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Escassez de mão de obra chega ao mundo dos drones! Profissão que rende até 12 MIL por mês está com dificuldade em encontrar profissionais

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 27/09/2024 às 15:25
O mercado de drones está aquecido, com alta demanda e escassez de pilotos. Salários podem ultrapassar R$12 mil. Você está pronto?
O mercado de drones está aquecido, com alta demanda e escassez de pilotos. Salários podem ultrapassar R$12 mil. Você está pronto?

Profissão de piloto de drones está em alta, com grande demanda e salários que chegam a R$12 mil. Empresas lutam para encontrar profissionais qualificados enquanto drones expandem suas funções na indústria e no agronegócio.

Em um mercado em expansão, o setor de drones enfrenta uma inesperada escassez de profissionais capacitados, o que está impulsionando os salários e criando oportunidades que poucos conhecem.

Embora muitas pessoas vejam drones apenas como ferramentas para filmagens, a realidade é que esses dispositivos se tornaram peças essenciais em diversas indústrias, como a agricultura e a exploração de petróleo.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), o número de trabalhadores habilitados a operar drones cresceu 130% entre 2017 e 2022.

Esse aumento contrasta fortemente com o crescimento de apenas 14% no total de trabalhadores com carteira assinada no Brasil durante o mesmo período.

A profissão de piloto de drones já é uma realidade, mas ainda carece de mão de obra qualificada.

De acordo com um estudo conduzido pela Firjan, a média salarial de um operador de drone é de R$8,3 mil.

No entanto, dependendo da área de atuação, como o agronegócio, esse valor pode ultrapassar os R$12 mil, criando uma janela lucrativa para quem deseja ingressar nessa carreira.

A virada na vida de Guilherme Bender

Para muitos, o universo dos drones proporcionou novas perspectivas de carreira. Guilherme Bender, que já foi gerente de restaurantes na China, mudou radicalmente de vida em 2020.

Em entrevista ao site Exame, ele contou que estava de férias no Rio de Janeiro quando a pandemia de Covid-19 e o fechamento dos aeroportos impediram seu retorno ao país asiático.

Sem opções, Bender resolveu investir no mundo dos drones, adquirindo um dispositivo junto com um amigo.

Hoje, ele faz inspeções para grandes indústrias, como a de óleo e gás, além da mineração. Segundo Bender, o mercado de drones é vasto e diversificado.

Ele afirmou que começou com filmagens simples, mas rapidamente percebeu o potencial de uso na indústria.

Essa mudança ilustra a versatilidade dessa nova profissão, que está longe de se restringir à captação de imagens aéreas.

Alta demanda, poucos profissionais

Jonathas Goulart, gerente de estudos econômicos da Firjan e responsável pela pesquisa, destaca que a procura por operadores de drones cresceu exponencialmente nos últimos anos.

Também em entrevista ao site citado, ele explica que o avanço tecnológico permitiu que o equipamento fosse amplamente utilizado em setores como agricultura, monitoramento de estruturas e até inspeções de plataformas de petróleo em alto-mar.

Adauto Boza Júnior, de 24 anos, também faz parte desse novo contingente de operadores de drones.

Há dois anos, ele deixou a carreira militar e passou a comandar as aeronaves remotamente pilotadas em uma fazenda no Mato Grosso do Sul.

Segundo ele, a precisão dos drones tem se mostrado extremamente eficiente no agronegócio.

Boza destaca que a demanda pelo seu trabalho é tão alta que ele também realiza serviços extras de foto e filmagem, mostrando a flexibilidade da profissão.

O impacto da tecnologia na agricultura e nas indústrias

Drones, inicialmente populares por suas aplicações em fotografia e filmagem, agora desempenham papéis críticos na pulverização de pesticidas, no monitoramento térmico do solo e até na manutenção de linhas de transmissão.

Mateus Maia, que atuou por quase uma década como piloto de helicópteros, trocou o controle das aeronaves maiores pela supervisão de drones.

Ele é o fundador da empresa DR1, que oferece serviços de inspeção para grandes companhias do setor de óleo e gás.

No entanto, ele compartilha uma preocupação: a dificuldade de encontrar profissionais qualificados.

Maia explica que, embora existam muitas escolas de formação, os cursos oferecidos costumam ser curtos e não preparam adequadamente os pilotos para o mercado.

Com o crescimento da demanda, empresas como a sua enfrentam constante competição pela mão de obra existente, com funcionários sendo procurados por empresas concorrentes com frequência.

Formação e treinamento: o que o mercado exige?

Para quem deseja ingressar na carreira de piloto de drones, a oferta de cursos de capacitação é grande.

Segundo Guilherme Dias, supervisor do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de São Paulo, a demanda por formação aumentou à medida que o uso de drones começou a complementar as profissões existentes.

O Senai-SP, por exemplo, oferece cursos de introdução à pilotagem e à legislação específica, com ramificações de acordo com a área de atuação do aluno, seja segurança do trabalho ou inspeção em energia.

No campo, a história se repete. Conforme o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), os cursos de pilotagem têm atraído milhares de novos interessados.

Enquanto em 2017, apenas 230 alunos se inscreveram, em setembro de 2024, esse número já havia saltado para 14 mil, um reflexo direto do aumento da demanda tecnológica no agronegócio.

Gabriel Sakita, coordenador técnico do Senar, atribui esse crescimento ao uso de drones na pulverização de pesticidas e no monitoramento de propriedades rurais.

Cursos rápidos, mas essenciais

Aqueles que buscam uma formação inicial também podem encontrar opções no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), que oferece cursos de curta duração.

Claudio Tangari, assessor de inovação da instituição, explica que as aulas itinerantes, além de ensinarem os fundamentos da pilotagem, preparam os alunos para atuar na captação de imagens.

Tangari afirma que, embora seja uma profissão com entrada relativamente fácil, o mercado exige conhecimento técnico, tanto na prática quanto na parte regulatória.

O futuro promissor da profissão de piloto de drones

Com o aumento da demanda e a escassez de profissionais, o mercado de drones se tornou uma verdadeira mina de ouro para aqueles que buscam uma mudança de carreira.

Seja no agronegócio, na indústria ou na produção audiovisual, o potencial de crescimento para operadores de drones parece não ter limites.

Para muitos, essa é uma oportunidade única de ingressar em um setor em ascensão, onde os salários são atraentes e as possibilidades são vastas.

Você tem interesse em ser um piloto de drone? Sua resposta pode nos ajudar a preparar mais matérias sobre cursos pagos e gratuitos sobre o tema em nossas próximas reportagens. Até a próxima!

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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