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Empreiteira Ferreira Guedes recebe aval da Eletronuclear para a retomada das obras da Usina Nuclear Angra 3, que iniciaram em 1984 e estão paradas desde 2015

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/01/2022 às 10:57
Atualizado em 31/01/2022 às 15:21
Empreiteira - obras - angra 3 - usina nuclear - Eletronuclear - eletrobras
Obra da usina de Angra 3 em dezembro de 2014, antes das obras serem paralisadas — Foto: Divulgação

A Usina Nuclear Angra 3 terá suas obras retomadas após aval da Eletrobras e sua subsidiária Eletronuclear. Serão investidos mais de R$ 300 milhões e milhares de novas oportunidades de empregos serão geradas

Após ser aprovado o consórcio ganhador da licitação para efetuar as obras do “Programa de Aceleração do Caminho Crítico da Usina Angra 3”, em uma reunião do Conselho de Administração da Eletrobras, as obras, que começaram na década de 80 e foram paralisadas em 2015, serão continuadas. A Eletrobras concedeu o aval ao consórcio, liderado pela empreiteira Ferreira Guedes, e, com isso, a Eletronuclear possui 10 dias para assinar o contrato que permitirá o início das obras que gerarão milhares de empregos na Usina Nuclear Angra 3.

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MME comemora a retomada das obras da usina de Angra 3

Para a primeira fase, a previsão é que o prédio onde ficará o reator e os prédios de segurança da usina nuclear de Angra 3 sejam construídos. Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, comemorou o aval entregue pela Eletrobras e pela Eletronuclear para as obras, que prometem gerar diversos empregos.

Com as usinas nucleares de Angra 1 e 2, atualmente a fonte equivale a 1,1% da capacidade do país. Segundo Albuquerque, a usina nuclear Angra 3 é uma recuperação do atual governo, após mais de seis anos inativa.

A Usina Nuclear Angra 3 oferecerá ao país uma maior segurança energética, sendo essencial para o SIN. O objetivo, segundo Albuquerque, é finalizar as obras, que criarão diversos empregos, até o fim de 2025, para que a usina da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, opere já no ano seguinte. Ao total, as obras receberão um investimento de R$ 300 milhões, mas para finalizar o projeto será necessária uma nova licitação da Eletronuclear, tendo em vista que a primeira não será suficiente para que a estrutura da Angra 3 seja concluída.

Usina nuclear terá 1.450 MW de potência

A usina Angra 3 terá a mesma capacidade que Angra 2, ou seja, 1.450 MW. Atualmente, a energia das usinas do parque nuclear nacional tem capacidade de abastecer 30% da necessidade do Rio de Janeiro. Esse número pode subir para 50% com a extensão do parque.

O edital PDE 2030, já apresentado antes, visa a construção de mais uma usina no país, na região Sudeste. Na última sexta, o presidente da Abdan, Celso Cunha, esteve presente em uma reunião com Albuquerque, na qual trataram sobre o convênio para definição de novas usinas nucleares com o MME e o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica da Eletrobras (Copel).

Governo investe na fonte de energia nuclear e gera empregos

Além da retomada de obras da usina de Angra 3, que criará diversos empregos e as estimativas de construção de uma nova unidade, o Governo Federal também está focando no combustível para a geração de energia dessa fonte.

Em 2020, foi retomada a produção de urânio em Caetité, no sul da Bahia. Até então, foram cinco anos sem extrair o elemento, do qual o país possui a nona maior reserva mundial. Vale lembrar que, para funcionar como combustível, o urânio extraído da natureza deve ter sua proporção aumentada.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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