Brasil é destaque na oferta de minerais críticos enquanto EUA buscam reduzir dependência da China; expansão da mineração é fundamental
Se o subsolo brasileiro fosse uma arca do tesouro, estaríamos prestes a abrir caminho para um futuro energético mais verde! A expansão da mineração é a bola da vez na transição energética, e o Brasil tem todos os minerais críticos que o mundo precisa. Enquanto isso, os EUA estão de olho em novos parceiros confiáveis para diminuir a dependência da China.
Brasil na vanguarda dos minerais críticos
A transição energética global está diretamente ligada à expansão da mineração, e o Brasil está em uma posição privilegiada. O país possui reservas de todos os minerais críticos necessários para tecnologias verdes, como baterias de carros elétricos (níquel, lítio e grafite), turbinas eólicas (níquel, alumínio, cobre e terras-raras) e painéis solares (alumínio, cobre, polissilício, prata e aço).
“Temos condições de oferecer todos os minerais críticos que o mundo precisa, sem exceção. Temos pelo menos um depósito de cada um desses minerais”, afirma Valdir Silveira, diretor de geologia e recursos minerais do Serviço Geológico do Brasil (SGB).
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EUA buscam novos parceiros, Brasil com grande potencial
Os Estados Unidos querem liderar a transição energética e estão em busca de fornecedores confiáveis para reduzir a dependência em relação à China e a países considerados menos estáveis. “Sem ter parceiros externos, eles [os EUA] não vão conseguir atender a demanda interna”, diz Fabrizio Panzini, diretor de políticas públicas e relações governamentais da Amcham.
Em julho, Geoffrey Pyatt, secretário de Estado Adjunto de Recursos Energéticos dos EUA, esteve no Brasil para “acelerar a cooperação com o Brasil em toda a gama de insumos da transição energética“. Pyatt enfatizou a importância da parceria em minerais estratégicos e declarou: “Vemos o Brasil posicionado para continuar realmente desempenhando um papel de liderança global.”
Investimentos e oportunidades
Para aproveitar essa oportunidade, o Brasil precisa investir em infraestrutura e pesquisa para não ser apenas um fornecedor de matéria-prima, mas também processar os minerais e até fabricar bens de alto valor agregado.
“Essa temática de minerais críticos ganhou uma outra proporção com a discussão da transição energética no pós-pandemia”, afirma Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil. Segundo ele, a parceria com os EUA pode ser uma relação “ganha-ganha”, trazendo ganhos para a indústria extrativa e de beneficiamento no Brasil.
Ministério de Minas e Energia informou que Brasil e EUA possuem “circunstâncias diferentes”
Brasil e EUA têm um histórico de mais de três décadas de conversas sobre segurança energética, mas nos últimos anos novos acordos formais não foram assinados. Recentemente, dois novos acordos de parceria para geração de energia limpa foram firmados por ministros dos dois países.
O Ministério de Minas e Energia informou que Brasil e EUA possuem “circunstâncias diferentes”, mas têm trabalhado juntos para destravar financiamentos que impulsionem a transição energética.
A expansão da mineração no Brasil é essencial para atender à demanda global por minerais críticos na transição energética. Com os EUA buscando reduzir a dependência da China, o Brasil tem a oportunidade de se consolidar como um parceiro estratégico, desde que consiga investir e desenvolver toda a cadeia produtiva.
A pergunta que fica é: estamos prontos para assumir esse papel de liderança global ou o Brasil ainda precisa superar barreiras internas para aproveitar todo o seu potencial na transição energética?