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Enauta paralisa operações de exploração de petróleo offshore no FPSO do Campo de Atlanta

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 07/07/2022 às 09:59
Com novas aquisições, fusões e projetos no ramo de petróleo e gás natural, a companhia Enauta está agota buscando expandir e diversificar seu portfólio de ativos no setor e afirmou que não pretende vender o Campo de Atlanta, contrariando os rumores.
Foto: Pixabay

A paralisação da Enauta no FPSO do Campo de Atlanta foi programada e a empresa utilizará o período de suspensão na exploração do petróleo offshore para realizar adequações de segurança e atender às exigências do Ministério do Trabalho.

Durante a última sexta-feira, (01/07), a companhia do ramo de petróleo e gás Enauta realizou a paralisação programada para a exploração de petróleo offshore no seu FPSO do Campo de Atlanta, localizado na Bacia de Santos. Dessa forma, a empresa pretende ajustar algumas questões de segurança no período de suspensão, além de preparar alguns processos para a chegada futura da nova plataforma do tipo FPSO no local.

Paralisação programada da exploração de petróleo offshore no Campo de Atlanta foi iniciada pela Enauta na última sexta-feira 

Seguindo todos os prazos programados para o calendário de exploração de petróleo e gás natural na região da Bacia de Santos, a Enauta anunciou uma parada programada na produção do Campo de Atlanta. Assim, a empresa suspendeu por hora a plataforma FPSO Petrojarl I, responsável pela exploração dos combustíveis na região. Agora, a empresa pretende utilizar o tempo de suspensão para resolver questões quanto à exploração e está prevendo retomar a produção de óleo e gás no local já por volta do mês de agosto deste ano. 

O principal objetivo da Enauta na paralisação da plataforma FPSO no Campo de Atlanta é utilizar o período para resolver pendências e questões de segurança e adequar toda a cadeia de exploração às exigências do Ministério do Trabalho.

Por fim, a empresa também pretende aproveitar o período e preparar a plataforma FPSO Petrojarl I para a sua recertificação pela DNV (Det Norske Veritas), visando à extensão dos contratos de Afretamento e de Operação e Manutenção (O&M) do navio por até dois anos.

Assim, a Enauta optou pela adoção de uma única paralisação em prol dessas questões, como forma de retomar quanto antes a exploração do petróleo offshore na região. A empresa ainda destacou em comunicado: “A Enauta optou por realizar uma parada única para a realização combinada das atividades, permitindo reduzir o tempo necessário. Uma vez obtida a recertificação, a extensão contratual do FPSO permitirá a operação contínua da produção até a entrada do Sistema Definitivo de Produção, previsto para meados de 2024”.

Adequações no FPSO Petrojarl I no Campo de Atlanta serão essenciais para preparar terreno para a chegada do FPSO Atlanta, futura plataforma da Enauta

A utilização do FPSO Petrojarl I pela Enauta no Campo de Atlanta está atualmente seguindo uma posição altamente estratégica para o futuro, já que a empresa pretende incluir uma nova plataforma na Bacia de Santos, o FPSO Atlanta.

Dessa forma, com à recertificação, a empresa conseguirá dar continuidade à operação do campo de petróleo offshore utilizando a plataforma já utilizada no Campo de Atlanta até a entrada do novo FPSO, que está previsto para ser iniciado na região por volta do início do ano de 2024. 

Atualmente, o FPSO Atlanta está passando por operações de conversão em Dubai Drydocks World, com atividades que incluem a atualização de estruturas, reforma e aprimoramento de equipamentos. Dessa forma, ao fim do processo, ela terá a capacidade de produção de 50.000 BOPD, 12,4 MMscfd de gás e capacidade de armazenamento de 1.800.000 bbl. 

Essa nova plataforma é a aposta futura da Enauta para a exploração de petróleo offshore, uma vez que ela terá uma capacidade de armazenamento 10 vezes superior à Petrojarl I, com capacidade de produção de 30 mil barris de petróleo por dia e capacidade de armazenamento de 180 mil barris. Dessa forma, utilizar o FPSO atual é apenas uma medida de segurança na produtividade enquanto a empresa aguarda o início das novas operações.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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