Produção de hidrogênio pode diminuir gases de efeito estufa em até 10% no país
Uma das prioridades para o Governo dos EUA é aumentar a produção de hidrogênio com a missão de driblar os combustíveis fósseis, muito conhecidos por fomentar drasticamente as mudanças climáticas. Dessa forma, na última quinta-feira, 22, foi divulgado o projeto Estratégia e Roteiro Nacional de Hidrogênio Limpo, criado pelo Departamento de Energia americano. O documento cita que o país quer produção de hidrogênio limpo estimada em 10 milhões de toneladas métricas, até meados de 2030.
A cada ano, os EUA já contam com uma produção média de 10 milhões de toneladas métricas de hidrogênio. Entretanto, essa produção de hidrogênio é considerada “cinza”, pois é desenvolvida com gás natural sujo. Dessa forma, a mudança pretende combinar o gás natural com novas tecnologias controversas, que capturam as emissões de dióxido de carbono, enquanto produzem mais hidrogênio usando fontes de energia renováveis e energia nuclear.
Governo Biden deve priorizar a produção de hidrogênio
A missão de produzir hidrogênio parece ser uma grande meta para os EUA. Isso porque o governo Biden está disposto a continuar com o projeto. O roteiro inclui metas de produção de hidrogênio limpa com crescimento gradual: 20 milhões de toneladas de hidrogênio limpo até 2040, e 50 milhões de toneladas métricas até 2050.
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Neste sentido, o Departamento de Energia estadunidense acredita que isso pode reduzir as emissões dos gases de efeito estufa no país em 10% até 2050. No entanto, o roteiro do projeto ainda é um esboço, e a estratégia deve contar com alguns feedbacks antes de começar, segundo o DOE. Hoje, os EUA já colocam em prática planos para desenvolver até dez centros regionais para a produção de hidrogênio. Estima-se que um dos centros use energia renovável para produzir combustível de hidrogênio, conforme dados do DOE, e outro centro deve usar a energia nuclear.
Produção de hidrogênio pode mudar o futuro
Historicamente, o hidrogênio sempre foi visto como uma alternativa aos combustíveis fósseis. Isso porque ele tende a ser mais limpo e sustentável. Além disso, acredita-se que o uso de hidrogênio possa reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa, especialmente em processos industriais que precisam atingir temperaturas extremamente altas. Além disso, quando o hidrogênio é produzido com excesso de energia eólica e solar, ele funciona como um tipo de “armazenamento de energia”, similar a uma bateria, para que a energia renovável abundante não seja desperdiçada, caso a demanda de eletricidade seja baixa.
Dessa forma, o hidrogênio libera vapor de água quando queimado, ou seja, esse processo o torna um combustível limpo. Curiosamente, a produção de hidrogênio tem uma ressalva: ele é tão limpo quanto a fonte de energia usada para produzi-lo. Uma forma de produzir hidrogênio é através da eletrólise, que usa eletricidade para separar moléculas de água em hidrogênio e oxigênio. O hidrogênio verde é feito dividindo moléculas de água, usando energia renovável. Por outro lado, também temos o hidrogênio rosa, feito a partir de eletrólise alimentada por energia nuclear.
Hoje, a maioria do hidrogênio produzido é do tipo “cinza”, ou seja, ainda emite gases do efeito estufa. Para essa produção, o gás metano reage com valor de alta temperatura sob alta pressão, num processo que libera dióxido de carbono enquanto produz hidrogênio.