Carros usados no Brasil perdem até R$ 40 mil em 1 ano, segundo Fipe e concessionárias; veja os 5 modelos que mais desvalorizam em 2025.
Comprar um carro zero quilômetro é um sonho para muitos brasileiros, mas a realidade do mercado em 2025 mostra que esse sonho pode se transformar em um pesadelo em tempo recorde. Segundo dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e levantamentos de concessionárias, alguns modelos estão perdendo até R$ 40 mil em valor de mercado após apenas 1 ano de uso.
A combinação de fatores como alta oferta de usados, queda na procura por determinados segmentos e até má fama de manutenção coloca alguns veículos no topo da lista dos que mais desvalorizam.
Por que alguns carros desvalorizam mais rápido?
A desvalorização é um fenômeno natural, mas alguns modelos sofrem quedas mais bruscas por razões específicas:
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- Baixa procura no mercado de usados — modelos de nicho ou que perderam atratividade para o público.
- Custos de manutenção elevados — carros que assustam potenciais compradores pelo preço das revisões e peças.
- Reputação negativa — falhas conhecidas, alto consumo ou falta de confiança em durabilidade.
- Mudanças rápidas no mercado — chegada de novos modelos ou versões atualizadas que tornam o carro anterior menos atraente.
Os 5 carros usados que mais desvalorizam em 2025
1. Land Rover Discovery Sport
Ícone de luxo entre os SUVs, o Discovery Sport é também um dos campeões de desvalorização. Segundo concessionárias, o modelo perde em média R$ 35 mil a R$ 40 mil no primeiro ano. A justificativa está nos altos custos de manutenção e na fama de reparos frequentes, que afastam compradores de usados.
2. Jeep Compass Diesel
O Compass continua popular, mas a versão a diesel apresenta uma queda acentuada no mercado de seminovos. Em um ano, pode perder mais de R$ 25 mil, reflexo da menor procura por motores a diesel em centros urbanos e do alto custo de revisão.
3. BMW Série 3
Entre os sedãs premium, o BMW Série 3 sofre forte desvalorização inicial. Modelos zero que custam acima de R$ 300 mil em 2025 podem cair até R$ 35 mil em 12 meses. A razão está na rápida atualização tecnológica da linha e na manutenção cara, que faz muitos preferirem versões mais novas.
4. Toyota Corolla Altis Hybrid
Surpreendentemente, até o Corolla aparece na lista — mas apenas em versões híbridas mais caras. Apesar da fama de confiabilidade, os altos valores de tabela tornam a desvalorização nominal elevada. Após um ano, a perda pode ultrapassar R$ 20 mil, segundo dados de mercado.
5. Peugeot 3008
O SUV médio da Peugeot agrada no design e no pacote tecnológico, mas enfrenta rejeição histórica da marca no mercado de usados. O 3008 pode perder até R$ 22 mil em 1 ano, resultado da dificuldade de revenda e da desconfiança em relação ao custo de manutenção.
O impacto direto no bolso do consumidor
Esses números mostram que a desvalorização não é apenas um detalhe estatístico, mas um impacto direto no bolso do motorista. Quem compra um carro zero sem planejamento pode ver seu patrimônio encolher rapidamente, especialmente em modelos premium ou de baixa liquidez no mercado de usados.
Para muitos, a solução tem sido recorrer a modelos seminovos com 2 ou 3 anos de uso, que já passaram pela fase mais crítica da desvalorização e oferecem melhor custo-benefício.
O dilema entre status e racionalidade
O consumidor brasileiro vive um dilema claro: investir em modelos de prestígio, mas que perdem valor em ritmo acelerado, ou apostar em carros populares e consolidados, que mantêm melhor liquidez no mercado.
Enquanto alguns aceitam o custo da desvalorização como parte do “luxo” de dirigir um carro premium, outros preferem racionalizar a compra e priorizar modelos com menor perda percentual.
A lista dos carros que mais desvalorizam em 2025 serve como alerta: nem sempre o modelo mais caro, sofisticado ou desejado é o que traz maior segurança financeira. Para muitos brasileiros, a escolha de um carro deixou de ser apenas status e passou a ser também uma questão de sobrevivência econômica.
No fim, a decisão cabe ao consumidor: aceitar o custo da perda rápida de valor como parte do pacote de luxo — ou fugir da armadilha e buscar opções mais estáveis no mercado de usados.