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Desesperados, Estados Unidos tentam barrar produção de caças suecos Gripen no Brasil… Mas por que?

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/10/2024 às 09:48
“estados unidos”, “brasil”, “caças suecos”, “gripen”, “militar”
foto/reprodução: Ricardo Stuckert/PR

Os EUA pressionaram o Brasil para perder concorrência, levantando questões sobre a compra de caças suecos pela FAB!

De acordo com Cartacapital, uma recente intimação do fabricante sueca Saab pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acendeu um alerta em Brasília. A medida diz respeito ao contrato de compra de 36 caças suecos Gripen , firmado pelo Brasil em 2014. Além disso, há uma reabertura de questionamentos sobre possíveis interferências políticas ligadas ao ex-presidente Lula , um caso já arquivado por falta de provas. Agora, fica a pergunta: será que os EUA estarão jogando sujo após terem perdido a concorrência para a Saab ?

A interferência dos EUA e o desconforto com a autonomia do Brasil

Desde que o contrato foi assinado com a Saab, os Estados Unidos demonstram desvantagens. A verdade é que, na época, a Boeing também concordou em vender suas caças ao Brasil, mas perdeu para o fabricante sueca. Agora, com essa nova ação, há uma clara tentativa de “melar o jogo”. Os EUA estão usando sua famosa lei anticorrupção, a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), que, segundo muitos especialistas, já foi utilizada de maneira semelhante na Lava Jato para desestabilizar concorrentes internacionais.

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foto/reprodução: CHRISTOPHER E ZIMMER/Shutterstock

O governo brasileiro, no entanto, não está nada satisfeito. Lula chegou a chamar a ação de uma “interferência indevida” e o advogado-geral da União, Jorge Messias, acusou os americanos de tentarem virar o jogo em favor de seus próprios interesses, prejudicando acordos que garantem ao Brasil mais autonomia militar e tecnológica .

Transferência de tecnologia: o que os EUA perderam com os caças suecos Gripen?

Um dos principais motivos que fez o Brasil escolher as caças suecos Gripen foi a promessa de transferência de tecnologia , algo que a Boeing e a francesa Dassault (com o avião Rafale) não ofereceram. Esse ponto foi crucial para o governo brasileiro, que busca maior independência e crescimento na indústria militar. A Saab aceitou cooperar e compartilhar conhecimentos, o que fortalece a indústria aeronáutica brasileira.

No entanto, o movimento dos Estados Unidos para barrar essa cooperação é visto como uma tentativa de frear o desenvolvimento do Brasil. O país está em um momento de crescimento econômico e de influência global, o que naturalmente incomodava as potências que antes dominavam o mercado de armamentos militares .

O temor americano diante da ascensão militar e tecnológica do Brasil

A situação fica ainda mais complexa com o sucesso do cargueiro militar KC-390, da Embraer, que vem ganhando mercado internacional e se tornando uma ameaça direta ao tradicional Lockheed C-130 Hercules, usado amplamente pelas forças armadas americanas. A Embraer não está apenas tomando fatias de mercado, mas também oferece a tão desejada transferência de tecnologia , algo que muitos países estão começando a preferir.

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foto/reprodução: portalr3

Essa ascensão brasileira em áreas estratégicas, como a aeronáutica, se soma ao fato de que o Brasil está cada vez mais próximo da China . O presidente chinês, Xi Jinping, deve visitar o Brasil em breve, fortalecendo ainda mais essa aliança e potencialmente irritando ainda mais os Estados Unidos. Afinal, o Brasil está se preparando para se envolver em projetos ambiciosos, como a Nova Rota da Seda, que desafiam diretamente os interesses econômicos e políticos americanos.

Portanto, a intimação à Saab não parece ser um simples pedido de esclarecimento, mas sim mais uma tentativa de invasão do Brasil e barrar sua evolução no mercado militar internacional.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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