e verificáveis, o setor ganha mais estabilidade e competitividade.
O Fórum Brasileiro pelo Ouro Responsável representa um avanço na forma como o país lida com a mineração de ouro.
Ao unir inclusão produtiva, mineração sustentável, rastreabilidade do ouro, combate ao mercúrio e governança transparente, o Brasil se posiciona como referência internacional em cadeias limpas, oferecendo oportunidades para comunidades locais, proteção ambiental e segurança no comércio global.
Seja o primeiro a reagir!