A Petrobras recorreu ao Ibama para retomar os planos de exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Ambientalistas de todo o país protestam contra o projeto da petroleira estatal.
No último domingo, (06/08), ambientalistas protestaram contra a Petrobras no Centro Comercial de Belém, como parte dos Diálogos Amazônicos, que será iniciado nesta terça-feira, (08/08). O alvo dos protestos é o projeto de exploração de petróleo na região da Foz do Amazonas, que ainda está nos planos da petroleira estatal para os próximos anos. O empreendimento pode trazer consequências severas para o meio ambiente, sendo o grande debate no cenário atual de óleo e gás brasileiro.
Projeto da Petrobras na Foz do Amazonas segue sendo alvo de críticas e protestos
No último domingo, um grupo de ativistas ambientais promoveu manifestações nas ruas do Centro Comercial de Belém, como parte dos Diálogos Amazônicos.
O alvo dos protestos foi o plano da Petrobras de realizar a exploração de petróleo e gás natural na Foz do Amazonas.
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Enquanto os manifestantes se posicionavam com suas faixas e mensagens nos protestos, o debate em torno dessa exploração ganhou destaque, antecedendo a Cúpula da Amazônia, agendada para a próxima terça-feira.
Uma das faixas exibidas pelos cerca de 50 manifestantes trazia a mensagem clara: “Amazônia livre de petróleo”.
Esse apelo visava chamar a atenção para a preservação da floresta e opor-se ao plano da Petrobras de explorar a rica região da Foz do Amazonas.
O evento em questão, Diálogos Amazônicos, concentra movimentos sociais preocupados com o futuro da Amazônia, justamente no momento em que líderes das nações amazônicas se preparam para discutir medidas de proteção ao ecossistema.
A Petrobras atualmente tem em vista superar uma decisão do Ibama, que rejeitou uma licença para a perfuração exploratória na Foz do Amazonas no início deste ano.
Estudos preliminares apontam um potencial significativo de depósitos de petróleo e gás ao longo de extensas bacias sedimentares, abrangendo regiões do Amapá ao Rio Grande do Norte.
No entanto, esse empreendimento não está isenta de enormes desafios ambientais, especialmente considerando a sensibilidade do ecossistema na área conhecida como o “cinturão de pobreza do país”.
Assim, os ambientalistas seguem os planos de protestos para chegarem a um resultado positivo para o meio ambiente.
Petrobras segue em busca de levar adiante projeto de exploração da Foz do Amazonas
Mesmo com os protestos e debates em torno do empreendimento, a Petrobras está ativamente buscando obter autorização para suas operações na Foz do Amazonas.
Após o Ibama rejeitar um pedido da empresa para a perfuração marítima, a Petrobras respondeu com um pedido de reconsideração, abordando as preocupações apresentadas pelo órgão ambiental.
No entanto, há controvérsias em relação à licitação da área, pois a avaliação ambiental de área sedimentar não foi concluída antes da licitação.
A Petrobras argumenta que o processo de licenciamento ambiental para esse projeto já está em andamento desde 2014.
Enquanto o debate em torno da exploração de petróleo na Foz do Amazonas continua, políticos e empresários favoráveis à exploração se mantêm em silêncio.
Essa ausência de posicionamento contrasta com a quebra de contratos que ocorreu durante o governo que licitou as áreas de exploração.
A imprensa também não recebeu manifestações contrárias ou notas por parte desses defensores da exploração de petróleo na região.
No cenário atual, enquanto ambientalistas se mobilizam em protestos e manifestações, a Petrobras busca autorização para suas operações, apesar dos desafios ambientais inerentes.
A Cúpula da Amazônia, prevista para ocorrer nesta terça-feira, provavelmente trará mais luz a esse debate em curso.
Resta aos ambientalistas aguardarem os próximos passos quanto às autorizações para a Petrobras seguir com o plano de exploração de petróleo na Foz do Amazonas.