Você já teve a sensação de que o ChatGPT respondeu de forma superficial, repetitiva ou até mesmo óbvia demais? Se sim, saiba que o problema pode não estar no modelo de inteligência artificial, mas na maneira como você estruturou sua pergunta.
Existe uma palavra, bastante comum, que milhares de usuários utilizam todos os dias ao iniciar seus comandos — e que, sem perceber, ativa o “modo automático” da IA. O resultado? Um texto impessoal, previsível e pouco estratégico.
Essa palavra é “explique”.
Pedir simplesmente para o ChatGPT “explicar” algo o coloca em uma posição enciclopédica: ele passa a devolver definições genéricas, como se estivesse recitando um verbete da Wikipédia. E embora isso funcione para dúvidas rápidas ou escolares, está longe de ser o melhor caminho para quem deseja respostas mais criativas, aplicáveis e alinhadas a contextos reais.
O que fazer no lugar de “explique”?
A solução é simples, mas exige uma mudança de abordagem. O segredo está em fornecer contexto, assumir um papel ou propor um desafio logo no início do prompt.
Veja alguns exemplos práticos:
- Em vez de: “Explique como aumentar a produtividade no home office”
Use: “Estou escrevendo um guia prático sobre produtividade para quem trabalha em casa. Que estratégias você sugeriria, com base em dados, hábitos de alta performance e distrações comuns?” - Em vez de: “Explique o que é inteligência artificial”
Use: “Considere que você é um professor universitário explicando inteligência artificial para alunos iniciantes da área de negócios. Como você apresentaria o conceito de forma simples e relevante?” - Em vez de: “Explique a diferença entre renda fixa e variável”
Use: “Atue como um assessor de investimentos explicando para um cliente que nunca investiu antes. Qual a diferença prática entre renda fixa e renda variável?”
Por que isso funciona?
Modelos de IA como o ChatGPT foram treinados com bilhões de exemplos de linguagem humana — e isso inclui fóruns, livros, tutoriais e muito conteúdo genérico. Quando você diz apenas “explique”, o sistema tende a recorrer ao padrão mais comum e neutro que conhece.
Por outro lado, quando você insere um cenário, um público ou uma necessidade prática, a IA passa a buscar caminhos mais criativos e personalizados. Isso não apenas melhora a qualidade da resposta, como também torna o conteúdo mais aplicável ao seu objetivo.
Dicas para estruturar prompts mais poderosos
- Comece com um papel: “Você é um gestor de projeto com 10 anos de experiência…”
- Dê um contexto real: “Estou montando uma apresentação para um time de vendas…”
- Apresente um desafio específico: “Quero convencer minha equipe a adotar uma nova ferramenta…”
- Defina o formato da resposta: “Divida a explicação em três tópicos, com exemplos práticos…”
Evitar o verbo “explique” no início dos seus prompts pode parecer um detalhe pequeno, mas esse ajuste faz toda a diferença. Ao propor cenários mais ricos e objetivos mais claros, você ativa o que há de melhor na inteligência artificial: sua capacidade de raciocínio adaptativo, criatividade contextual e entrega estratégica.
Se você quer transformar a IA em uma aliada real — seja para estudar, trabalhar ou tomar decisões — comece mudando a forma como você conversa com ela.
Troque o “explique” por “imagine”, “considere”, “atue como” — e veja o ChatGPT mostrar o que realmente é capaz de fazer.
Gulf restaurant shaadi serves food service workers.