1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Físico brasileiro desenvolve turbina subaquática 60 vezes menor e que produz 3 vezes mais energia que as turbinas eólicas tradicionais
Tempo de leitura 3 min de leitura

Físico brasileiro desenvolve turbina subaquática 60 vezes menor e que produz 3 vezes mais energia que as turbinas eólicas tradicionais

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 09/02/2023 às 12:35
Atualizado em 16/02/2023 às 12:15
Empresa desenvolve turbinas subaquáticas 60 vezes menor que produzem 3 vezes mais energia que as turbinas eólicas tradicionais
Foto: Divulgação

Físico brasileiro desenvolveu turbinas subaquáticas que podem ser muito mais eficientes que as turbinas eólicas tradicionais. Apenas uma única turbina pode gerar energia limpa para 22 mil residências.

Em meio à busca das empresas por formas renováveis de gerar energia, visto que 80% da energia mundial gera gases poluentes, o Físico brasileiro pode ter encontrado um meio de fazer isto. A empresa desenvolveu uma nova geração de turbinas subaquáticas que são muito menores, geram mais energia que turbinas eólicas e foram desenvolvidas especificamente para captar energia no oceano.

Turbinas subaquáticas medem 3m e podem gerar 5 MW de potência

https://www.youtube.com/watch?v=_oUM_2OJAYg
Conceito TIDALWATT

Segundo Maurício Queiroz, fundador e CEO da startup, quando a fonte de energia é previsível e constante, como é o caso exclusivo do oceano, é possível afirmar que esta fonte garante segurança energética.

Desta forma, o oceano é a única fonte de energia limpa segura. As correntes oceânicas já estão extensamente mapeadas no mundo inteiro, por isso já conhecemos diversas posições para a instalação destas turbinas subaquáticas.

O produto é desenvolvido exclusivamente para capturar energia hidrocinética associada às correntes subaquáticas. Ao contrário das turbinas eólicas, esta tecnologia não tem como base mecanismos eólicos ou aeronáuticos, que perdem energia entre as hélices da turbina eólica, mas sim capta continuamente a energia gerada pelas correntes a montante.

Queiroz explica que uma turbina subaquática de 3 m de diâmetro tem capacidade para gerar 5 MW de potência a uma corrente de 1,87 nós, praticamente a mesma potência de uma turbina eólica de 180 m de diâmetro. Desta forma, a turbina com diâmetro 60 vezes menor, gera a mesma potência. Além disso, por conta da disponibilidade da fonte, uma turbina eólica gera energia 90% do tempo, ou seja, sendo 3,6 mil vezes menor em área de abrangência, visto que as turbinas da startup podem gerar 3 vezes mais energia.

Apenas uma turbina subaquática pode gerar energia para 22,8 mil famílias

A Startup planeja instalar suas turbinas em locais com velocidades médias de corrente acima de 1 nó, gerando 5 MW com a capacidade da turbina variando entre 70 e 95%. Considerando o consumo médio de energia das casas brasileiras, Queiroz afirma que cada uma destas turbinas pode atender cerca de 22.800 famílias.

O executivo ressalta que, quando falamos em capacidade de geração de energia, estamos falando de quanta energia disponível na natureza pode ser transformada em eletricidade. Em relação ao oceano, depende da infraestrutura que será construída com os investimentos para suprir a demanda de diversas localidades.

A empresa também foca em proteger a vida marinha, visto que os locais de instalação foram escolhidos longe dos recifes de corais para que os ecossistemas circundantes sejam protegidos, evitando a pesca de arrasto no fundo do oceano. Assim como as bases de algumas usinas com turbinas eólicas, recifes artificiais serão formados para permitir que várias espécies marinhas vivam e se reproduzam com segurança por lá.

Benefícios ambientais

A tecnologia do Físico brasileiro promete benefícios ambientais e econômicos e se alinha com os ODS 7,13 e 14, de energia limpa e acessível, ação contra a mudança climática e vida abaixo da água, respectivamente.

O sistema foi desenvolvido para transformar áreas oceânicas economicamente inativas e desabitadas em fontes de receitas sem perturbar os ecossistemas circundantes e sem gerar qualquer poluição visual ou sonora. As estruturas são muito menores do que as turbinas eólicas, portanto mais fáceis de manter, e mais versáteis, podendo ser instaladas em rios sem os efeitos negativos das hidrelétricas.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos