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Empresa indiana desembarca no Brasil e coloca R$ 215 milhões na mesa: nova fábrica, 155 hectares de terras e mais de 300 empregos a caminho

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 04/11/2025 às 23:36
Multinacional DXN investe R$ 215 milhões em fábrica de suplementos em Minas Gerais e promete mais de 300 empregos diretos.
Multinacional DXN investe R$ 215 milhões em fábrica de suplementos em Minas Gerais e promete mais de 300 empregos diretos.
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Multinacional de suplementos investe milhões em Minas Gerais para ampliar presença na América Latina e promete movimentar o mercado com nova fábrica, cultivo próprio e geração expressiva de empregos diretos e indiretos.

A multinacional DXN vai construir uma fábrica em Ibiá (MG), no Alto Paranaíba, com investimento estimado em US$ 40 milhões (cerca de R$ 215 milhões) e geração prevista de mais de 300 empregos diretos.

Para garantir o fornecimento de matéria-prima à unidade, a companhia adquiriu um terreno de 155 hectares em Araxá, município vizinho que também integra a mesma região.

Além de consolidar a presença no mercado brasileiro, a empresa mira a expansão na América Latina.

A operação local abrangerá processamento e manufatura de suplementos e bebidas funcionais, com ênfase em café processado e itens de bem-estar.

Fábrica em Ibiá: o que será produzido

A planta de Ibiá foi concebida para apoiar o projeto de crescimento no segmento de suplementos naturais, café saudável e produtos de bem-estar.

Segundo a empresa, a unidade deve integrar cadeia própria de cultivo, processamento e distribuição, estratégia que a marca já adota em outros países.

O terreno adquirido em Araxá, com 155 hectares, será destinado ao cultivo de insumos agrícolas que abastecerão a linha de produção.

A verticalização é apontada como elemento-chave para padronizar qualidade e ampliar escala de fabricação no país.

Empregos e impacto regional

A expectativa inicial é de criar mais de 300 vagas diretas na fase de operação, além de oportunidades indiretas em áreas como logística, manutenção e serviços.

A chegada da fábrica em Ibiá tende a reforçar o polo agroindustrial do Alto Paranaíba, que reúne atividades de processamento de alimentos e insumos agrícolas e dispõe de malha rodoviária que conecta a região a importantes mercados consumidores.

Enquanto isso, Araxá deve sentir efeitos imediatos na cadeia agrícola com o início do cultivo, impulsionando fornecedores de mudas, insumos, irrigação e serviços especializados.

A proximidade entre as duas cidades reduz custos logísticos e facilita o escoamento de matérias-primas para a planta fabril.

Investimento total previsto no Brasil

No plano mais amplo, a empresa projeta um aporte total de até R$ 2 bilhões para estruturar sua operação no território brasileiro.

O valor engloba etapas de implantação industrial, expansão logística e desenvolvimento agrícola.

A consolidação desse montante, porém, depende de cronogramas de execução e de licenciamentos ao longo do projeto.

Expansão paralela da McCain em Araxá

Na mesma região, a McCain, fabricante de batatas pré-fritas congeladas, anunciou investimento de R$ 1,8 bilhão para ampliar sua fábrica em Araxá.

O plano inclui nova linha de produção e modernização de processos, com estimativa de cerca de 350 empregos diretos após a conclusão das obras.

A iniciativa adiciona pressão positiva sobre o mercado de trabalho local e reforça o papel do Alto Paranaíba como corredor agroindustrial.

Embora os projetos sejam independentes, a soma de investimentos cria um ambiente de maior dinamismo na região, estimulando serviços de apoio, transporte e qualificação profissional.

Para os municípios, o ciclo de implantação costuma vir acompanhado de novas arrecadações e demanda por infraestrutura.

Perfil e origem da DXN

A DXN foi fundada em 1993 por Datuk Lim Siow Jin e tem sede na Malásia, com atuação global em suplementos e alimentos funcionais associados ao Ganoderma.

A companhia opera do cultivo à comercialização, com portfólio que inclui suplementos, alimentos e bebidas, higiene pessoal, cuidados com a pele e cosméticos, itens para o lar e tratamento de água.

No Brasil, a estratégia passa por combinar produção agrícola dedicada, processamento industrial e distribuição nacional.

A decisão pela instalação em Minas Gerais considera oferta de terras aptas ao cultivo, disponibilidade de mão de obra e acesso a rodovias que conectam o estado a centros consumidores do Sudeste e do Centro-Oeste.

Próximas etapas e cronograma

Com a definição do local da fábrica e a compra da área agrícola, a companhia avança em trâmites de licenciamento e implantação.

As fases seguintes incluem contratação de equipes técnicas, aquisição de equipamentos e testes de comissionamento.

As vagas de trabalho devem ser abertas gradualmente, acompanhando o calendário de obras e a entrada em operação das linhas produtivas.

Para o poder público local, o projeto é tratado como vetor de desenvolvimento.

A prefeitura de Ibiá vem articulando encontros com a empresa para acompanhar as etapas de instalação e mapear necessidades de infraestrutura e qualificação, alinhadas à expectativa de geração de empregos.

O que muda para o mercado de suplementos e cafés funcionais

A chegada de uma fabricante com base agrícola própria pode alterar a dinâmica competitiva no segmento de suplementos e bebidas funcionais.

Ao integrar cultivo e processamento, a empresa tende a ganhar eficiência de custos e previsibilidade de fornecimento, fatores relevantes em uma categoria que pede padronização de qualidade e conformidade regulatória.

Além disso, a proximidade entre campo e fábrica reduz prazo entre colheita e processamento, o que favorece consistência do produto final.

No café funcional, a produção local abre espaço para novas linhas com ingredientes combinados a extratos vegetais.

Essa tendência atende um consumidor atento a composição, rastreabilidade e atributos de saúde, exigência que empurra a indústria para fórmulas mais transparentes e com lastro em boa prática agrícola e industrial.

Contexto regional: sinergias e desafios

Ibiá e Araxá compartilham histórico ligado ao agronegócio, mineração e indústria de alimentos.

O ciclo atual de investimentos, com R$ 215 milhões da DXN e R$ 1,8 bilhão da McCain, tende a intensificar o uso da infraestrutura regional.

Ainda que haja capacidade disponível, gargalos de logística, energia e qualificação podem emergir conforme a produção avance.

Por outro lado, o aumento de demanda por serviços auxilia a atrair fornecedores e a viabilizar cursos técnicos e parcerias com instituições de ensino.

A experiência de outras cidades mineiras mostra que projetos industriais desse porte costumam irradiar efeitos econômicos para além do município-sede, atingindo microrregiões inteiras.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas e também editor do portal CPG. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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