Mesmo com entrada alta, simulador mostra que comprador pagaria R$ 20 mil apenas em juros, com prestações mensais de R$ 1.251,57 durante quatro anos.
Comprar um carro usado financiado pode parecer uma boa saída para quem não quer se desfazer de todo o dinheiro de uma vez. No entanto, a simulação de um Honda HR-V 2019 com valor de tabela Fipe de R$ 100 mil revela como os juros podem pesar no bolso mesmo quando o comprador dá uma entrada robusta.
Na simulação, o comprador oferece R$ 60 mil de entrada, restando R$ 40 mil para financiar.
O prazo escolhido é de 48 meses (quatro anos), com taxa de juros de 1,8% ao mês — uma média comum entre bancos e financeiras para veículos usados.
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Custos do financiamento
Com esses parâmetros, o valor de cada parcela mensal seria de R$ 1.251,57. Ao longo das 48 parcelas, o comprador desembolsaria R$ 120.075,50. Isso significa que, somando tudo, o carro que custava R$ 100 mil acabaria saindo por R$ 120 mil, mesmo após o pagamento de uma entrada alta.
A diferença entre o valor total pago e o preço original do carro representa os R$ 20.075,50 em juros acumulados ao longo do contrato. Na prática, os encargos financeiros representam 17% de acréscimo sobre o valor total do veículo, considerando a soma entre entrada e parcelas.
O peso real dos juros
O exemplo mostra como a taxa de 1,8% ao mês, aparentemente pequena, se transforma em um valor considerável no longo prazo. Isso ocorre porque o cálculo é composto: a cada mês, os juros incidem sobre o saldo devedor atualizado, e não apenas sobre o valor inicial.
Portanto, mesmo quem dá mais da metade do valor do carro de entrada — neste caso, 60% — ainda sente o impacto das parcelas. Ao final de quatro anos, o custo adicional supera os R$ 20 mil, o equivalente a quase um quarto do valor financiado.
A simulação do Honda HR-V 2019 reforça a importância de comparar prazos e taxas antes de assinar um financiamento. Reduzir o número de parcelas ou tentar negociar juros menores pode fazer diferença significativa no custo final.
Em resumo, o carro de R$ 100 mil acaba custando R$ 120 mil, mesmo com entrada alta e juros “moderados”. É um exemplo claro de como o crédito pode facilitar a compra, mas também tornar o bem mais caro do que parece à primeira vista.