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Financiamento imobiliário pode virar armadilha com parcelas que chegam a R$ 21 mil

Publicado em 19/09/2025 às 10:11
O financiamento imobiliário atrelado à poupança preocupa; segundo a BextPlay, casos na Caixa Econômica mostram que a Selic pode elevar muito as parcelas
O financiamento imobiliário atrelado à poupança preocupa; segundo a BextPlay, casos na Caixa Econômica mostram que a Selic pode elevar muito as parcelas
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Especialistas alertam que o financiamento imobiliário atrelado à poupança, que começa com parcelas mais baixas, pode se transformar em um grande problema com o passar dos anos

O financiamento imobiliário é um dos caminhos mais usados pelos brasileiros para conquistar a casa própria, mas nem sempre a escolha da modalidade é feita com clareza. No caso dos contratos atrelados à poupança, a prestação inicial pode parecer atraente, porém, segundo projeções da BextPlay, o saldo devedor pode explodir e gerar parcelas superiores a R$ 21 mil no longo prazo.

Esse cenário acontece porque a poupança está diretamente ligada à Selic e à TR (Taxa Referencial).

Quando a taxa básica da economia sobe, o rendimento da poupança também aumenta, e o financiamento atrelado a esse índice deixa de ser previsível. A consequência é um efeito bola de neve que, em vez de reduzir o saldo devedor, pode fazê-lo crescer de forma alarmante.

Por que a parcela inicial é tão baixa

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O atrativo do financiamento imobiliário pela poupança está na entrada mais leve. Como a taxa é composta por um juro fixo somado ao rendimento da poupança, o valor da primeira prestação costuma ser menor que em outras modalidades. Isso cria a sensação de economia imediata.

Contudo, esse alívio inicial pode custar caro no futuro. Conforme apontam as simulações da BextPlay, a combinação de TR e Selic pressiona o saldo devedor, e a dívida pode aumentar em vez de cair.

O consumidor que acreditava ter feito um bom negócio acaba se deparando com prestações insustentáveis anos depois.

Exemplos práticos de bancos

Na Caixa Econômica, em determinados cenários, o produto de poupança pode ser mais competitivo que a TR, desde que a taxa final já incorpore a correção.

Porém, em bancos privados como o Itaú, a simulação mostra o contrário: o custo total tende a ser mais alto.

Ainda mais preocupante é o caso de instituições como o BRB, que oferecem prestações iniciais muito baixas, mas corrigidas mensalmente pela poupança sobre o saldo devedor.

Nesse modelo, a parcela pode começar em cerca de R$ 3.700, mas ao longo dos anos saltar para R$ 21 mil, enquanto o saldo devedor ultrapassa a marca de R$ 1 milhão, segundo a BextPlay.

O papel da amortização

Uma das estratégias mais recomendadas pelos especialistas para evitar a armadilha é a amortização extraordinária. Antecipar parcelas reduz o tempo do contrato e diminui os juros pagos.

A BextPlay calcula que antecipar R$ 21 mil por ano poderia cortar mais de 10 anos do financiamento e reduzir quase pela metade o valor final pago ao banco.

Essa prática exige disciplina financeira, mas se mostra essencial em contratos indexados à poupança, já que ajuda a neutralizar os efeitos da correção composta sobre o saldo devedor.

Vale a pena em 2025?

Com a Selic ainda em patamares altos, a análise da BextPlay é clara: o financiamento imobiliário pela poupança só faz sentido em condições muito específicas e bem negociadas.

Fora disso, o risco de ver a dívida crescer em ritmo acelerado é grande.

A recomendação é comparar sempre diferentes modalidades TR, IPCA e até opções prefixadas antes de assinar o contrato. O que parece barato hoje pode custar o dobro no futuro.

O financiamento imobiliário é uma decisão de longo prazo que exige planejamento e informação.

Embora a modalidade atrelada à poupança possa parecer vantajosa no início, as projeções mostram que ela pode se transformar em uma armadilha perigosa, com prestações impagáveis e saldo crescente.

Você já passou por essa situação? Conhece alguém que enfrentou problemas com financiamento imobiliário pela poupança? Acha que os bancos deveriam ser mais claros sobre esses riscos?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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