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Histórico! Energia solar desbanca petróleo pela primeira vez; uma única usina já é suficiente para abastecer toda a Itália por um ano!

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 20/06/2024 às 20:30
Histórico! Energia solar desbanca petróleo pela primeira vez; uma única usina já é suficiente para abastecer toda a Itália por um ano!
Foto: DAll-e

Energia solar supera petróleo na China e pode atingir 27 exajoules de eletricidade. Com este marco histórico, o país deixa os EUA para trás e se torna líder no segmento.

O Gás e o petróleo impulsionaram mais de cem anos de desenvolvimento econômico e industrial no mundo, contudo, a demanda por eletricidade de usina solar está crescendo ainda mais rápido com o investimento da China em Energia Verde. Sete gigantes empresas de energia solar na China estão gerando energia solar suficiente para superar as reservas energéticas das sete maiores empresas de petróleo. A maior delas, Tongwei Co., constrói, em um ano, painéis solares suficientes para abastecer toda a Itália. Confira como a energia solar está superando o petróleo.

Energia solar supera petróleo e pode atingir 27 exajoules de energia

O custo da energia solar caiu drasticamente nos últimos 20 anos e a pesquisa sobre a eficiência de uma usina solar percorreu um longo caminho ao mesmo tempo. É comum observar as tendências e concluir que a energia solar supera petróleo e se tornará a principal fonte de energia nos próximos cem anos. A simplicidade, durabilidade, baixo custo e alta eficiência da energia solar já a tornam uma escolha evidente. E à medida que continua a melhorar, sua popularidade só tende a crescer.

Segundo um relatório da Bloomberg, os sete maiores gigantes do setor de petróleo (Exxon, Shell, Chevron, TotalEnergies, BP, ConocoPhillips e Eni) extraem cerca de 40 exajoules de energia petrolífera por ano, equivalente a aproximadamente 18 milhões de barris por dia. Quando comparamos isso com os exajoules de eletricidade produzidos pelas sete maiores empresas de energia solar da China, a diferença não parece tão impressionante.

No entanto, é importante considerar que a maior parte da energia do petróleo é perdida como calor e ruído. Ademais, a produção de energia vitalícia de um painel solar não é considerada, apenas o que ele produz em um ano. A maioria dos painéis solares de uma usina atual tem uma garantia de 25 anos, enquanto o petróleo e o gás extraídos este ano serão consumidos em um ou dois meses e desaparecerão para sempre.

Usando uma métrica de produção conservadora, os painéis solares de uma única usina em 2024 contribuirão com cerca de 27 exajoules de eletricidade para a rede. Em comparação, o petróleo e o gás extraídos pela Exxon este ano representarão apenas seis exajoules. Na verdade, a energia combinada de todos os sete maiores produtores de petróleo será menor do que a produção solar de longa duração da Tongwei.

Energia solar supera petróleo na China e EUA fica para trás

Desde a primeira revolução industrial, que elevou Grã-Bretanha, Alemanha e EUA, ricos em carvão, ao domínio, e a ascensão do petróleo trouxe poder e riqueza à Rússia e ao Oriente Médio, enquanto alargava a liderança global dos Estados Unidos, as nações que controlavam essas fontes de energia lideraram os séculos seguintes.

Atualmente, sete empresas chinesas têm uma participação maior na principal fonte de energia do século XXI do que as Sete Irmãs do Petróleo tinham no século XX. Com isso, a energia solar supera petróleo na China, enquanto os EUA ficam muito atrás em termos de pesquisa, desenvolvimento e produção. A China, portanto, quase certamente terá a vantagem no futuro da produção de energia.

É importante salientar que a China inaugurou recentemente a maior usina solar do mundo em Xinjiang, com capacidade de 3,5 gigawatts, abrangendo mais de 13.300 hectares. A usina, operada pela CGDG e Power Construction Corp of China, está localizada em uma região desértica de Urumqi, a capital de Xinjiang. A instalação tem o potencial de gerar cerca de 6.090 milhões de quilowatts-hora por ano, o que seria suficiente para abastecer regiões como Papua Nova Guiné.

À medida que a energia solar supera petróleo, Xinjiang desempenha um papel crucial na expansão da pegada energética da China. A região é um ponto central na produção de polisilício, um componente essencial para as células fotovoltaicas usadas em painéis solares. Xinjiang abriga quatro das cinco maiores fábricas de polisilício do mundo, destacando o baixo custo energético local, que resulta da abundância de carvão na região.

Brasil atinge 40 GW e fica em 6º lugar na geração de energia solar mundial

A energia solar supera petróleo na China, contudo, não é apenas o país asiático que cresce no setor. O Brasil subiu duas posições no ranking global e agora é o 6º maior produtor de energia solar do mundo. O país fechou o último ano com mais de 37 GW gerados por energia solar disponíveis de capacidade operacional. O levantamento foi apurado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, com dados da Agência Internacional de Energias Renováveis (Irena). O setor arrecadou R$ 5,6 bilhões no último ano, valor 49% maior que no ano anterior.

Apenas em 2023, foram adicionados quase 12 GW de potência, se levar em conta toda a capacidade adicionada anual, o Brasil fica em 4º lugar. Atualmente, a energia de usina solar é a segunda maior na matriz elétrica nacional, responsável por mais de R$ 195 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 1,2 milhão de empregos. A participação desta modalidade equivale a 17,4% da produção de energia no Brasil. Para a Absolar, a energia gerada por usinas fotovoltaicas está se tornando cada vez mais competitiva no país.

Segundo Rodrigo Sauaia, presidente da associação, o Brasil possui um dos melhores recursos solares do mundo e assume cada vez mais protagonismo neste processo de transição energética e combate ao aquecimento global. É importante mencionar que neste ano de 2024 o Brasil atingiu uma marca histórica no setor, visto que o país superou os 40 GW de capacidade instalada da fonte.

O volume soma sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, modalidade conhecida como geração distribuída (GD), e grandes usinas solares, em geral contratadas nos leilões centralizados promovidos pelo governo federal. O segmento GD conta com 27,5 GW e a centralizada conta com 12,5 GW de potência instalada.

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Débora Araújo

Escrevo sobre energias renováveis, automóveis, ciência e tecnologia, indústria e as principais tendências do mercado de trabalho. Com um olhar atento às evoluções globais e atualizações diárias, dedico-me a compartilhar sempre informações relevantes.

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