Empresa brasileira de defesa Avibras, criadora dos sistemas Astros e AV-MTC 300, será vendida a uma corporação australiana, desencadeando preocupações sobre o futuro da inovação e soberania tecnológica do Brasil no setor de defesa.
A renomada empresa brasileira de defesa, Avibras, conhecida por sua inovação em sistemas de artilharia como o Astros 2020, está prestes a ser adquirida por uma corporação da Austrália. Esta decisão, divulgada pelo Portal DefesaNet, emerge como solução para a persistente crise financeira da Avibras, exacerbada pela pandemia, resultando na dispensa de 400 empregados em 2022.
Avibras Fundada em 1961, se destacou em setores críticos como aeroespacial, tecnologia e telecomunicações, especialmente com o lançador múltiplo de foguetes Astros, consagrado na década de 80 durante conflitos no Oriente Médio. O sucesso comercial do Astros, particularmente com a venda para o Iraque e Arábia Saudita, catapultou a Avibras ao cenário global, propiciando o desenvolvimento de tecnologias avançadas, como o míssil tático de cruzeiro AV-MTC 300.
Consequências da venda da Anvibras para Autrália
A aquisição pela empresa australiana, autorizada pelo governo brasileiro, levanta preocupações sobre o destino das inovações da Avibras, como o míssil AV-MTC 300 e o sistema Astros 2020. Com a transferência de propriedade, há risco de perda de conhecimento técnico e especialização, ameaçando a autonomia e o desenvolvimento futuro do setor de defesa brasileiro.
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Embora não haja confirmação oficial da Avibras sobre a venda, o mercado especula que a transação possa finalizar em breve. O cenário é de incerteza quanto à continuidade dos projetos estratégicos e a manutenção da produção no Brasil, com possíveis implicações na perda de empregos e know-how técnico.
Astros 2020 e o míssil AV-MTC 300 da Avibras
Os projetos estratégicos da Avibras, como o Astros 2020 e o míssil AV-MTC 300, podem enfrentar uma transição semelhante ao que ocorreu com o Mansup, que foi realocado para outra empresa nacional após a venda da Odebrecht Defesa e Tecnologia para a Elbit Systems.
Se a venda da Avibras for concretizada, o projeto do míssil de cruzeiro AV-MTC 300, cuja propriedade intelectual pertence ao Exército Brasileiro, poderá ser transferido para outra empresa brasileira, mantendo-se assim a continuidade e o desenvolvimento tecnológico dentro do país. Por outro lado, a situação do sistema Astros 2020, pertencente à Avibras, dependerá das condições negociadas na venda e do interesse da empresa adquirente em continuar o investimento e desenvolvimento desses projetos no Brasil.
Apesar do avanços, existe a crise financeira da empresa
A extensão da crise financeira da Avibras, uma empresa de renome na indústria de defesa, é notável, assim como sua eventual venda a uma empresa australiana. Isso representa uma mudança significativa no cenário da defesa brasileira, indicando desafios profundos no setor e possíveis repercussões na soberania tecnológica do país.
É surpreendente ver uma empresa que teve papel crucial no desenvolvimento de tecnologias de defesa nacionais, como o sistema Astros e o míssil AV-MTC 300, enfrentando tais dificuldades a ponto de ser vendida a uma entidade estrangeira. A venda da Avibras para a Austrália marca um ponto crítico para a indústria de defesa do Brasil, destacando a necessidade de avaliação estratégica das consequências a longo prazo para o setor e a soberania nacional em tecnologias de defesa.