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Empresa desenvolve ‘pipa aquática’ capaz de gerar energia com as ondas do mar

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 09/06/2023 às 11:46
Empresa desenvolve 'pipa aquática' capaz de gerar energia com as ondas do mar
Foto: Minesto/Divulgação

Empresa sueca desenvolve uma espécie de ‘pipa aquática’, capaz de gerar eletricidade por meio da energia das ondas do mar.

A empresa Sueca Minesto, desenvolveu um novo dispositivo chamado Dragon 4 que ajuda a fornecer energia renovável para as ilhas Faroé, um arquipélago localizado entre a Islândia e a Escócia. O dispositivo atua como uma ‘pipa aquática’ que gera energia por meio de fluxos das marés e correntes oceânicas, ou seja, energia das ondas.

Com um design modular, leve e escalável, o Dragon 4 vem sendo testado há mais de 10 anos e, desde o último ano, gera energia à rede elétrica das Ilhas Faroé.

Pipa aquática’ possui uma capacidade total de 120 MW

Segundo a Minesto, a asa do equipamento utiliza a força de sustentação hidrodinâmica gerada pela corrente subaquática para que a pipa se mova. Com um sistema de controle a bordo, a pipa é levada de forma autônoma em uma trajetória pré-determinada em forma de oito, puxando a turbina por meio da energia das ondas do mar em fluxo de água várias vezes maior do que a velocidade real do fluxo. O eixo da turbina move o gerador que produz energia e envia para a rede.

O pequeno sistema de 100 kW foi instalado em outubro do último ano nas Ilhas Faroé e apresentou resultados recordes em termos de energia total gerada, conversão de energia em geral e desempenho máximo.

Um segundo equipamento já foi instalado e desde então a empresa conta com um plano detalhado para o desenvolvimento gradual de conjuntos de turbinas. Com uma capacidade total de 120 MW de energia das ondas do mar, gerando cerca de 350 GWh anuais, as matrizes forneceriam 40% do crescente consumo de energia das Ilhas Faroé.

Minesto pretende levar pipa aquática para Taiwan e Filipinas

De acordo com a Minesto, o equipamento de geração de energia é uma tecnologia oceânica patenteada que utiliza o mesmo princípio de empinar uma pipa por meio do fluxo eólico. Entretanto, o mesmo é aplicado ao movimento das marés, aproveitando a energia concentrada da água, que é quase mil vezes mais densa que o ara.

A União Europeia tem como objetivo obter 40 GW de energia oceânica até 2050, entretanto o desenvolvimento e a expansão dessa tecnologia ainda enfrentam altos custos e grandes desafios.

A Minesto já fechou parcerias para levar a tecnologia de energia das ondas do mar para as Filipinas e Taiwan, cujo abastecimento energético provém 95% de combustíveis fósseis. O objetivo é aproveitar a fonte inesgotável de energia renovável gerada pela força das marés e expandir o acesso à energia limpa em países que ainda dependem dos combustíveis fósseis.

Com os benefícios apresentados pelo Dragon 4, como escalabilidade, capacidade de gerar energia limpa por meio de fontes renováveis e inesgotável, a tecnologia possui potencial para ajudar a enfrentar os desafios da transição energética no mundo inteiro, ajudando na redução das emissões de gases de efeito estufa para garantir a sustentabilidade ecológica e econômica das regiões onde é implementada.

Energia das ondas do mar cada vez mais explorada

Além da Minesto, a CorPower Ocean, empresa também da Suécia, está criando uma ótima solução para gerar energia limpa por meio do mar. Usando a energia das ondas, a empresa criou um novo sistema que transforma o movimento da água em energia para abastecer cidades de forma sustentável.

A solução é extremamente prática em mar aberto, visto que as turbinas flutuantes podem absorver a energia renovável mais eficiente. A solução foi criada pela empresa devido ao baixo custo e conta com um conversor que capta a energia das ondas e transforma em eletricidade.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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