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Estação Espacial Internacional detecta ondas inéditas a 88 km acima da Terra causadas por furacão Helene

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 14/12/2024 às 19:23
Estação Espacial Internacional detecta ondas inéditas a 88 km acima da Terra causadas por furacão Helene
A Estação Espacial Internacional detectou o fenômeno usando o Instrumento de Ondas Atmosféricas (AWE), que monitora o brilho atmosférico em grandes altitudes. Durante o furacão Helene, o equipamento captou ondas invisíveis que se propagaram pela mesosfera, revelando uma conexão surpreendente entre o clima extremo e as camadas superiores da atmosfera.

Fenômeno raro foi registrado pela Estação Espacial Internacional em setembro de 2024, revelando ondas atmosféricas invisíveis na mesosfera, geradas pelo impacto do furacão Helene, com potencial de afetar satélites e comunicações globais.

Em setembro de 2024, quando o furacão Helene atingiu a Flórida com sua força destrutiva, ninguém imaginava que seus efeitos seriam sentidos muito além do nível do solo. A Estação Espacial Internacional (ISS), localizada a centenas de quilômetros acima da Terra, capturou algo inesperado: ondas atmosféricas invisíveis a olho nu cruzando a mesosfera. Essa descoberta intrigante reforça como eventos terrestres podem impactar camadas mais distantes da atmosfera.

Com a ajuda de instrumentos avançados, como o AWE, os cientistas começaram a desvendar padrões que antes passavam despercebidos, mostrando que até mesmo o ar rarefeito no espaço é influenciado pelas tempestades abaixo.

O que são ondas atmosféricas?

As ondas atmosféricas detectadas pela Estação Espacial Internacional são perturbações geradas por eventos climáticos extremos, como furacões, que se propagam na mesosfera, a cerca de 88 km acima da Terra. Elas são invisíveis a olho nu, mas têm impacto direto na densidade do ar rarefeito, podendo afetar satélites e sistemas de comunicação em órbita.
As ondas atmosféricas detectadas pela Estação Espacial Internacional são perturbações geradas por eventos climáticos extremos, como furacões, que se propagam na mesosfera, a cerca de 88 km acima da Terra. Elas são invisíveis a olho nu, mas têm impacto direto na densidade do ar rarefeito, podendo afetar satélites e sistemas de comunicação em órbita.

Localizada entre 31 e 55 milhas acima do solo pela Estação Espacial Internacional, a mesosfera é uma das camadas menos exploradas da atmosfera. Apesar de parecer isolada, ela é sensível a perturbações vindas da superfície. Quando tempestades intensas, como furacões, ocorrem, elas podem criar “ondulações” que se propagam até essa região remota.

Imagine jogar uma pedra em um lago tranquilo. As ondas se espalham em círculos, certo? É algo parecido com o que acontece na mesosfera. Tempestades massivas criam energia suficiente para movimentar até mesmo o ar nas camadas mais altas, gerando ondas atmosféricas que podem ser detectadas apenas com equipamentos extremamente sensíveis.

A descoberta da Estação Espacial Internacional (ISS): Assinaturas invisíveis

Instalado na Estação Espacial Internacional em 2023, o AWE é capaz de captar padrões sutis no “brilho atmosférico”, uma luz fraca gerada por gases em grandes altitudes. Durante o furacão Helene, ele registrou algo surpreendente: ondas semelhantes a ondulações que se estendiam além da zona principal da tempestade.

As ondas captadas pelo AWE revelaram que o impacto do furacão não ficou limitado ao solo. Essas perturbações se deslocaram horizontalmente na atmosfera superior, mostrando a vasta influência de eventos climáticos extremos.

Impactos das ondas atmosféricas na tecnologia espacial

Embora o ar na mesosfera seja rarefeito, ele ainda pode causar problemas para satélites, de acordo com a Estação Espacial Internacional. Pequenas alterações na densidade atmosférica podem criar resistência inesperada, afetando órbitas e operações críticas. Isso pode parecer irrelevante, mas até mesmo um ajuste milimétrico pode comprometer satélites de comunicação e navegação.

Com os dados coletados pelo AWE, os engenheiros agora têm uma ferramenta valiosa para prever alterações na atmosfera superior. Isso possibilita ajustes preventivos nos satélites, aumentando sua segurança e longevidade em órbita.

Como a mesosfera revela segredos do clima

Outro equipamento essencial para essa descoberta é o Advanced Mesospheric Temperature Mapper (AMTM). Sensível a variações sutis, ele permite que os cientistas observem atividades invisíveis em temperaturas extremas, como os -101°C encontrados na mesosfera.

Desvendar os mistérios da mesosfera pode parecer um objetivo distante, mas essas descobertas têm impacto direto no cotidiano. Afinal, satélites estáveis garantem internet, previsão do tempo e até sistemas de emergência. Investir em tecnologias como o AMTM é como abrir uma janela para uma parte desconhecida do nosso planeta.

As descobertas recentes da Estação Espacial Internacional mostram que o clima da Terra e o espaço estão profundamente conectados. Ondas atmosféricas, geradas por furacões como Helene, destacam a importância de monitorar até as camadas mais altas da atmosfera. Com equipamentos como o AWE e o AMTM, os cientistas estão transformando o desconhecido em conhecimento prático.

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Antonio de Carvalho
Antonio de Carvalho
15/12/2024 08:59

Meu pai me falava que todas população que sumiram da terra, como população maia, incas, egípcios, e muito outros foi por um forte furação na região das coreias este furação furou as três camadas d atmosfera fazendo um toda população destes local serem abduzido pelo vácuo..isto é história que meu pai dezia que era passando de boca a ouvido pela família.

Eliseu
Eliseu
15/12/2024 17:50

Muito bom

Diana
Diana
16/12/2024 01:21

FANTÁSTICO

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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