Campanha do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina alerta para os riscos da espatódea, árvore ornamental tóxica para abelhas, e reforça a lei estadual que proíbe seu plantio e prevê multa de R$ 1.000 por exemplar
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) iniciou nesta segunda-feira (13) a campanha “Flora Exótica Tóxica para Fauna – Espatódea”, voltada a conscientizar a população sobre os riscos ambientais da Spathodea campanulata (planta assassina de abelhas), conhecida como espatódea, bisnagueira ou tulipeira-do-gabão.
Apesar de ornamental e vistosa, a árvore representa uma ameaça direta às abelhas e à polinização no estado.
Planta assassina de abelhas: lei proíbe o plantio e prevê multa
A iniciativa reforça o cumprimento da Lei Estadual nº 17.694/2019, que proíbe a produção, o plantio e a manutenção da espécie em todo o território catarinense.
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A norma, sancionada em 14 de janeiro de 2019, determina no Artigo 1º que estão vetadas “a produção de mudas e o plantio das árvores da espécie Spathodea campanulata, também conhecida como Espatódea, Bisnagueira, Tulipeira-do-Gabão, Xixi-de-Macaco ou Chama-da-Floresta”.
Já o Artigo 2º estabelece multa de R$ 1.000 por planta ou muda produzida, valor que dobra em caso de reincidência.
A lei também estimula a substituição das árvores existentes por espécies nativas, para restaurar a vegetação e proteger a fauna polinizadora.
Por que a espatódea é perigosa
Originária da África Ocidental, a espatódea tem flores grandes e alaranjadas que, por muito tempo, enfeitaram ruas e praças.
No entanto, estudos comprovaram que suas flores contêm toxinas letais para abelhas nativas e nocivas até para a Apis mellifera, espécie usada na produção de mel.
Essas substâncias estão presentes no pólen, no néctar e na mucilagem das flores, provocando a morte dos polinizadores e desequilibrando ecossistemas inteiros.
Segundo o IMA, a substituição deve priorizar espécies nativas regionais, adaptadas ao clima e ao solo de Santa Catarina.
Entre as indicadas estão ipês, aroeiras, canafístulas, ingás, corticeiras e carobas, todas seguras para a fauna e benéficas para a polinização.
Para a engenheira agrônoma Elaine Zuchiwschi, coordenadora do Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras do IMA, “a publicação dessa lei é um passo importante para que a sociedade aprenda e se envolva no manejo consciente das espécies da flora e da fauna, buscando promover mais equilíbrio ambiental do que impactos”.
Municípios já aplicam medidas de controle da planta assassina de abelhas
Várias cidades catarinenses já iniciaram programas de substituição da espatódea. Em Jaraguá do Sul, por exemplo, a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) está mapeando áreas com a presença da árvore e notificando moradores para realizar o corte em até 60 dias, conforme determina a Lei Municipal nº 9.398/2023.
O biólogo Gilberto Ademar Duwe, da Fujama, reforça a gravidade do problema:
“Por trás de sua exuberância está escondido o agressivo impacto para as indefesas abelhas-sem-ferrão. Na África, os insetos polinizadores estão adaptados às flores desta árvore, mas aqui no Brasil não estão. Por isso, é fundamental a remoção e substituição das espatódeas em toda a região.”
Responsabilidade coletiva
O IMA destaca que o manejo das espécies exóticas é responsabilidade compartilhada entre prefeituras, viveiristas e cidadãos.
Quem mantiver ou plantar espatódeas em Santa Catarina está sujeito à multa de R$ 1.000 por árvore, além de outras sanções ambientais.
O órgão reforça que eliminar a espécie e substituí-la por árvores nativas é essencial para proteger abelhas e preservar o equilíbrio ecológico no estado.
Com informações de UOL.



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