Durante um exercício militar inédito, a Noruega assumiu o controle de uma bomba americana em pleno voo. A operação, chamada Jotun Strike, marcou um avanço no uso de armas inteligentes conectadas em rede, redefinindo a cooperação militar entre países aliados.
O exército da Noruega deu um passo histórico no campo militar. Durante o exercício Jotun Strike, os noruegueses assumiram o controle de uma bomba americana em pleno voo.
O artefato, lançado por um caça F-15E dos Estados Unidos, foi pilotado à distância por operadores noruegueses até atingir o alvo designado.
Esse feito não é apenas uma inovação técnica. Ele simboliza uma nova etapa na forma como países aliados interagem em situações de combate.
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O controle da bomba americana ocorreu em 14 de maio de 2025, na costa de Andøya, e envolveu munições do tipo GBU-53/B StormBreaker, capazes de operar mesmo em ambientes climáticos difíceis.
O mais importante é que essa foi a primeira vez que os Estados Unidos permitiram que outro país assumisse o controle de armas reais em uma operação ao vivo.
Até então, só se conheciam simulações. O sucesso da manobra abriu caminho para uma colaboração mais estreita entre os dois países.
Como funciona uma arma “em rede”
A GBU-53/B StormBreaker não é uma bomba americana comum. Diferente das munições tradicionais, ela pode receber ordens depois de lançada. Isso é possível graças a uma tecnologia que a conecta a redes de comunicação militares.
Desenvolvida pela Raytheon, essa bomba americana conta com sensores de radar, infravermelho e laser.
Esses sensores permitem que ela identifique e siga alvos em movimento, mesmo sob neblina ou escuridão.
Além disso, o sistema embarcado pode selecionar a ameaça mais relevante sem depender de um operador humano o tempo todo.
Outro ponto essencial é o uso do canal Link 16, que permite a comunicação em tempo real.
Por meio dele, os militares noruegueses conseguiram mudar a trajetória da bomba ou cancelar o ataque, mesmo depois do lançamento. Portanto, o controle se tornou muito mais flexível.
Além dos caças F-15E, a operação contou com o apoio da aeronave P-8A Poseidon. Esse avião forneceu dados de navegação para as bombas, garantindo precisão. Isso provou que diferentes aeronaves, mesmo com missões variadas, podem operar juntas com eficácia.
Tecnologia norueguesa molda nova doutrina militar
A Noruega já vinha se preparando para essa mudança desde 2019. O grupo NOBLE, ligado ao comando operacional norueguês, criou um sistema que permite controlar armas de diferentes origens.
O diferencial está no software que sincroniza os dados de múltiplas plataformas, sem precisar comprar novos equipamentos.
Portanto, ao invés de investir em arsenais maiores, os noruegueses investiram em integração. Isso permite usar, por exemplo, caças F-35 ou mísseis já existentes com o novo sistema.
Com isso, a Noruega pode realizar ataques complexos sem depender totalmente de outras nações.
Segundo o portal Opex360, a operação mostrou que a Noruega não apenas domina a técnica, mas também propõe um novo modelo de atuação militar.
Um país com poucos recursos bélicos, mas com boas redes e estratégia clara, pode se destacar no cenário global.
Uma virada para as alianças militares
O Jotun Strike representa mais do que uma missão bem-sucedida. Ele mostra como a guerra moderna se baseia cada vez mais na conectividade.
Ao permitir o controle remoto de armas por países aliados, cria-se uma nova forma de cooperação dentro da OTAN.
De acordo com as Forças Armadas Norueguesas, essa experiência marca o início de uma nova era. Armas e dados agora caminham juntos.
A confiança entre aliados se traduz não só em acordos, mas em sistemas capazes de operar integrados, com decisões distribuídas e respostas mais rápidas.
Portanto, a iniciativa norueguesa não apenas confirma sua autonomia militar, mas também reforça a eficiência coletiva das forças ocidentais. Em um cenário global onde informação e reação rápida são determinantes, esse avanço pode mudar o rumo de futuras operações.
Mais um golpe duro no INVASOR RUSSO.