Sul e Sudeste lideram, mas o Nordeste mostra seu potencial com estados emergentes no mercado livre de energia.
O ritmo de adesão ao mercado livre de energia está em constante ascensão, com consumidores ávidos por escolher seus fornecedores e estabelecer contratos sob medida. Em uma recente apuração da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), foi constatada a entrada de 800 novos consumidores em setembro. Isso significa que agora temos 36.329 unidades operando neste segmento.
A expressiva adesão de 2023: um marco para o mercado livre
Desde o início do ano, impressionantes 5.627 consumidores decidiram migrar, deixando para trás os tradicionais serviços de distribuição. Esse fluxo de migração, quando comparado ao mesmo período de 2022, disparou 68%. Vale destacar que o mercado livre de energia já é responsável por suprir mais de 37% da demanda elétrica do Brasil. E a expectativa é de que essa porcentagem cresça ainda mais após 2024, quando o setor se abrirá para todos os consumidores de alta tensão.
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Durante os nove primeiros meses deste ano, São Paulo liderou em migrações. No entanto, outros estados, como Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Minas Gerais, também apresentaram números expressivos. Enquanto estas regiões mantêm sua tradicional posição de destaque, em grande parte devido à concentração de indústrias e empresas de porte significativo, o Nordeste vem ganhando terreno. Estados como Pernambuco e Bahia estão despontando neste cenário.
Preparativos para 2024: uma transição mais fluída.
Com a portaria nº 50/2022 do Ministério de Minas e Energia (MME) prevendo uma maior flexibilidade nos critérios de entrada a partir de 2024, a CCEE desempenhou um papel fundamental. A Câmara, em colaboração com o MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), busca iniciativas que facilitem a transição para o mercado livre. A visão é assegurar uma expansão contínua, estável e equilibrada deste mercado.
Adicionalmente, como parte de suas estratégias, a CCEE já disponibilizou seus sistemas para registrar consumidores de pequeno e médio porte que têm planos de migrar no próximo ano. Isso facilitará o cadastramento prévio destes consumidores pelas empresas que irão representá-los, tornando todo o processo mais eficaz e estruturado.
Sobre a CCEE: A CCEE, uma entidade sem fins lucrativos, desempenha um papel crucial na facilitação da compra e venda de energia no Brasil. Desde 1999, seu compromisso tem sido unificar geradores, distribuidores, comerciantes e consumidores com o objetivo de cultivar mercados eficientes e sustentáveis em prol da sociedade. Nas operações da CCEE, que englobam tanto o ambiente de contratação livre quanto o regulado, mais de R$ 150 bilhões são liquidados anualmente.
Fonte: Fábio Souza – FSB.