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Fascinante bateria gravitacional de 35 toneladas feita de pás de turbina eólica, que não usa lítio e não sofre perda de energia independente do tempo que passe, promete revolucionar a energia no mundo

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 06/04/2024 às 11:36
energia - bateria - lítio - turbina - energia - eólicas
A chave deste bloco maciço de 35.000 quilos está em sua capacidade de gerar energia enquanto desce, acionando geradores elétricos, assim como acontece em usinas hidrelétricas com a água e as turbinas

A chave deste bloco maciço de 35.000 quilos está em sua capacidade de gerar energia enquanto desce, acionando geradores elétricos, assim como acontece em usinas hidrelétricas com a água e as turbinas

As energias renováveis são uma excelente forma de gerar energia sem poluir o planeta. No entanto, para nos libertarmos dos combustíveis fósseis, é essencial encontrar métodos eficazes para armazenar energia renovável quando não está disponível. A última grande revolução poderia ser representada por baterias de 35 toneladas, que dispensam o uso de lítio. Estas baterias gravitacionais poderiam até ser integradas na fachada de edifícios, e poderiam ser fabricadas a partir de pás de turbinas eólicas.

Com a crescente demanda por energia limpa, a integração dessas baterias gravitacionais nas estruturas urbanas não só ofereceria uma solução eficiente de armazenamento, mas também ajudaria a reduzir a pegada de carbono. Além disso, a reutilização das pás de turbinas eólicas ressalta a importância da economia circular na transição para fontes renováveis de energia. Essa inovação promete revolucionar a forma como aproveitamos e armazenamos a energia, rumo a um futuro mais sustentável e livre de emissões.

Veja como funciona o primeiro sistema de armazenamento de energia por gravidade

Uma bateria que na verdade é um bloco de 35 toneladas

Uma bateria que, na realidade, se assemelha mais a um bloco de 35 toneladas. Ao contrário das baterias convencionais, esta não se baseia em um sistema químico de armazenamento de energia através de íons de lítio. Este último sistema apresenta várias limitações, incluindo custo elevado, dificuldade de reciclagem e perda de desempenho ao longo do tempo, além da incapacidade de armazenar energia a longo prazo.

Um bloco de 35 toneladas não sofre perda de energia, independentemente do tempo que passe, mantendo toda a energia armazenada intacta. Mas como pode um simples bloco de 35 toneladas servir como uma bateria?

Uma bateria gravitacional

Uma bateria gravitacional: este bloco de 35 toneladas se destaca como uma forma inovadora de armazenar energia, funcionando de maneira semelhante a uma bateria devido à gravidade. Como diz o ditado, “tudo que sobe, desce”. A chave deste bloco maciço de 35.000 quilos está em sua capacidade de gerar energia enquanto desce, acionando geradores elétricos, assim como acontece em usinas hidrelétricas com a água e as turbinas.

A energia excedente, proveniente de fontes renováveis e que não é utilizada quando é inserida na rede elétrica, é direcionada para elevar este bloco gigante a uma certa altura, onde encontra uma posição estável e permanece sem consumir energia adicional. Quando há demanda por energia, basta permitir que o bloco desça, fazendo com que os geradores produzam eletricidade.

É importante notar que sempre será necessário gastar mais energia para elevar o bloco do que a que é gerada quando ele desce. No entanto, esta solução evita não apenas as perdas de energia associadas ao armazenamento em baterias, mas também os custos e problemas ambientais relacionados a essas baterias, como materiais e outros inconvenientes.

Baterias de 35 toneladas feitas de pás de turbinas eólicas

Baterias de 35 toneladas, feitas a partir de pás de turbinas eólicas, estão sendo desenvolvidas pela empresa suíça Energy Vault. Este projeto de armazenamento de energia já é uma realidade em algumas regiões da China, onde está em fase de testes sob o nome EVx. Embora atualmente estejam sendo empregados blocos gigantes de concreto, a empresa tem planos de utilizar pás de turbinas eólicas, que são difíceis de reciclar devido ao composto plástico resinoso utilizado em sua fabricação. No entanto, essas pás podem ser reutilizadas em outros projetos, como pontes pré-fabricadas ou estruturas para painéis solares.

Embora o sistema se assemelhe ao bombeamento das usinas hidrelétricas, a grande vantagem é a possibilidade de integração em áreas urbanas, sem depender de grandes instalações de água. Por exemplo, esses blocos poderiam ser incorporados às fachadas dos edifícios, funcionando de maneira semelhante aos elevadores móveis.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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