Os EUA pressionaram o Brasil para perder concorrência, levantando questões sobre a compra de caças suecos pela FAB!
De acordo com Cartacapital, uma recente intimação do fabricante sueca Saab pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos acendeu um alerta em Brasília. A medida diz respeito ao contrato de compra de 36 caças suecos Gripen , firmado pelo Brasil em 2014. Além disso, há uma reabertura de questionamentos sobre possíveis interferências políticas ligadas ao ex-presidente Lula , um caso já arquivado por falta de provas. Agora, fica a pergunta: será que os EUA estarão jogando sujo após terem perdido a concorrência para a Saab ?
A interferência dos EUA e o desconforto com a autonomia do Brasil
Desde que o contrato foi assinado com a Saab, os Estados Unidos demonstram desvantagens. A verdade é que, na época, a Boeing também concordou em vender suas caças ao Brasil, mas perdeu para o fabricante sueca. Agora, com essa nova ação, há uma clara tentativa de “melar o jogo”. Os EUA estão usando sua famosa lei anticorrupção, a Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), que, segundo muitos especialistas, já foi utilizada de maneira semelhante na Lava Jato para desestabilizar concorrentes internacionais.
O governo brasileiro, no entanto, não está nada satisfeito. Lula chegou a chamar a ação de uma “interferência indevida” e o advogado-geral da União, Jorge Messias, acusou os americanos de tentarem virar o jogo em favor de seus próprios interesses, prejudicando acordos que garantem ao Brasil mais autonomia militar e tecnológica .
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Transferência de tecnologia: o que os EUA perderam com os caças suecos Gripen?
Um dos principais motivos que fez o Brasil escolher as caças suecos Gripen foi a promessa de transferência de tecnologia , algo que a Boeing e a francesa Dassault (com o avião Rafale) não ofereceram. Esse ponto foi crucial para o governo brasileiro, que busca maior independência e crescimento na indústria militar. A Saab aceitou cooperar e compartilhar conhecimentos, o que fortalece a indústria aeronáutica brasileira.
No entanto, o movimento dos Estados Unidos para barrar essa cooperação é visto como uma tentativa de frear o desenvolvimento do Brasil. O país está em um momento de crescimento econômico e de influência global, o que naturalmente incomodava as potências que antes dominavam o mercado de armamentos militares .
O temor americano diante da ascensão militar e tecnológica do Brasil
A situação fica ainda mais complexa com o sucesso do cargueiro militar KC-390, da Embraer, que vem ganhando mercado internacional e se tornando uma ameaça direta ao tradicional Lockheed C-130 Hercules, usado amplamente pelas forças armadas americanas. A Embraer não está apenas tomando fatias de mercado, mas também oferece a tão desejada transferência de tecnologia , algo que muitos países estão começando a preferir.
Essa ascensão brasileira em áreas estratégicas, como a aeronáutica, se soma ao fato de que o Brasil está cada vez mais próximo da China . O presidente chinês, Xi Jinping, deve visitar o Brasil em breve, fortalecendo ainda mais essa aliança e potencialmente irritando ainda mais os Estados Unidos. Afinal, o Brasil está se preparando para se envolver em projetos ambiciosos, como a Nova Rota da Seda, que desafiam diretamente os interesses econômicos e políticos americanos.
Portanto, a intimação à Saab não parece ser um simples pedido de esclarecimento, mas sim mais uma tentativa de invasão do Brasil e barrar sua evolução no mercado militar internacional.