Bruxelas apresenta hoje uma nova Estratégia para a Energia eólica Offshore. O eólico flutuante representará até um terço de toda a capacidade instalada e há oportunidades nos mares de Portugal.
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A nova estratégia de Bruxelas para o mercado de energia eólica offshore
A nova estratégia europeia para a energia eólica offshore vai ser apresentada esta quinta-feira, em Bruxelas, pelo vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e pela comissária para a Energia Kadri Simson. Estão previstos 300 GW de energia eólica offshore na União Europeia até 2050 e há oportunidades nos mares de Portugal.
Por volta de 2040, a energia eólica offshore produzida a partir do vento nos mares europeus deverá ser já a principal fonte da eletricidade consumida na maioria dos países. Antes disso, a Estratégia hoje revelada vê as eólicas offshore a crescer na União Europeia (UE) dos atuais 12 GW para 60 GW em 2030, ou seja, uma capacidade cinco vezes superior no espaço de 10 anos. Feitas as contas às expectativas de ter 300 GW em 2050, trata-se de multiplicar por 25 os GW disponíveis em 30 anos.
Portugal deve crescer no mercado de energia renovável
Hoje em dia, países como Portugal estão ainda limitados nas renováveis, principalmente no que tange a energia eólica offshore, por causa das águas profundas onde não é possível fixar as turbinas ao fundo do mar, como acontece na Dinamarca, no Mar do Norte, por exemplo.
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A nova estratégia da energia eólica em Portugal vem agora defender que “todas as costas europeias beneficiem desta energia” e apoia a expansão das turbinas flutuantes. Esta é, para já, a única tecnologia compatível com as maiores profundidades que atingem os mares do oceano Atlântico, do Mar Mediterrânico e do Mar Negro. Sem esquecer as ilhas que neles existem e que assim sairão também beneficiadas.
Para já, a Europa tem apenas dois pequenos parques de energia eólico offshore — um deles do consórcio Windplus, liderado pela EDP, Engie e Repsol, ao largo de Viana do Castelo: o Windfloat Atlantic, com três turbinas e 25 MW de capacidade instalada. Mas deverá ter 300 MW flutuantes já em 2022 e 7 GW em 2030 com planos de expansão para Portugal.
Cada turbina pode gerar 15 milhões de euros para Portugal
O CEO defende ainda que a expansão da energia eólica offshore na Europa vai ajudar na recuperação económica pós-Covid-19. “Cada nova turbina eólica offshore gera 15 milhões de euros de atividade económica. O Plano de Recuperação da UE pode ajudar a apoiar os investimentos em infraestruturas necessários, nomeadamente em redes e portos. Os Estados Membros devem refletir isso nos seus Planos de Recuperação e Resiliência”, defende.
O responsável considera que a Estratégia apresenta pontos importantes sobre o planeamento do espaço marítimo e um enquadramento legal sobre parques eólicos offshore conectados a dois ou mais países.
Esses parques conhecidos como “híbridos” terão um papel importante porque permitem poupar dinheiro e espaço e ainda melhoram os fluxos de energia entre países vizinhos de Portugal. Até 7 GW de parques híbridos offshore já estão em desenvolvimento, aponta.