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A Ford prepara uma guinada estratégica para voltar ao mercado de carros de passeio, avalia ampliar a parceria com a Volkswagen e pode apostar novamente em motores a combustão após anos priorizando picapes, SUVs e veículos elétricos.
A Ford trabalha numa nova estratégia para recolocar carros de passeio no portfólio global e avalia ampliar a cooperação com a Volkswagen além dos projetos de veículos elétricos.
A sinalização partiu de William Clay Ford Jr., bisneto de Henry Ford e presidente executivo desde 2006, em entrevista à Autocar.
Planos confirmados por William Clay Ford Jr.
O executivo reconheceu que a oferta de automóveis da marca encolheu após a aposentadoria de Ka, Fiesta, Focus e Fusion, o que deixou a gama concentrada em picapes, SUVs e vans.
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“No lado dos carros de passeio, percebemos que não somos tão robustos quanto precisamos ser”, afirmou.
Segundo ele, há um plano em elaboração para corrigir essa lacuna. “Estamos trabalhando em nossa estratégia futura agora. Mas acho que vocês ficarão agradavelmente surpresos com o que está por vir.”
Mercados e cronograma ainda indefinidos
A companhia não detalhou mercados nem datas para os próximos lançamentos.
Há relatos internos, nunca confirmados, sobre um possível Mustang sedã de quatro portas, apelidado de “Mach 4”, mas a montadora não comenta o assunto.
Por ora, a prioridade declarada é devolver diversidade à linha de carros de passeio sem comprometer a disciplina financeira iniciada nos últimos anos.
Europa volta ao radar com motores a combustão
Na Europa, concessionários foram informados sobre a chegada de novos modelos, de acordo com reportagem recente da Automobilwoche.
A revisão da meta de vender apenas elétricos no continente a partir de 2030 abre espaço para produtos com motores a combustão, em um contexto em que Explorer e Capri elétricos enfrentam demanda limitada.
A decisão reduz a pressão sobre prazos de eletrificação e permite ao fabricante calibrar a oferta conforme a resposta do mercado.
Parceria com a Volkswagen pode avançar
A colaboração entre Ford e Volkswagen hoje abrange a produção da Amarok europeia baseada na Ranger e o desenvolvimento de plataformas para elétricos.
Integrantes das duas empresas indicam que o acordo pode se expandir.
Martin Sanders, chefe de vendas e marketing da VW e ex-líder da Ford Europa, afirmou que a indústria não deve “descartar oportunidades futuras para compartilhar tecnologia novamente”.
Não houve especificação se a referência se limita à base MEB de elétricos da VW ou se inclui a arquitetura MQB para veículos a gasolina.
Ajuste de rota em relação a 2024
O movimento representa mudança de tom em relação ao discurso do CEO Jim Farley no ano passado, quando disse que a Ford estava “saindo do negócio de carros chatos e entrando no de veículos icônicos”.
À época, ele ponderou que esses modelos tinham clientela fiel, porém consumiam capital sem retorno suficiente, ao contrário das linhas de veículos comerciais.
Agora, a diretoria admite que a marca precisa fortalecer o lado dos automóveis e busca um caminho que equilibre rentabilidade e amplitude de portfólio.
O que esperar a seguir
Sem anunciar produtos específicos, a fabricante sinaliza que a parceria industrial é uma alavanca possível para acelerar projetos e reduzir custos.
Se o acordo com a VW avançar para modelos a combustão, o movimento resgataria a lógica da cooperação que marcou a Autolatina no fim dos anos 1980 e meados dos 1990, quando as marcas compartilharam plataformas e componentes.
Enquanto isso, as áreas de produto trabalham em uma agenda de lançamentos que recolocará a Ford em segmentos além de picapes, SUVs e vans.
O resultado dessa reviravolta deve começar a aparecer conforme cada mercado receber sua própria definição de mix e tecnologia.
Como está o primeiro Honda híbrido após rodar mais de 1,5 milhão km rodados
A norte-americana Daisy Rue, da Pensilvânia (EUA), mostrou o odômetro de seu Honda Insight 2002 marcando 985.000 milhas — pouco mais de 1.585.200 km —, marca rara para um híbrido de primeira geração.
O caso foi divulgado em um grupo no Facebook, com imagens do painel e do estado geral do carro.
Odômetro perto de 1 milhão de milhas
Segundo a proprietária, ela é a terceira dona do veículo.
Nas fotos compartilhadas, o hatch aparece preservado por dentro e por fora.
O painel digital, comum hoje, era um diferencial no fim dos anos 1990 e início dos 2000.
O Insight foi concebido para eficiência máxima: tem apenas dois lugares e carroceria com soluções aerodinâmicas, como a cobertura parcial das rodas traseiras.
Conjunto híbrido e consumo
O modelo combina um motor 1.0 de três cilindros a gasolina (aspirado) de 67 cv e cerca de 10,9 kgfm com um motor elétrico que adiciona 13 cv.
O câmbio é CVT. No sistema original da Honda, a parte elétrica assiste o propulsor a combustão, sem atuar de forma independente como tração principal.
À época, a marca informava consumo nos padrões americanos na casa de 29,7 km/l.
Manutenções relevantes ao longo da vida
Conforme relato da atual dona, o hatch manteve o motor original, mas precisou de troca da junta do cabeçote após ultrapassar 1,5 milhão de quilômetros.
O carro está no terceiro conjunto de baterias de 144 V e no terceiro câmbio CVT.
Ainda segundo ela, os freios traseiros permanecem originais, uma consequência do uso moderado e da ajuda da frenagem regenerativa em parte das situações.
Pioneiro entre os híbridos
Antes do Toyota Prius ganhar escala global, o Insight inaugurou a solução híbrida da Honda nos Estados Unidos entre 1999 e 2006.
O projeto apostou em baixo peso, aerodinâmica trabalhada e eletrônica de controle para reduzir consumo.
A combinação garantiu números expressivos de eficiência e, como mostra o caso divulgado, durabilidade quando há manutenção em dia e substituições de componentes de desgaste conforme o uso.
O que o caso revela
O registro de alta quilometragem ajuda a entender como híbridos antigos se comportam depois de décadas.
Mesmo com trocas importantes — baterias e CVT —, o conjunto manteve funcionamento suficiente para cruzar a marca de quase 1 milhão de milhas.
Para consumidores que buscam baixo consumo e custos controlados, histórias como essa servem de referência sobre vida útil e planejamento de manutenção.
Diante da possível volta dos carros de passeio da Ford e da resistência de um híbrido pioneiro como o Insight, qual dessas agendas pesa mais hoje para você: diversificar a oferta de modelos ou prolongar a vida útil do que já está nas ruas?
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