Contrariando expectativas, Borr Drilling e a Seadrill não entregam propostas e Keppel FELLS que opera o Brasfels surge como provável comprador
Conforme o Click Petróleo e Gás divulgou, na última quarta-feira dia 27/03, foram entregues as ofertas para aquisição das quatro sondas que a Sete Brasil decidiu continuar a construção nos estaleiros Brasfels e Jurong.
Contrariando as expectativas a Borr Drilling e a Seadrill não confirmaram as oferta pelas sondas e o que se comenta é que a Keppel Fels, controladora do estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), teria apresentado proposta pela Urca e Frade, as sondas sob sua construção.
A falta de ofertas de outras empresas internacionais, como por exemplo a Seadrill e da Transocean, segundo especialistas, é pelo mesmo motivo que causaram a falta de propostas da Borr Drilling e a Seadrill, a dificuldade das empresas de convencerem seus boards de realizar o negócio, considerado de alto risco.
A falta de informações deve-se ao alto sigilo na entrega dos envelopes devido a situação de recuperação judicial da Sete Brasil.
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A proposta da Keppel Fels no leilão não tem confirmação oficial, mas especula-se que ela estaria associada á um operador nacional, que seria a Petroserv.
O motivo da associação seria o conhecimento que a Petroserv tem do projeto da Sete Brasil, onde já tinha contrato para operar a sonda SS Frade.
Os estaleiros construtores
A Brasfels está construindo a SS Urca e Frade e teria apresentado um valor 40% maior que o do Jurong, responsável pela construção dos navios-sonda Arpoador e Guarapari.
Até o momento não se sabe se a Sete Brasil recebeu propostas para os navios-sonda que estão sendo construídas no Estaleiro Jurong, em Aracruz (ES).
A estratégia do Keppel Fels é plenamente razoável, visando diminuir seu prejuízo acumulado pela paralisação das obras, ela compraria as sondas e garantiria o término da construção, assim como garantiria também dois contratos de afretamento de dez anos com a Petrobras, na ordem de US$ 299 mil por dia, e aí sim vender as unidades.
Vale lembrar que ao se definir o negócio, ele precisa ser aprovado pelos credores, segundo o plano de recuperação judicial da Sete Brasil.
O preço mínimo estabelecido no edital é de US$ 554 milhões e caso as propostas sejam menores que este valor, o assunto terá que passar pelo crivo da assembléia de credores para o aceite do valor que for ofertado.