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Estes são os 5 motores de 3 cilindros que mais quebram no Brasil em 2025, segundo Procon e oficinas, com risco de fundir de repente e causar prejuízo de até R$ 15 mil aos motoristas

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/08/2025 às 05:50
Estes são os 5 motores de 3 cilindros que mais quebram no Brasil em 2025, segundo Procon e oficinas, com risco de fundir de repente e causar prejuízo de até R$ 15 mil aos motoristas
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Especialistas do Procon e oficinas apontam os motores 3 cilindros que mais quebram em 2025 no Brasil. Saiba quais são os motores com maior risco de falha, os prejuízos para motoristas e como evitar gastos de até R$ 15 mil em reparos

Os motores 3 cilindros que mais quebram em 2025 estão no centro das reclamações de consumidores no Procon e em oficinas especializadas no Brasil. Apesar de terem conquistado o mercado pela promessa de economia de combustível e desempenho, alguns desses propulsores apresentam defeitos crônicos que podem levar à quebra prematura e gerar custos elevados, chegando a R$ 15 mil em reparos de motor.

Segundo registros de reclamações em órgãos de defesa do consumidor, cinco motores se destacam negativamente: Renault SCe 1.0, Peugeot PureTech 1.2, GM 1.0 aspirado e turbo, Ford 1.0 da primeira geração e Fiat Firefly.

Hoje vamos detalhar os principais problemas de cada um, o impacto para motoristas brasileiros e o que considerar antes de comprar ou manter um veículo equipado com esses motores.

A popularidade dos motores 3 cilindros no Brasil

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Nos últimos dez anos, praticamente todas as montadoras que atuam no Brasil adotaram motores de três cilindros. O objetivo era claro: redução de consumo e emissões de poluentes sem comprometer tanto o desempenho.

Comparados aos tradicionais quatro cilindros, esses propulsores têm menos atrito interno, menor peso e, em muitos casos, contam com tecnologias como injeção direta, turbocompressor e comando variável de válvulas.

Contudo, nem todos os projetos foram bem-sucedidos. Em alguns casos, a busca por eficiência levou a escolhas técnicas que se transformaram em falhas recorrentes, prejudicando a confiabilidade e aumentando os custos de manutenção.

Renault SCe 1.0 – superaquecimento e risco de fundir

O Renault SCe 1.0, presente em modelos como Kwid, Sandero e Logan, acumula registros de falhas em arrefecimento. Oficinas relatam casos em que o sistema de arrefecimento falha, comprometendo o cabeçote e levando à necessidade de retífica completa.

Para motoristas que utilizam o carro no trânsito pesado das grandes cidades, a atenção deve ser redobrada. A recomendação dos especialistas é manter revisões em dia e observar qualquer sinal de perda de líquido de arrefecimento.

Peugeot PureTech 1.2 – manutenção cara e falhas no comando

O Peugeot PureTech 1.2, adotado pela Stellantis em modelos como Peugeot 208 e Citroën C3, foi aclamado na Europa por eficiência, mas no Brasil apresenta desafios.

Oficinas especializadas apontam problemas no sistema de comando variável de válvulas e desgaste prematuro da corrente de distribuição. Esse defeito pode gerar ruídos, perda de potência e, em casos extremos, danos irreversíveis.

A manutenção é considerada cara, já que muitas peças precisam ser importadas. Além disso, a mão de obra qualificada é limitada, aumentando o tempo de reparo. Um conserto completo pode ultrapassar R$ 12 mil, tornando o modelo menos atrativo no mercado de usados.

GM 1.0 aspirado e turbo – um dos motores que mais quebram

A Chevrolet popularizou seus motores 1.0 aspirado e turbo em modelos como Onix, Prisma e Tracker. Apesar do sucesso de vendas, oficinas independentes e autorizadas relatam problemas de lubrificação que levam ao desgaste precoce do conjunto.

Nos casos mais graves, há relatos de travamento do virabrequim, exigindo a substituição completa do motor. Outro ponto recorrente é a carbonização em válvulas de admissão, que afeta a performance e gera falhas de funcionamento.

Consumidores relatam prejuízos que podem chegar a R$ 15 mil em reparos. O Procon já recebeu centenas de reclamações envolvendo esses motores, principalmente relacionadas à durabilidade abaixo do esperado para veículos com baixa quilometragem.

Ford 1.0 de primeira geração – superaquecimento crônico

O motor 1.0 de três cilindros, utilizado em modelos como o Ford Ka SE, apresentou falhas recorrentes no sistema de arrefecimento, especialmente no eletroventilador. Em um teste de longa duração realizado pela revista Quatro Rodas, o veículo apresentou superaquecimento durante uma viagem, com o indicador de temperatura acionado e emissão de vapor de água do compartimento do motor.

A análise revelou que a falha foi causada pela queima do fusível do eletroventilador, comprometendo o funcionamento do sistema de arrefecimento. A Ford reconheceu o problema e recomendou a substituição do fusível de 30 amperes por um de 40 amperes, além da troca do eletroventilador e de mangueiras danificadas.

Além disso, relatos de proprietários em fóruns especializados indicam que o superaquecimento pode levar à queima da junta do cabeçote, exigindo reparos significativos. Em alguns casos, a substituição do motor foi necessária devido aos danos causados pelo superaquecimento.

Fiat Firefly – entre os motores que mais quebram em 2025

Por fim, o Fiat Firefly, adotado em modelos como Argo, Cronos e Uno, também figura entre os motores problemáticos no Brasil.

Os principais relatos de oficinas estão ligados ao consumo anormal de óleo, mesmo em veículos com baixa quilometragem. Além disso, há registros de falhas na bomba de combustível, que podem causar perda repentina de potência.

Embora seja um motor moderno e eficiente em termos de consumo de combustível, sua confiabilidade vem sendo questionada por motoristas que enfrentaram reparos caros logo nos primeiros anos de uso.

Motores 3 cilindros que mais quebram: impacto direto para o consumidor

A quebra de um motor é um dos cenários mais graves para qualquer motorista. Além do alto custo, que pode variar de R$ 8 mil a R$ 15 mil, muitos consumidores enfrentam a desvalorização do veículo na revenda.

Segundo dados da Fenabrave, no primeiro trimestre de 2024 mais de 188 mil carros zero km equipados com motor 1.0 de três cilindros foram emplacados no Brasil, o que representa mais de 50% dos automóveis de passeio vendidos no período. Isso significa que milhares de motoristas estão potencialmente expostos a problemas mecânicos caros.

Além das reclamações no Procon, fóruns automotivos e redes sociais acumulam relatos de consumidores insatisfeitos, evidenciando a importância de atenção ao histórico de manutenção antes da compra.

Como reduzir o risco de prejuízo com motores

Especialistas recomendam alguns cuidados para reduzir os riscos:

Revisões em dia: seguir rigorosamente o plano de manutenção indicado pela montadora.

Óleo e filtro originais: usar sempre peças de qualidade e lubrificante especificado para o motor.

Atenção a ruídos e falhas: barulhos incomuns ou perda de potência devem ser investigados imediatamente.

Histórico do veículo: antes de comprar usado, verificar registros de manutenção e eventuais reparos já realizados.

Os motores que mais quebram são exemplos de como nem sempre a modernidade e a promessa de eficiência garantem confiabilidade a longo prazo. Renault SCe 1.0, Peugeot PureTech 1.2, GM 1.0 aspirado/turbo, Ford 1.0 da primeira geração e Fiat Firefly acumulam relatos de falhas graves que podem gerar prejuízos significativos aos motoristas brasileiros.

Mais do que nunca, é fundamental que consumidores busquem informações confiáveis antes de adquirir ou manter um veículo com esses propulsores. A atenção preventiva pode evitar gastos que chegam a R$ 15 mil e preservar o valor do carro no mercado de usados.

Valdemar Medeiros

Formado em Jornalismo e Marketing, é autor de mais de 20 mil artigos que já alcançaram milhões de leitores no Brasil e no exterior. Já escreveu para marcas e veículos como 99, Natura, O Boticário, CPG – Click Petróleo e Gás, Agência Raccon e outros. Especialista em Indústria Automotiva, Tecnologia, Carreiras (empregabilidade e cursos), Economia e outros temas. Contato e sugestões de pauta: valdemarmedeiros4@gmail.com. Não aceitamos currículos!

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