Após mais de uma década na liderança nas importações dentro dos EUA, a China cai para a terceira posição devido sanções impostas pelo Governo.
Durante 14 anos, a China dominou o cenário de importações dentro dos EUA, entretanto, as sanções que foram impostas pelo Governo e a distância que tem aumentado entre os dois gigantes foram responsáveis por derrubar a asiática do topo do ranking. Pela primeira vez, desde 2009, o país desceu do pódio e agora ocupa a terceira posição como maior fornecedor dos EUA, ficando atrás do México e Canadá.
Mais de US$ 5 bilhões em importações deixaram de entrar nos EUA
Há 5 anos, a China era responsável por mais de 20% de todos os produtos e matérias-primas que eram encontradas no território dos EUA, entretanto, este número caiu para 13,35% segundo o U.S Census Bureau.
O México detém a liderança atualmente, representando 15% das importações, enquanto o Canadá não fica muito distante, com 14% deste tipo de operações dentro do país vizinho. Segundo dados do mesmo órgão, houve várias quedas registradas nas importações dentro dos EUA em relação à China.
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A entrada de tablets, celulares e similares caiu em 20,24%, o menor número registrado desde maio de 2016, sem contar com a pandemia de Covid-19. No total, foram US$ 5 bilhões de produtos do gênero que deixaram de entrar nos EUA.
Já no cenário de computadores, a queda foi um pouco maior, visto que as importações de PCs da China e hardwares apresentaram uma queda de 22,58%, alcançando o menor número desde o ano de 2010. Neste caso, foram US$ 4,8 bilhões que não foram investidos em importações do gênero, se comparado com o mesmo período do último ano. Taiwan e o Vietnã conseguiram adquirir uma parte do que o mercado chinês perdeu.
EUA investe US$ 3 trilhões em importações em 2022
A distância entre os Estados Unidos e China começou ainda durante a pandemia de Covid-19, durante a administração de Donald Trump. O ex-presidente aumentou as tarifas de importação vindas do território, o que tornou a situação do envio de produtos e matérias-primas mais difícil durante o período. Trump buscava outros meios, visto que já mostrava um grande risco ao mercado a dependência de um país só para se buscar vários componentes.
A Administração de Joe Biden manteve as tarifas, fazendo com que as importações caíssem ainda mais. Estes dados vão contra os impressionantes números que os EUA atingiram em 2022, onde foram registrados US$ 3 trilhões de investimentos em importações e US$ 2 trilhões em exportações, a primeira vez que o país alcançou esta marca.
EUA e China na Guerra dos microchips
Além desta queda nas importações, a disputa hegemônica entre os EUA e China continua a todo vapor. E cada vez mais, os dois países batalham pela liderança mundial no setor da tecnologia. Não é por acaso que a Casa Branca tem anunciado uma série de decisões para tentar minar a expansão chinesa no setor, especialmente no segmento de produção de chips semicondutores.
Nos últimos anos, os chips semicondutores se tornaram uma força vital da economia moderna e o cérebro de todos os dispositivos e sistemas eletrônicos, de iPhones até torradeiras, data centers a cartões de créditos.
Um carro novo, por exemplo, pode ter mais de mil chips, cada um gerenciando uma atividade do veículo. Os semicondutores também são a força motriz por trás das inovações que prometem revolucionar a vida no próximo século, como a computação quântica e a inteligência artificial, como o ChatGPT. Desta forma, é de se esperar que o governo dos EUA tenha praticamente declarado uma guerra econômica à China, seu maior rival na disputa pela hegemonia mundial.