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Empreiteira que prestava serviço para obras da Petrobras, no Comperj, abre falência e 200 trabalhadores ficam no prejuízo

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 26/10/2020 às 13:44
Comperj - Petrobras - obras - Itaboarí
202 trabalhadores terceirizados da Petrobras em obras no Comperj, receberam calote no FGTS e abrem ação coletiva em busca dos seus direitos

202 trabalhadores terceirizados da Petrobras em obras no Comperj, não receberam integralmente o FGTS e abrem ação coletiva em busca dos seus direitos

A GDK – empresa que prestava serviço para obras da Petrobras, no Comperj, pediu falência e 202 trabalhadores entraram com uma ação coletiva para buscar o pagamento integral das verbas rescisórias. Os mesmos aguardam uma decisão da justiça. Construtora Camargo Corrêa tem muitas vagas de emprego para obras de construção civil e infraestrutura, hoje 26 de outubro

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Os ex funcionários que prestavam serviço no complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj) em obras da Petrobras pela GDK foram demitidos em 2015. Segundo eles, a empresa apenas liberou 40% do FGTS.

Veja a seguir, relatos de trabalhadores lesados feito ao G1

O motorista Luís Cláudio Nazario é um dos autores da ação coletiva. “Nessa ação judicial temos 202 pessoas junto ao sindicato. Recebemos só 40% do fundo de garantia, que já estava depositado. Já se passaram cinco anos, e até agora nada”, afirmou.

O encanador Carlos Henrique de Jesus emendou que o INSS “declarou coisas que a GDK não depositou”. “Deixou todos nós aqui a desejar”, disse.

O encanador industrial Fabrício Ribeiro ainda não se recuperou do prejuízo. “Tivemos que se desfazer de bens para sobreviver”, afirmou.

O carreteiro Renan Franco Figueiredo precisou trancar a faculdade. “O impacto financeiro foi enorme. Tive que atrasar prestação de tudo, parcela de carro…”, lembrou.

O lixador Venâncio de Souza Serrano disse que na época da demissão a esposa estava grávida. “Perdemos plano de saúde, crédito, carro…”, enumerou.

Jairo Souza dos Santos contou que até achou outro emprego. “Mas não pude assinar minha carteira porque não deram baixa.”

Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj)

A promessa feita a 12 anos atrás, era transformar Itaboraí num grande polo de combustíveis e produtos químicos, onde deveria funcionar uma refinaria com capacidade para processar 150 mil barris de petróleo.

Atualmente, a Petrobras está investindo R$ 4 bilhões na área do antigo Comperj para a implantação de um projeto que vai disponibilizar escoamento para o gás natural do pré-sal. As obras estão previstas para iniciarem em 2021.

Defesa da Petrobras

Segundo a Petrobras, a companhia está em dia com as obrigações com todas as empresas contratadas para o Comperj, e que elas é que são responsáveis pelo pagamento dos funcionários.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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