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Escassez de magnésio se aproxima e indústria automotiva global pode parar até o final do ano

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 24/10/2021 às 14:19
magnésio - semicondutores - indústria-automotiva
Fábrica automotiva no interior de SP – créditos: UOL/Divulgação

Crise dos semicondutores é apenas o ponto inicial da grave situação que está se formando na indústria automotiva. A estimativa é que as unidades fabris parem de produzir completamente até o final do ano pela falta de magnésio, peça chave na produção de componentes do ramo 

De acordo com o Financial Times, uma nova crise de abastecimento para as linhas de produção na indústria está se aproximando, além da atual problemática de fornecimento dos semicondutores, que já vem sendo enfrentado pelas montadoras do setor automotivo há algum tempo. Especialistas destacam que a próxima ameaça para a indústria automotiva é uma grave escassez de magnésio, que atingirá o mundo todo. O magnésio é utilizado em diversas ligas de alumínio e é muito provável que antes do final do ano, a falta desse importante material possa ocasionar o fechamento parcial ou até mesmo total de fábricas mundo afora.

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Além da crise dos semicondutores, indústria automotiva global deve se preocupar também com a falta de magnésio

São muitas as peças automotivas que utilizam magnésio em sua composição, dentre elas estão: painéis de carroceria, rodas, eixos, blocos de motor, freios, placas de suspensão, tanques de combustível, dentre outras peças.

Dessa forma, com alumínio e magnésio interligados, possibilidade de haver uma crise de abastecimento é bem alta. Da mesma forma como no caso dos semicondutores, a problemática está concentrada na China, pois cerca de 85% do fornecimento de magnésio do mundo é oriundo do país asiático.

No momento atual, a China está passando por uma grave crise energética. Yulin – que é a cidade que mais produz magnésio na China – precisou ordenar o fechamento imediato de 35 de suas 50 unidades de produção.

Cerca de 15 unidades locais restantes foram instruídas a reduzir suas operações pela metade, algo que irá impactar drasticamente no volume de produção das unidades. Essa redução feita se alia junto a vida curta e útil do magnésio, que se oxida com um alto índice de rapidez.

Situação crítica na indústria automotiva europeia

Na Europa a situação está caminhando em direção a uma fase crítica, com as reservas de magnésio podendo secar até o fim deste ano. Nos Estados Unidos, apesar da crise na indústria automotiva, a situação é um pouco mais otimista, já que os EUA também pode ser um produtor global de magnésio, porém sua capacidade de produção está abaixo do nível chinês.

Desse modo, a indústria automotiva poderia reerguer-se em um prazo médio, contando com a melhora da situação da China. Mas infelizmente, a ameaça de que um grave problema global aconteça em breve, continua sendo real e assustador ás indústrias fabris de peças automotivas. A angústia agora é saber como o Brasil irá lidar com a grave crise que já está se aproximando.

Atualmente, algumas marcas estão tentando se recuperar da falta de semicondutores, porém algumas fábricas fecharam temporariamente. Com a falta de ligas de alumínio e a escassez de magnésio, a situação das indústrias, tanto brasileiras como estrangeiras, tendem a piorar a longo prazo.

O impacto da crise de chips semicondutores, nos carros de entrada

Carros e mais carros ficam à espera desses componentes para que possam sair das fábricas. Esse é um dos principais motivos da ausência dos carros de entrada, nas concessionárias brasileiras, e quem compra um novo, espera meses pela chegada do veículo.

Os chips semicondutores são responsáveis pelos sistemas modernos de segurança, ar- condicionado, entretenimento, transmissão, assistência ao condutor e iluminação. Com a pandemia, os fabricantes asiáticos desse produto não tinham compradores, pois as montadoras estavam paralisando a produção, então partiram para outro mercado.

Atualmente, a crise de chips semicondutores faz com que o produto seja mais escasso e saia mais caro. Sendo assim, as montadoras optam por usar os componentes mais sofisticados apenas em veículos que já possuem um preço alto, para que possam ter uma margem de lucro maior.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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