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EUA prepara nova arma que usa tecnologias de guerra eletrônica espacial para neutralizar ameaças de satélites da Rússia e China

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 01/11/2024 às 00:52
guerra eletrônica, satélites
Foto: Reprodução

Nova arma de guerra eletrônica poderá destruir os satélites inimigos, como Rússia e China

Os EUA estão avançando na adoção de tecnologias de guerra eletrônica espacial para neutralizar ameaças de satélites inimigos, em especial dos setores de inteligência da Rússia e da China.

O novo sistema, denominado Meadowlands, é um projeto inovador desenvolvido pela empresa de defesa L3Harris, e tem como objetivo proporcionar uma camada adicional de segurança para as tropas e equipamentos americanos.

Apesar de originalmente previsto para 2022, o Meadowlands sofreu atrasos significativos. No entanto, após correções e atualizações essenciais, o sistema está em fase final de testes, com expectativa de implantação para 2025.

O Meadowlands será fundamental para bloquear o acesso de inimigos à comunicação via satélite, protegendo, assim, a infraestrutura de defesa americana.

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Meadowlands: Como funciona contra os satélites?

O Meadowlands utiliza unidades de radiofrequência terrestres que são capazes de interromper a comunicação de satélites adversários. Essa capacidade é essencial para garantir a segurança das operações militares, impedindo que os inimigos rastreiem ou monitorem as atividades das tropas americanas em solo, ar e mar.

Além disso, o sistema de Contra-Comunicações (CCS), que foi atualizado pela L3Harris, agora permite bloquear a comunicação inimiga com apenas um toque, tornando o processo mais ágil e eficiente.

Segundo fontes da L3Harris, o Meadowlands não apenas bloqueia, mas também permite retomar a operação dos satélites quando necessário.

Essa característica é valiosa, pois possibilita aos EUA interromper a comunicação inimiga em momentos críticos e restaurar o funcionamento do sistema rapidamente após a missão.

Crescente ameaça de Rússia e China

A Rússia e a China têm investido pesadamente em tecnologia espacial, incluindo sistemas de satélites projetados para vigilância e monitoramento militar. Um estudo do Defense Post destaca que o número crescente de ameaças fez com que os EUA reforçassem suas estratégias de defesa no espaço.

A Força Espacial dos Estados Unidos e a Guarda Aérea Nacional atualmente operam 16 plataformas CCS, responsáveis por bloquear comunicações satelitais de adversários em situações de conflito.

Esses sistemas de guerra eletrônica, incluindo o Meadowlands, visam neutralizar tentativas de vigilância e monitoramento de forças e bases americanas. Ao impedir a comunicação dos satélites inimigos, os EUA ganham uma vantagem estratégica, dificultando o planejamento e a execução de ações hostis por parte de outras potências.

Benefícios e impacto do Meadowlands

O Meadowlands será entregue com antenas de alta tecnologia que lembram radares, montadas em plataformas móveis, como reboques com rodas, para permitir uma rápida mobilidade. Essa portabilidade é essencial, pois possibilita o uso em diversos locais, tanto dentro quanto fora dos Estados Unidos.

Além disso, a L3Harris firmou um contrato de US$ 124 milhões com o governo americano em 2022 para expandir as unidades de CCS, otimizando o desempenho e reduzindo o tamanho das plataformas móveis, além de aprimorar a automação dos sistemas.

Esses aprimoramentos foram pensados para maximizar a eficácia em campo e permitir uma rápida resposta às necessidades militares.

Em uma declaração recente, Ed Zoiss, presidente da Space and Airborne Systems da L3Harris, destacou a importância do contrato para a Força Espacial dos EUA: “Este contrato é outro passo importante em nossa estratégia e para nosso cliente, a Força Espacial, para manter e proteger o domínio espacial muito importante.

A Nnova era da Guerra Eletrônica Espacial

O programa Meadowlands faz parte de uma estratégia mais ampla dos Estados Unidos para treinar soldados e oficiais de controle espacial, que serão responsáveis por operar os sistemas de interferência de maneira eficiente em tempos de conflito.

A Força Espacial dos EUA também está se preparando para responder de forma mais rápida e precisa às ameaças que surgirem.

Outro aspecto importante é que o novo sistema de interferência foi projetado para evitar a criação de detritos espaciais. Segundo o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional, o Meadowlands interfere temporariamente nos sinais dos satélites adversários, de maneira “reversível” e sem danos permanentes. Essa abordagem reduz os riscos de colisões espaciais e possíveis conflitos com organizações internacionais.

O Meadowlands, com um custo estimado em US$ 219 milhões, representa uma evolução do Counter Communications System, sistema de guerra eletrônica que começou a operar em 2020.

Essa nova versão mais compacta e aprimorada do CCS reafirma o compromisso dos EUA com a segurança espacial e a defesa de suas operações militares.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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