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Força Aérea Brasileira firma contrato com BNDES para concessão de área do Porto de Santos para criação de terminal de cargas

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 05/07/2022 às 09:56
A área de domínio da Força Aérea Brasileira no Porto de Santos possui um forte potencial para a movimentação de granéis sólidos e líquidos e, por meio da parceria com o BNDES, será concedida ao mercado privado para a construção de um novo terminal de cargas.
Foto: Germano Lüders

A área de domínio da Força Aérea Brasileira no Porto de Santos possui um forte potencial para a movimentação de granéis sólidos e líquidos e, por meio da parceria com o BNDES, será concedida ao mercado privado para a construção de um novo terminal de cargas.

A Força Aérea Brasileira está com uma parceria firmada com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para a concessão futura de uma área no Porto de Santos, localizado no estado de São Paulo, para o desenvolvimento de um terminal de cargas. Essa é a nova aposta do órgão brasileiro para garantir um aproveitamento do potencial de movimentação de mercadorias e expandir a presença do complexo no setor portuário.

Área de domínio da Força Aérea Brasileira no Porto de Santos será cedida ao mercado privado para criação de novo terminal de movimentação de cargas

A Força Aérea Brasileira pretende utilizar uma área de seu domínio no Porto de Santos, que está fora do porto organizado (administrado pela estatal Santos Port Authority), para concessão ao mercado privado futuramente. Dessa forma, seria construído um novo terminal de cargas no complexo, como forma de impulsionar as operações de movimentação de mercadorias no local. 

Para a realização da entrega da área à iniciativa privada, a Força Aérea Brasileira firmou um contrato com o BNDES, que será responsável pela realização do processo para o leilão de concessão. Assim, a escolha da empresa que ficará com o local será feita por meio de concorrência pública, que será administrada pelo banco.

Ademais, o acordo também prevê que a realização do leilão para a concessão da área do Porto de Santos aconteça já no ano de 2023, de acordo com as informações de Osmar Lima, chefe de Departamento da Área de Desestatização do BNDES.

Embora a área tenha forte potencial de venda, o que a Força Aérea Brasileira pretende com a realização do leilão da área para a construção de um novo terminal de cargas é uma espécie de aluguel a longo prazo. Dessa forma, apesar de administrar o terminal de cargas, o novo arrendatário terá que prestar serviços de engenharia para a Força Aérea, como, por exemplo, contratando obras e reformas a serem feitas em outras bases operacionais e auxiliando no fornecimento de serviços nesse segmento. 

Força Aérea Brasileira pretende utilizar o potencial de movimentação de cargas que o terminal do Porto de Santos terá com leilão administrado pelo BNDES

O principal objetivo da Força Aérea Brasileira com a parceria com o BNDES para a concessão da sua área do Porto de Santos à iniciativa privada é o aproveitamento econômico que o local possui. Afinal, o território possui uma vasta extensão, com 600 mil m², além de acesso ao estuário do porto e um espaço de retro área para armazenagem, garantindo assim um alto potencial para a criação de um terminal no local. 

E, com a realização prévia de estudos na área do Porto de Santos, foi constatado que a área da Força Aérea poderá ser utilizada para a movimentação tanto de granéis sólidos quanto de granéis líquidos. Assim, Osmar Lima, chefe de Departamento da Área de Desestatização do BNDES, comentou que a área já está sendo observada por investidores e disse: “Vários grupos logísticos já manifestaram interesse e pensaram em projetos para o local. A demanda não será um problema”.

Agora, o BNDES seguirá com os processos para a abertura dos editais de concessão e demais burocracias do processo, além da realização dos estudos entre o fim de 2022 e início de 2023, para que a concorrência seja realizada no segundo semestre do próximo ano.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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