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EUA posicionam mísseis hipersônicos de 1.600 km no Japão e colocam a China sob alcance direto pela primeira vez

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 16/09/2025 às 10:05
EUA exibem no Japão o sistema Typhon, capaz de lançar mísseis hipersônicos de 1.600 km, ampliando o alcance contra a China
EUA exibem no Japão o sistema Typhon, capaz de lançar mísseis hipersônicos de 1.600 km, ampliando o alcance contra a China
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Sistema Typhon é exibido durante exercício militar e reforça a aliança entre Washington e Tóquio em meio à crescente tensão no Indo-Pacífico

O Exército dos Estados Unidos apresentou pela primeira vez no Japão seu sistema de mísseis de alcance intermediário Typhon, capaz de disparar mísseis hipersônicos, durante o exercício militar anual Resolute Dragon.

A movimentação reforça a cooperação entre Washington e Tóquio e evidência a disposição de ambos em expandir suas capacidades defensivas na região do Indo-Pacífico.

O sistema terrestre pode lançar mísseis de cruzeiro Tomahawk com alcance de quase 1.600 quilômetros, o suficiente para atingir a costa leste da China ou áreas da Rússia.

A demonstração ocorreu na Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Navais de Iwakuni e contou com cerca de 20 mil soldados americanos e japoneses, além de navios de guerra e baterias de mísseis espalhadas pelo território japonês.

Sistema de mísseis com alcance estratégico

O coronel Wade Germann, comandante da força-tarefa que opera o sistema, afirmou que o Typhon permite criar dilemas ao inimigo ao empregar múltiplos sistemas e diferentes tipos de munição.

Segundo ele, a velocidade de implantação possibilita posicionar o equipamento de forma rápida quando necessário, aumentando a flexibilidade das operações.

Germann ressaltou que o sistema será retirado do Japão após o Resolute Dragon, mas não revelou o próximo local de deslocamento nem confirmou se ele retornará ao país.

A chegada do Typhon ao oeste japonês ocorre após sua implantação nas Filipinas, em abril de 2024, episódio que gerou críticas de Pequim e Moscou. Ambos acusaram os EUA de alimentar uma corrida armamentista na região.

O comandante também não confirmou se a unidade enviada ao Japão é a mesma que esteve nas Filipinas, onde, segundo a Reuters, o lançador permanecia no fim de agosto.

Reação da China e expansão militar na região

As forças americanas realizaram ainda exercícios de tiro real na Austrália este ano, mas sua presença no Japão, mais próximo da China, tende a provocar reações mais fortes.

Washington considera Iwakuni parte da chamada “Primeira Cadeia de Ilhas”, conjunto de territórios que se estende do Japão às Filipinas e limita o poder marítimo e aéreo chinês.

Além dos Tomahawk, o Typhon pode disparar mísseis SM-6, projetados para atingir navios ou aeronaves a mais de 200 quilômetros de distância. Os EUA pretendem espalhar essas armas antinavio por toda a Ásia para conter o avanço do arsenal chinês de mísseis hipersônicos.

Diferente de projetos de nova geração, o Typhon utiliza armamentos já existentes e de produção em massa, algo que, segundo planejadores militares, pode ajudar os EUA e seus aliados a reduzir a diferença em relação à China.

O Japão, por sua vez, também eleva seus gastos militares. O país está adquirindo mísseis Tomahawk para seus navios de guerra e desenvolvendo sistemas próprios de médio alcance, no maior reforço de suas capacidades de defesa desde a Segunda Guerra Mundial.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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