Os operadores do terminal do porto de Paranaguá com a exportação de commodities agrícolas devem crescer 40% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, com cerca de 7 milhões de embarques de produtos como soja, farelo de soja, milho, trigo e açúcar t, conforme anunciou esta segunda-feira o administrador do porto.
Paranaguá deve embarcar cerca de 3,4 milhões de toneladas de soja nesta temporada, ante 3,3 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado, disse a Portos do Paraná, devido ao aumento esperado na safra 2022/23.
Para as demais exportações de commodities agrícolas, as exportações para o trimestre estão previstas em 1,68 milhão de toneladas de milho, 1,208 milhão de toneladas de farelo de soja, 670 mil toneladas de açúcar e 46,5 mil toneladas de trigo.
Veja os números de exportação de commodities agrícolas
De janeiro a março de 2022, foram exportadas 514.120 toneladas de milho; 1,34 milhão de toneladas de farelo de soja; 424.238 toneladas de açúcar; e 32.895 toneladas de trigo. Segundo a administradora, as projeções consideram dados de 12 empresas privadas e dos silos públicos (vertical e horizontais).
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Os granéis sólidos vegetais são embarcados a leste e oeste do cais do Porto de Paranaguá, pelos terminais AGTL, Cargill, Centro Sul, Cimbessul, Coamo (I e II), Cotriguaçu, Interalli, Louis Dreyfus, Rocha, Pasa, Bunge, Cavalca e silos públicos (operado pela AOCEP).
O que são as commodities?
Commodities são produtos que são matérias-primas e podem ser produzidos em larga escala. A melhor forma de mostrar isso é com exemplos: soja, óleo, celulose, etc. A característica mais importante é que tem um preço fixo, como se fosse uma moeda. Portanto, a grande vantagem de exportar mercadorias está ligada ao volume de vendas. Até por serem as matérias-primas básicas da indústria, com essa grande circulação, o volume é cada vez maior. Hoje, o Brasil é uma potência de commodities.
As exportações brasileiras em 2018 chegaram a US$239,89 bilhões, enquanto as importações foram de US$181,23 bilhões, gerando um saldo positivo na balança comercial de US$58,66 bilhões. A pauta exportadora foi composta principalmente por produtos básicos, responsáveis por 49,73% das exportações. Em seguida ficaram os produtos manufaturados, semimanufaturados e as operações especiais, com participações de, respectivamente, 36,08%, 12,74% e 1,45%.
O principal produto da pauta de exportação do Brasil foi a soja. A exportação do grão correspondeu a 14% do total e, considerando as exportações do farelo, a participação aumentou para 16,8%. As exportações do grão e do farelo propiciaram em 2018 um fluxo de US$33,19 bilhões e US$6,7 bilhões respectivamente. Além da soja, os Óleos Brutos de Petróleo e os Minérios de Ferro também se destacaram, não só entre os produtos básicos, mas na pauta exportadora em geral, respondendo, respectivamente, por 10% e 8,4% das exportações em 2018.
Dentre os produtos pertencentes aos bens manufaturados e semimanufaturados, nenhum possui um peso tão grande quanto os produtos básicos predominantes. A celulose, principal produto semimanufaturado, correspondeu a 3,5% do total de exportações, enquanto as Plataformas de Perfuração ou Exploração, principais produtos manufaturados, foram responsáveis por 2,4% das exportações.