As quatro empresas que adquiriram os blocos deverão investir cerca de R$ 18.2 milhões no Rio Grande do Norte, ao longo dos próximos três anos.
O Rio Grande do Norte saiu em destaque no 1º Leilão de Oferta Permanente de Petróleo e Gás realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que ocorreu nesta terça-feira, 10 de setembro no Rio de Janeiro. No mês passado a Petrobras encerrou suas atividades em poço de exploração no estado.
Foram arrematados no total 33 blocos exploratórios, sendo 19 (57,57%) estão na região Oeste potiguar, beneficiando o Rio Grande do Norte com R$ 18.254.500,00 com investimentos em pesquisas, perfuração de poços e exploração de petróleo. Os investimentos serão feitos pelas quatro empresas que adquiriram os blocos.
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Representantes do setor afirmam que o arremate desses blocos exploratórios significa a retomada da produção do petróleo em terra, mas sem a participação da Petrobras no processo.
“Isso mostra que há uma boa perspectiva para a retomada da produção de petróleo e gás em terra. As empresas estão otimistas e os nossos campos ainda têm muito a ofertar. O Estado precisa aproveitar esse momento para voltar a crescer”, disse Gutemberg Dias, presidente da RedePetro/RN.
Segundo Gutemberg, os recursos divulgados pelas empresas para investimentos no Rio Grande do Norte deverão ser empregados ao longo de três anos, pois os processos incluem a assunção das áreas a serem exploradas, desenvolvimento de pesquisas com o objetivo de encontrar novas potenciais áreas de exploração, perfuração de poços, análise de viabilidade econômica e extração do petróleo em si.
“Nós queremos que as empresas descubram mais poços”, destaca Dias. Por enquanto, ele diz que não é possível estimar quantos empregos diretos e indiretos serão gerados, tampouco quanto de petróleo será produzido. “Tudo isso depende dos estudos que serão feitos”, destaca Gutemberg.
Foram arrematados 33 blocos nas bacias Sergipe-Alagoas, Parnaíba, Potiguar e Recôncavo, e 12 áreas com acumulações marginais, nas bacias Potiguar, Sergipe-Alagoas, Recôncavo e Espírito Santo, no leilão ocorrido nesta terça-feira.
O bônus total arrecadado para os blocos exploratórios, foi de R$ 15,32 milhões (ágio médio de 61,48%) e há previsão de R$ 309,8 milhões em investimentos. Já para as áreas com acumulações marginais, o bônus total foi de R$ 6,98 milhões (ágio de 2.221,78%), com previsão de R$ 10,5 milhões em investimentos. Para o Rio Grande do Norte, o bônus de assinatura total foi de R$ 3.967.750,30.
Serão perfurados 1,2 mil poços de petróleo até 2023, segundo ANP