Cartões-postais de Curitiba, pontos de ônibus para biarticulados, conhecidos como estações-tubo, entram em fase de testes para produzir energia através do uso de placas fotovoltaicas de energia solar, após parceria entre prefeitura e universidade
Ampliando o mercado de energia renovável, a Prefeitura de Curitiba, em parceria com a Universidade Federal do Paraná – UFPR, dará início aos testes de sustentabilidade energética, a partir de placas fotovoltaicas de energia solar que ficarão na parte de cima dos pontos de ônibus, nas chamadas estações-tubo, consideradas cartões-postais da cidade.
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Fase inicial de testes
A primeira estação-tubo a ser testada será a de Itajubá, que fica na Avenida República Argentina, no bairro Água Verde, em Curitiba. Os testes que serão realizados ao longo de 2022 fazem parte de um contrato assinado entre a UFPR e o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, o Ippuc.
Segundo a coordenadora do setor de Transportes e Mobilidade do Ippuc, Olga Prestes, a Prefeitura está em direção ao caminho onde se pratica o conceito de sustentabilidade no transporte público. A UFPR garantiu uma quantia de R$ 243.455,51 em recursos da Prefeitura, para elaborar o projeto, aplicá-lo e monitorá-lo por 12 meses, entregando relatórios mensais.
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O acompanhamento técnico do projeto ficará sob responsabilidades do laboratório do Grupo de Dispositivos Nanoestruturados – DiNE/UFPR, que fará a inspeção desde a instalação ao monitoramento do desempenho dos módulos solares de cada uma das duas estações-tubo.
Prova de conceito e instalação de módulos de energia solar
Todos os testes que serão realizados pela UFPR irão diretamente para a prova de conceito, da geração energética a partir de Filmes Fotovoltaicos Orgânicos, também chamados de Organic Photovoltaics (OPV), nas estações-tubo, tudo isso com base nos primeiros estudos aplicados desde o ano de 2018 em uma única estação, que foi cedida pela Prefeitura.
Nos testes iniciais realizados pela universidade, a energia renovável gerada pelos painéis solares instalados nas estações-tubo, no prazo mínimo de um mês, foi gerado aproximadamente 80 kWh. Os módulos OPV instalados serão de fabricantes diferentes, nas duas estações-tubo de Itajubá.
O projeto ficará sob a gestão de Anna Gabriella Tempesta, física e analista em Ciência e Tecnologia da universidade, e supervisionado pela professora-doutora Lucimara Roman, do DiNE.
Avaliação das reais condições das estações-tubo, para que não haja imprevistos ou qualquer situação que possa prejudicar o andamento do projeto de energia renovável
Assim que as reais condições de uso sejam avaliadas minunciosamente e que tenham sido feitos os comparativos do desempenho dos módulos OPV instalados de ambos os fabricantes, a Prefeitura Municipal de Curitiba terá o poder de utilizar os relatórios técnicos emitidos pela UFPR com o intuito de levar o projeto para as demais estações-tubo existentes nos corredores de transporte.
A universidade e a prefeitura visam também preparar o corredor Leste-Oeste, para que possa receber o tão planejado ônibus elétrico. Ao fazer a contratação da UFPR, a prefeitura dispensou a licitação e atendeu a Lei Federal 8.666/93, art. 24, inciso XIII, onde consta que a “contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos”.