Ford confirma redução de até 1.000 empregos na fábrica de Colônia, Alemanha, após baixa procura por carros elétricos no mercado europeu.
A Ford confirmou nesta terça-feira (16) que vai reduzir até 1.000 postos de trabalho em sua fábrica de Colônia, na Alemanha, dedicada à produção de carros elétricos. A medida, segundo a montadora, está relacionada à queda da demanda por veículos movidos a bateria, abaixo do que a própria indústria havia projetado.
A decisão integra um plano maior de reestruturação, anunciado em novembro de 2024, que prevê a eliminação de cerca de 4.000 vagas na Europa. Só na Alemanha, 2.900 empregos já estavam incluídos no corte, refletindo o esforço da empresa em adequar sua operação ao atual cenário do mercado automotivo.
Impacto direto na fábrica de Colônia
A planta de Colônia, responsável pela produção da versão elétrica do SUV Explorer, terá uma mudança significativa em sua rotina. A partir de janeiro, passará a operar apenas um turno diário, em vez de dois. A empresa ressaltou que pretende adotar, sempre que possível, saídas voluntárias e acordos antes de optar por demissões compulsórias.
-
Uber Green chega ao Rio de Janeiro com viagens 100% elétricas e foco em mobilidade sustentável
-
Destaques do Salão de Munique 2025 incluem carros elétricos, híbridos e invasão chinesa que promete transformar o mercado automotivo europeu
-
Veículos elétricos vão ser maioria no Brasil? Aumento na rede de pontos de recarga aponta para uma popularização avançada, segundo dados da ABVE
-
Frota de ônibus elétricos em São Paulo economiza milhões em diesel e reduz emissões de poluentes
De acordo com comunicado oficial, a Ford avalia constantemente os volumes de produção e os ajusta de acordo com a procura real do consumidor. “Na Europa, a demanda por carros elétricos está significativamente abaixo das previsões da indústria”, afirmou a montadora.
Carros elétricos e o mercado europeu
Embora os veículos elétricos tenham aumentado sua participação, passando de 12,5% para 15,6% no mercado europeu até julho, o crescimento ficou aquém do esperado. Parte desse cenário é explicada pela retirada de subsídios governamentais na Alemanha, que impactou diretamente o ritmo de adoção da tecnologia.
Mesmo com esse desafio, a Ford manteve sua participação de mercado estável em 3,3% no continente. Nos primeiros sete meses do ano, a companhia comercializou 260 mil veículos de diferentes modelos, registrando leve alta de 0,7%.