Laser Power Systems está desenvolvendo um carro movido a energia nuclear que pode ter autonomia “infinita” com apenas alguns gramas de um elemento semelhante ao urânio.
A grande busca por mais eficiência e sustentabilidade em energia, fez com que a empresa americana Laser Power Systems, de Connecticut, iniciasse o desenvolvimento de uma nova forma de propulsão, que utiliza o tório na produção de energia para alimentar um motor de carro. O Tório é um elemento parecido com o urânio e, por ser um material muito denso, tem o potencial de produzir grandes quantidades de calor, conseguindo gerar energia nuclear.
Carro movido a energia nuclear com autonomia “infinita”
Segundo Charles Stevens, CEO da empresa, apenas uma grama de tório consegue gerar mais energia do que 28 mil litros de gasolina. O executivo afirma que 8 gramas de tório seria suficiente para alimentar um carro movido a energia nuclear por toda a sua vida.
Stevens explica que pequenos pedaços de tório foram utilizados para gerar energia nuclear e foram posicionados para criar um laser de tório. Os lasers aquecem a água para gerar vapor e alimentar diversas miniturbinas.
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Um motor pesando cerca de 227 kg seria compacto e leve o suficiente para caber sob o capô de um carro comum. Caso o carro movido a energia nuclear saia do papel, a gasolina e outros combustíveis fósseis serão considerados ultrapassados.
O executivo da empresa afirma que criar turbinas e geradores utilizáveis e portáteis era algo mais difícil de se produzir do que os próprios lasers de energia nuclear. A pergunta é: Como é possível pegar o laser e juntar essas coisas com eficiência? Esta é a pergunta de US$ 1 bilhão que o executivo e os 40 colaboradores da Laser Power Systems estão tentando responder.
Austrália possui 330 mil toneladas de Tório
Caso a empresa consiga fazer com que este tipo de tecnologia funcione, o CEO afirma que os carros movidos a energia nuclear podem ter uma autonomia de milhões de quilômetros. A Austrália estaria muito bem posicionada para se tornar um gigante global na produção de energia e produtora de tório.
O carro se desgastará muito antes do motor. Não há petróleo, não há emissão de poluentes ou algo do tipo. De acordo com dados do US Geological Survey, a Austrália possui o segundo maior nível de tório do mundo, com 333.690 toneladas, representando algo entre um quarto e um sexto das reservas da fonte do mundo.
É importante ressaltar que o conceito de carro movido a energia nuclear não é novo. Em 2009, Loren Kulesus apresentou o Cadillac World Thorium Fuel Concept. Kulesus afirma que além de ajustar os 24 pneus do veículo a cada 5 anos, nenhum elemento do veículo precisaria ser adicionado ou subtraído em 100 anos.
Energia nuclear pode ser a chave da sustentabilidade, afirma CEO da Core Power
A Core Power, empresa do Reino Unido, anunciou recentemente uma nova linha de negócios para usinas de dessalinização flutuantes. Embora as usinas em terra desse tipo tenham sido construídas no mundo todo, o custo de construção, fornecimento de combustível e manutenção é muito elevado.
Além disso, são utilizados combustíveis fósseis para a geração de energia. Os navios conceito da empresa utilizam instalações flutuantes, desenvolvidas em cascos de navios tradicionais, alimentados por micro reatores de energia nuclear, os navios conceito podem disponibilizar energia elétrica e água dessalinizada.
Esses navios podem gerar água em uma taxa entre 60 mil a 450 mil m² por dia, correspondendo à escala das instalações construídas para dessalinizar água do mar existentes.