O desenvolvimento dos projetos de exploração e produção de gás natural da Equinor no Brasil devem privilegiar o abastecimento do mercado interno de energia.
A norueguesa estuda instalar um FPSO para produção de gás e condensado na área do bloco exploratório BM-C-33, onde está a descoberta de Pão de Açúcar, em águas profundas da Bacia de Campos. Os estudos iniciais da empresa apontam para uma unidade de produção com capacidade de produzir entre 16 e 20 milhões de m³/dia de gás natural, com 8 a 12 risers. O primeiro gás poderia ser produzido, a depender de outros fatores, a partir de 2026.
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A empresa também está licenciando duas plataformas do tipo FPSO para produzir o petróleo e gás em Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos. A primeira unidade de produção, com capacidade para 220 mil barris por dia de petróleo e 15 milhões de m³/dia de gás natural, será a maior do país e deve entrar em operação em julho de 2024.
A segunda plataforma, que pode representar um segunda fase de desenvolvimento de Carcará, ainda está em estudo pelo consórcio liderado pela Equinor.
Gas-to-power pode ancorar produção de gás
Os projetos de gas-to-power podem ser uma nova âncora para o desenvolvimento da produção de projetos de gás natural no país, estima Thiago Teixeira, o superintendente adjunto de Petróleo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
O superintendente da EPE mostrou que o desenvolvimento da produção de gás natural no pré-sal vai requerer infraestrutura adicional com a criação de novas rotas para escoamento de gás natural. Alertou também os leilões de demanda de energia precisarão ser conciliados com os processos de decisão de investimentos de upstream brasileiro.
Teixeira mostrou ainda que faz sentido colocar projetos de geração de energia a partir de gás natural na base da geração no país. Citou o projeto de Marlim Azul, da Shell. A usina foi o primeiro projeto vencedor dos leilões de energia com gás do pré-sal brasileiro. A planta entrará em operação em 2022, disponibilizando ainda energia adicional a ser vendida no mercado livre.
A Eneva é pioneira do modelo no país, com o projeto de geração de energia a partir do gás onshore que é produzido na Bacia do Parnaíba, no Maranhão. Agora, a empresa vai replicar o modelo com a térmica Jaguatirica II, de 117 MW de potência, vencedora do 1º leilão para sistema isolado. O projeto vai gerar energia para Roraima a partir do gás natural produzido no campo de Azulão, na Bacia do Amazonas. O investimento no projeto é estimado em R$ 1,8 bilhão. Por – epbr
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