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Fábrica de fertilizantes da Petrobras, a FAFEN, deve gerar 5 mil vagas de emprego com sua reabertura

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 12/02/2024 às 23:03
A FAFEN-PR, fábrica de fertilizantes da Petrobras, será reaberta no primeiro semestre de 2024, gerando 5 mil vagas de emprego.
Foto: Canva

A FAFEN-PR, fábrica de fertilizantes da Petrobras em Araucária, será reaberta no primeiro semestre de 2024, gerando 5 mil empregos e beneficiando o setor agropecuário.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (FAFEN-PR), localizada em Araucária, está prestes a retomar suas atividades após dois anos de paralisação. A reabertura da fábrica, que pertence à Petrobras, deve ocorrer no primeiro semestre de 2024 e gerar cerca de 5 mil vagas de emprego diretos e indiretos na região, segundo o Sindiquímica-PR, sindicato que representa os trabalhadores do setor.

Por que a fábrica de fertilizantes foi fechada?

A decisão de reativar a FAFEN-PR foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assumiu o cargo em janeiro deste ano, após derrotar Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2023.

A fábrica havia sido hibernada em 2020, durante o governo Bolsonaro, que alegava que a unidade era deficitária e inviável economicamente.

Fonte: TV Assembleia do Paraná

Reabertura da FAFEN-PR beneficiará setor agropecuário e reduzirá dependência externa de fertilizantes

No entanto, a reabertura da FAFEN-PR é vista como estratégica para o desenvolvimento do país, especialmente para o setor agropecuário, que depende dos fertilizantes produzidos pela fábrica.

A FAFEN-PR é responsável por uma parcela significativa da produção nacional de ureia e amônia, matérias-primas essenciais para a fabricação de fertilizantes.

Com a maior oferta de produtos nacionais, espera-se que haja uma redução no custo de produção e no preço dos alimentos para o consumidor final.

Além disso, a reabertura da FAFEN-PR também contribuirá para a diminuição da dependência externa de fertilizantes, que hoje é de cerca de 80%.

A importação desses produtos é afetada pela variação cambial, pela logística e pela instabilidade geopolítica, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, que afeta o fornecimento de gás natural, matéria-prima para a produção de fertilizantes.

Investimentos necessários para a retomada da fábrica da Petrobras

Para voltar a operar, a FAFEN-PR deve receber um investimento de aproximadamente R$ 800 milhões da Petrobras, que será usado para adequar a fábrica às normas ambientais e de segurança, além de modernizar os equipamentos.

A reativação da fábrica foi discutida em uma reunião realizada na terça-feira (06), na própria unidade, entre a deputada estadual Ana Júlia Ribeiro (PT), representantes da FAFEN-PR e dos sindicatos dos trabalhadores (Sindiquímica-PR e Sindipetro-PR/SC).

“A reabertura da FAFEN-PR representa o projeto de país que acreditamos, onde a Petrobras é uma empresa pública que gera desenvolvimento, emprego e renda. Por isso, estamos na luta para que isso aconteça o quanto antes”, afirmou Ana Júlia.

A deputada também criticou a decisão do governo anterior de hibernar a fábrica, que considerou “criminosa” e “prejudicial” para a indústria nacional.

FAFEN-PR deve gerar 5 mil vagas de emprego diretos e indiretos com reabertura

Das cinco mil vagas de emprego que devem ser criadas com a reabertura da FAFEN-PR, mil serão diretas.

O Sindiquímica-PR informou que a prioridade será para os trabalhadores demitidos em 2020, quando a fábrica foi paralisada.

Esses profissionais têm experiência e conhecimento sobre o funcionamento da unidade, que tem uma operação complexa e envolve temperaturas extremas, que variam de -70°C a 200°C em alguns equipamentos.

A reativação da FAFEN-PR também impulsionará o crescimento da cadeia produtiva do setor petroquímico no Paraná, beneficiando não apenas Araucária, mas também outros municípios da região, como Lapa, Contenda, São José, Fazenda Rio Grande, Campo Largo e Cidade Industrial de Curitiba.

Essas cidades abrigam diversas empresas que prestavam serviços à FAFEN-PR e que estão paradas desde 2020, aguardando a retomada das atividades.

Fonte: Assembleia do Paraná

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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