Os EUA lideram o acesso aos acervos digitais do Exército Brasileiro. Com milhares de visitas, Ashburn, na Virgínia, se destaca como origem das visualizações. Descubra o que torna os documentos militares do Brasil tão atrativos para o público norte-americano e entenda as implicações para a segurança digital.
É de tirar o fôlego! Uma região dos Estados Unidos, famosa pelo seu papel estratégico no setor tecnológico, está dominando as estatísticas de acesso aos acervos do Exército Brasileiro.
Mas o que está por trás dessa curiosidade aparentemente inusitada? A resposta envolve uma combinação de estratégia militar, conhecimento científico e geopolítica.
Segundo dados da Biblioteca Digital do Centro de Doutrina do Exército (BDEx), acervos digitais de oito comandos militares e publicações oficiais de defesa foram acessados 7.871 vezes por endereços IP localizados nos Estados Unidos.
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A maioria das visualizações vem de Ashburn, uma cidade da Virgínia conhecida como polo tecnológico.
Essa região abriga gigantes de data centers e empresas de TI, o que levanta questões sobre o porquê de tanto interesse nos documentos militares brasileiros.
Biblioteca digital do Exército
A BDEx, lançada há sete anos, é uma plataforma que organiza documentos em quatro comunidades: publicações institucionais, oficiais de defesa, atividades de apoio a grandes eventos e conteúdo científico de interesse militar.
Entre os arquivos, encontram-se monografias, teses, doutrinas militares, regulamentos e documentos sobre defesa territorial e cibernética.
Esses acervos acumulam milhares de visitas, sendo os EUA os principais responsáveis pelo alto tráfego na plataforma.
Os comandos militares também possuem suas páginas individuais no site. Ao todo, esses acervos registraram 5.772 acessos vindos de IPs norte-americanos.
O Comando Militar do Leste, que cobre estados como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo, lidera o ranking de acessos.
Curiosamente, mesmo sem oferecer arquivos disponíveis, o Comando Militar da Amazônia, famoso por seus batalhões de selva, é o segundo mais visualizado, com 750 acessos.
Isso demonstra como a região, estrategicamente relevante no contexto internacional, atrai atenção constante.
Interesse dos EUA
O interesse dos Estados Unidos não se limita aos comandos militares. Publicações oficiais de Defesa, incluindo documentos do Ministério da Defesa, Marinha e Força Aérea Brasileira, também estão entre as coleções mais acessadas.
Essas páginas receberam 2.098 visitas de dispositivos conectados no território norte-americano. Arquivos como manuais de mobilização militar e defesa territorial estão entre os materiais mais procurados.
Por que Ashburn?
Ashburn, na Virgínia, não é uma cidade qualquer. Considerada a “capital dos data centers” nos EUA, ela abriga infraestrutura que suporta boa parte do tráfego global de internet.
O alto número de acessos provenientes dessa cidade sugere que o interesse pode não se limitar a curiosos individuais, mas sim envolver agências, empresas ou instituições tecnológicas.
Embora não haja evidências de atividades suspeitas, o volume de acessos levanta questões sobre o potencial uso desse conhecimento.
O Exército Brasileiro, até o momento, não comentou sobre medidas para restringir ou monitorar o acesso a esses documentos.
Dados curiosos
Os comandos militares do Norte, Oeste, Nordeste e Sudeste ainda não disponibilizaram documentos em suas coleções, mas isso não impediu que suas páginas acumulassem visualizações.
Além disso, a liderança dos EUA no ranking é notória: das 5.162 visitas registradas globalmente, mais de 40% vieram do território norte-americano.
O que explica tamanha curiosidade por documentos militares de um país sul-americano?
Especialistas sugerem que a biodiversidade amazônica, os avanços na doutrina militar e a logística de defesa podem ser fatores atrativos.
Reflexões sobre segurança digital
A presença de documentos sensíveis em uma plataforma digital acessível ao público levanta dúvidas sobre a segurança cibernética do Brasil.
Embora a transparência seja um valor importante, a proteção contra o uso indevido de dados é igualmente essencial.
O Exército Brasileiro vem investindo em medidas de defesa cibernética, mas a grande quantidade de acessos internacionais indica que a atenção sobre o tema deve ser redobrada.
O que você acha?
Será que o interesse dos Estados Unidos nos acervos digitais do Exército Brasileiro é apenas curiosidade ou há algo mais por trás disso? Deixe sua opinião nos comentários!